1 - Cliente

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Pois é, gente, não me culpem, eu sou inocente, mas o povo do Facebook me deu a ideia e o plot surgiu, sacoméh, né? Eu não sou de negar o que a minha mente planeja.

Ser florista é o vocação de Katsuki

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Ser florista é o vocação de Katsuki.

Desde pequeno ele cultivava o desejo de poder trabalhar com os mais diversos tipos de flor, ser capaz de compor arranjos delicados e belos, que transmitissem a mensagem para o qual foram criados e assim cumprir seu propósito. Crê que as flores, sozinhas ou não, são capazes de funcionar como uma ponte entre as pessoas, agindo como um intermediador.

Katsuki acredita na linguagem das flores, por mais cafona que possa soar.

Sua personalidade, contudo, não parece ser a mais adequada para a profissão, uma vez que, entre os requisitos básicos, está a gentileza e suavidade no trato com os fregueses, e de suave Katsuki nunca teve nada.

Seu olhar, assim como seu tom de voz, não irradia alegria, tampouco simpatia. Vive com o cenho franzido, mesmo quando sozinho, ocupado demais em manter o esmero para com suas criações para se importar em transparecer amabilidade.

Em sua nada humilde opinião pouco importa se a pessoa esta se sentindo ou não acolhida. A única preocupação digna de nota é o serviço, e ele o faz com primazia, sempre entregando composições dignas de sua fama como florista.

Seu lema se resume em: "foda-se se eu não estou sorrindo para o cliente, ele está pagando pelo meu trabalho, não para ver meus dentes." Foi exatamente o que disse a um dos repórteres em uma das entrevistas que concedeu, ao ser questionado se sua postura condizia com o trabalho de um verdadeiro florista e se os clientes não reclamavam de seu semblante pouco amistoso e convidativo.

Não era necessário mudar quem é por causa de uma visão genérica e retrógrada; o cliente que não deseje comprar com ele por causa de um detalhe tão trivial quanto falsos sorrisos, que busque outra floricultura. Afinal, "a porta da rua é serventia da casa" como ele vive a repetir para os que se ofendem. Já tinha lutado muito contra a própria percepção de si mesmo quando se viu apaixonado pela profissão, tendo que se aceitar para viver seu sonho para se preocupar com gente de ego ferido.

No começo, quando ainda era moleque, ele escondia sua admiração por medo de ser discriminado e virar chacota, algo que perdurou até a adolescência quando resolveu enfrentar de vez a vergonha e se dedicar ao que amava. Passou por muitos momentos de crise, brigou ao ser chamado por apelidos pejorativos — inclusive convivia com a marca de uma dessas lutas, a cicatriz de um corte em sua cintura, pouco abaixo da costela direita, com um pouco mais de oito centímetros.

Katsuki se reinventou, chocou os demais pela habilidade que possui em compor arranjos e conquistou seu espaço.

Por acreditar na linguagem das flores, sempre se preocupa em selecionar as melhores, e sabe exatamente o que fazer em cada caso. Esse é o seu diferencial, o que lhe dá destaque.

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