4 - Acidente

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Olá, amades, tudo bem? Eu amei os comentários de ontem e podem deixar que vou tirar meu tempinho para poder respondê-los, ok?

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Filha

A tal Nana era filha de Eijiro, não sua noiva.

Tinha como se sentir mais estúpido do que isso?

Após os primeiros segundos de incredulidade onde remoeu o sentimento de vergonha mais vezes do que podia quantificar, Katsuki se viu lutando contra toda a raiva que inflamava seus ânimos. Parte de si estava aliviada por saber que suas suposições estavam erradas, enquanto a outra ansiava por esganar Eijiro por tê-lo feito passar aquela vergonha. 

O semblante surpreso aos poucos se fechou em uma carranca chateada que tentou ocultar com o melhor sorriso forçado que conseguia. Por meses afinco ele tinha lutado contra todo o sentimento e  desejo dentro de si apenas para descobrir que todas as hipóteses não passavam de ansiedade gay com pitadas de desespero. 

— Mas olha só que lindinha! — Mina sorriu, dando a volta no balcão para se agachar ao lado da menina que encarava a vitrine com os olhos brilhando em animação — Olá, Nana, eu sou a Mina. Sabia que você é famosa por aqui?

— Eu sou? — os olhos verdes dela se abriram em surpresa. 

As bochechas dela coraram de um jeito que a deixou parecida com um pequeno tomate. Mina acenou positivamente, ajeitando os fios soltos de seu cabelo ao empurrá-lo para detrás da orelha com um sutil movimento dos dedos.

— Sim, você é, e muito. O seu pai não para de falar de você. 

Ela conteve um pequeno riso, cobrindo a boca com a mão.

— É porque ele me ama. — respondeu, convicta. 

Não demorou para que Uraraka contornasse o balcão para poder ficar na altura dela.

— Ele só poderia ter nos contado antes que você era a filha dele. — Ochaco encarou-o com um falso semblante reprovador. 

— Eu não disse? Poxa, falha minha, achei que já tinha contado. Sou mesmo distraído. — parecia um tanto sem jeito, encarando as duas — Bom, não é tão tarde, não é mesmo? Mina, Ochacho e Bakugou, essa é a minha filha, Nana. 

— Um gênio, de fato. — Bakugou murmurou, irônico — Não precisa apresentar agora que já descobrimos. 

— Eu sei, só quis tentar desfazer o meu engano. — encarou a filha, segurando a mão dela antes de apontar para Bakugou — Tá vendo aquele moço ali? Ele quem faz os seus buquês. 

A boca de Nana abriu e ela encarou Katsuki como se ele fosse a pessoa mais genial e incrível do mundo. Em menos de dois segundos ela se desvencilhou da mão de Eijiro para correr até onde ele estava, o encarando com admiração, as mãozinhas apertando o balcão de vidro para se manter na ponta dos pés. Katsuki teve que se afastar um pouco, as bochechas rubras pela súbita atenção que estava recebendo.

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