chapter 4

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Tori on:

Acordo com meu despertador tocando. Apago ele e tento me levantar mas sou impedida pelos braços de Jade em volta da minha cintura.

— Jade. Acorda! Jade? — Toco em seu rosto mas a mesma não acorda. — Ei Jade, vamos nos atrasar, acorde.

— Ainda tá cedo, amor. — O que?? Jade West me chamou de amor? Calma o que?

— JADE! — Grito e a mesma da um pulo caindo da cama. — Desculpa, eu não queria te assustar. — Ela me olha com raiva.

— Você é uma idiota, Vega. — Ela se levanta indo até o banheiro.

Me levanto ainda pensando naquelas palavras que Jade havia me dito. Ela me chamou mesmo de amor ou eu havia ouvido coisas? Ela deve ter achado que eu era o Beck, lógico. Quem mais ela chamaria de amor além dele?

Espero Jade sair do banheiro e entro fazendo minha higiene matinal. Ouço ela bater na porta.

— Oh Vega, você tem alguma roupa preta?

— Tenho uma saia preta, serve?

— Vou olhar seu guarda-roupa.

— Ok!

Termino de me arrumar dentro do banheiro mesmo e ao sair vejo que Jade usava uma saia preta e uma blusa verde musgo. Esse conjunto ficava bom nela.

— Achou algo bom? Eu não tenho muitas cores neutras...

— Achei. Você tem um estilo muito estranho, Vega.

— É, eu sei.

— É estranho, mas não é ruim.

— Obrigada. — Ouço minha barriga roncar. — Vamos tomar café?

— É pra já.

Pegamos nossas coisas e descemos avistando meus pais e Trina na mesa do café.

Nos juntamos a eles e tomamos o nosso café. Pego dois copos térmicos da Starbucks e coloco café neles.
Despedimos-nos de meus pais e seguimos para a escola no carro de Jade.

— Peguei pra você. — Entrego o café a ela. — Como sei que é louca por café, separei um pouco pra nós.

— Valeu, Vega.

Seguimos o caminho todo trocando poucas palavras. Ao chegar, Jade sai rápido indo em direção a entrada e eu vou direto ao meu armário. Ela provavelmente não quer que nos vejam juntas.

Pego meus materiais e vou para a aula do Sikowitz. Ao entrar ele já estava lá com o seu coco em mãos, como sempre.

Sento em meu lugar e ele começa a aula. Algumas vezes dizia como iria acontecer o show de talentos, que era amanhã.

Eu estava nervosa, sempre em todos os shows de talento eu ficava muito nervosa. Perdia a fome mas depois me saía bem.

Jade on:

As aulas de Sikowitz eram quase sempre uma chatisse. Ele sempre falava quase a mesma coisa todos os dias e ainda vem falar sobre esse show de talentos que me deixou mais entediada ainda.

O resto das aulas seguiram normais. Tinha vezes que eu me pegava olhando para Tori, por quê eu estava fazendo isso?

Desde o início das férias eu comecei a sentir algo por ela, uma afeição digamos assim.

Nós acabamos criando um vínculo. Não vou dizer amizade pois não somos amigas mas ela sempre foi muito atenciosa comigo e eu nunca demonstrei o mesmo.

Eu posso até estar me apaixonando por ela mas estou tentando convencer a mim mesma que isso não é real.

O sinal do fim das aulas havia tocado. Saímos todos indo para o lugar onde sempre ficamos para almoçar.

— Ei Jade. — Escuto a voz de Beck.

— Oi Beck. — Me viro para trás.

— Eu vim te dar um tchau.

— Eu não queria que você fosse. — O abraço.

— Eu também não queria ir. Me promete que vai ficar bem? — Assinto.

— Prometo.

— Assim fico mais tranquilo. Lembre-se qualquer coisa me chame ou procure a Tori. — Levanto uma sobrancelha. — Eu sei que você anda indo na casa dela quando precisa de ajuda. Você nega mas eu sei.

— Af você é chato mas eu te amo. — Ele sorri.

— Até algum dia Jade. Até mais galera. — Todos gritam tchau ao Beck.

Minha fome havia passado, eu só queria chorar. Saiu correndo entrando novamente na escola indo até a sala do zelador.

Fecho a porta atrás de mim e escorrego pela mesma. Deixo as lágrimas pesadas descerem por meu rosto.

Tori on:

Era hora do almoço. Estávamos indo até nossa mesa até que ouço Beck chamar Jade. Continuo meu caminho e me sento na mesa com o pessoal.

Depois de alguns minutos, Beck da tchau para nós e vejo Jade sair correndo. Ela provavelmente foi chorar.

— Gente, eu já volto. Preciso resolver uma coisa. — Todos assentem e eu vou ao encontro de Jade. Entro na escola e olho pelos lados mas não a vejo. — Jade. Jade cadê você? — Vou andando até a sala do zelador. — Jade. — Bato na porta. — Você está aí? Abre a porta por favor. Jade. — Bato novamente. — Me deixe entrar. — Ouço a porta ser destrancada.

Entro e vejo Jade com o rosto coberto por lágrimas e rímel. Me abaixo ficando de frente para ela. Ela me encara e me puxa para um abraço.

Afago seus cabelos e sinto lágrimas em meu ombro. Como alguém tão durona consegue ser tão sensível? Me sento encostando-me na parede e trago Jade comigo.

A apoio em meu peito e fico fazendo carinho em seus cabelos. Ela segurava minha cintura de um jeito forte mas não me importei. Ela precisava de alguém.

— Jade? — A chamo quando vejo que havia se acalmado um pouco. Ela levanta o rosto já um pouco inchado. — Você está melhor?

— Uhum. — Ela se encolhe e se aconchega mais em meu corpo. Eu queria que esse momento durasse. Jade estava me abraçando, isso era raro.

— Você quer ficar sozinha? — Ela nega e eu volto a fazer carinho em seus cabelos.

Ela levanta o rosto e me olha. Passo meus dedos por suas bochechas retirando as lágrimas que ainda caiam.

Ela se aproxima e fecha seus olhos. O que ela vai fazer? Ela continuava se aproximando e eu viro meu rosto.

— Jade... Você está sensível.. Não é uma boa hora.

— Por que Tori? Eu não estou mais namorando. Qual o problema? — Ela se aproxima novamente e eu me levanto.

— E-Eu não posso. — Saiu da sala.

You and MeOnde histórias criam vida. Descubra agora