VIII. 💘

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— Um filho, Kiara

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Um filho, Kiara... Isso não pode ser possível. A última vez que ficamos foi em janeiro, como você tá grávida de quatro meses? — Totalmente sem chances.

— Não acredito que estava tão bêbado que não se lembrou... Deixa eu te recordar... Você provavelmente brigou com a Becca nesse dia. — Aquele maldito dia.

FLASHBACK ON

— Não tem necessidade de ciúmes, Christian! Brandon é parte do meu passado. — Eu sabia que era exagero, mas quando o vi saindo da casa dela, meu sangue ferveu.

— Eu sei... Eu sei... Mas, Becca...

— Sem mas! Cansei já! Vai pra casa, conversamos amanhã.

Suspirei derrotado e saí como ela pediu.

Em um ato infantil e birrento, fui a um PUB e só sai de lá quando senti que não aguentava mais nada alcoólico.

FLASHBACK OF

— Eu só me lembro de você me colocando na cama... — E foi a minha última lembrança daquela noite.

— E aconteceu exatamente o que você está pensando. — Simplesmente não fazia sentido. Não podia ser real.

Fiquei por dias evitando falar com meus pais, a ficha de ter um filho ainda não tinha caído.

Cheguei de um jogo completamente difícil e esse assunto simplesmente não saía da minha mente.

E pra piorar, não tinha mais a Rebecca. Cada dia fica pior sem ela.

— Christian, se você tem tantas dúvidas, pede um exame de DNA. — Meu pai sugeriu após perceber a minha aflição.

— Pai, teve uma noite que cheguei bêbado, eu não me lembro de absolutamente nada, mas ela me garante que transamos naquele dia.

— Então vamos fazer o exame.

— Ela não vai querer, vai dizer que está ofendida. — Bem típico de Kiara.

— Se ela tem certeza do que diz, não precisa temer a uma prova.

E ele está certo. Só assim pra tirar essa dúvida.

Se passaram algumas semanas desde que Christian e eu terminamos

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Se passaram algumas semanas desde que Christian e eu terminamos. Se dissesse que está sendo fácil, estaria mentindo, estou sofrendo, mas sei bem esconder.

Quando organizei as crianças em fila no Stamford Brigde e meus olhos cruzaram com os dele, meu coração palpitou de uma forma inexplicável.

Por mim, o beijaria ali mesmo, dizendo que estou pouco me fodendo pelos acontecimentos.

Mas é meu orgulho em pauta, vai além da minha vontade.

— Deveria ser crime duas pessoas que se amam ficarem tanto tempo separadas assim. — Lilian me desperta dos meus pensamentos.

— Pior que isso é passar por cima do meu ego ferido. — Era uma batalha entre a razão e a emoção. E eu escolhi um lado.

— Eu ainda tenho esperanças que você vai seguir o que sua mãe disse. Seu coração. Eu sei que seguindo ele, é com o jogador que vai ficar.

Era o que eu queira, mas uma parte de mim impede.

O jogo foi fácil para o Chelsea.

Me acomodei na arquibancada, e estava totalmente desinteressada até Christian marcar um gol e apontar na minha direção.

Fingi não ser pra mim e simplesmente ignorei.

Antes de sair, pensei várias vezes em ficar e esperar como da primeira vez. Mas desisti prontamente e logo fui embora.

Fiz as pazes com a minha mãe já faz alguns dias e dirigi até a casa dela.

Enquanto tomava chá, meu celular apitou o som de mensagem.

"Pais do Christian aqui em casa, você deveria vir aqui acompanhar a fofoca." – Lilian.

— Mãe, você acha que eu estou certa? — Olhei fixamente para as palavras que recebi e perguntei distante.

— Em relação ao Christian? Concordo com seu pai, está sendo covarde. — Pra minha mãe concordar com o meu pai, é porque o negócio é sério. — Você mais do que ninguém sabe que eu era contra, mas até entender que se apaixonou de verdade. Consegui entender que a sua felicidade é ele, sabe? — Ainda não estava acostumada com essa nova versão. — Agora se eu, que sempre fui contra isso consegui entender que a sua felicidade é ele... A sua missão é muito mais fácil que a minha.

Eram tantas dúvidas, incertezas... De repente, só vou ter as respostas, me arriscando.

— Mãe... Eu acho que vou na casa da Lilian. — Não estava certa do que estava prestes a fazer. Mas iria mesmo assim. — Obrigada por mais um conselho, estava certa em todos. — A abracei fortemente e rumei até o carro.

Fiquei imóvel por alguns minutos antes de dar a partida.

Momento de reflexão para saber se era isso mesmo.

Mas se não era mesmo, já foi.

O trânsito estava me deixando totalmente sem paciência, o momento de coragem poderia durar muito pouco.

Cheguei finalmente, estacionei na entrada e fiquei na frente do carro esperando o mesmo sair. Eu não queria saber o que estavam falando lá dentro.

Só queria ele.

Demorou aproximadamente uns 20 minutos e ele enfim passou pela porta. Me olhou confuso e caminhei lentamente até o mesmo.

— Eu declaro desistência! Esse joguinho de te ignorar não deu certo. Pra ficar contigo eu aceito um pirralho me chamando de tia. Não me importo se é filho com a sua ex. — Por incrível que pareça, eu falei com clareza e com a mais pura certeza. — Desde que te conheci, percebi que o caminho mais difícil... É o melhor.

Christian ficou em silêncio por longos segundos e isso me assustou, com medo de ter chegado tarde demais.

Enquanto não recebia resposta, achei que fosse o momento de ir embora.

— Rebecca, eu amo você. — Christian me segurou, impedindo minha saída.

— Você está falando sério? — Agora fiquei um pouco nervosa.

— Nunca falei tão sério em toda a minha vida. — Nossos rostos se aproximaram rapidamente e senti meu coração começar a acelerar. — E você?

— Acho que posso dizer que estou completamente apaixonada por você. — Juntei nossos lábios finalmente.

— E meu pai pediu dna. Talvez você não seja tia.

— E talvez você tenha sido traído também. Que reviravolta fantástica. — Ri alto que ele nem pensou nessa possibilidade.

Oɴʟʏ Yᴏᴜ || Cʜʀɪsᴛɪᴀɴ Pᴜʟɪsɪᴄ ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora