6 - Conversa

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Aqui estamos mais uma vez, amades. Sim, eu demorei, mas não é como se eu estivesse parada nesse meio tempo, não é. Enfim, espero que gostem, pois esse capítulo foi difícil de escrever pq eu fiz em etapas.

Aquele dia poderia ser facilmente classificado como um dos melhores da vida de Katsuki

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Aquele dia poderia ser facilmente classificado como um dos melhores da vida de Katsuki. Claro que haviam outros, como quando decidiu assumir sua vocação e tornar público seu desejo de ser florista, ou como quando foi destacado como um dos melhores, alcançando o topo em menos tempo do que inicialmente supunha. Nenhum deles, contudo, tinha sido tão cheio de situações inesperadas. 

O dia que prometia ser igual a todos os outros estava se encerrando de uma maneira inusitada. Descobrira a identidade de Nana que se converteu em sua aprendiz mirim, passara uma tarde divertida e descobrira que Eijiro não era comprometido. Agora estava ali, sentado na sala do estúdio de tatuagem dele, no início da noite compartilhando um lanche e o ouvindo falar novamente sobre as tatuagens que executara recentemente. 

Seria humilhante admitir em voz alta a tranquilidade e satisfação que sentia em poder escutar o monólogo emocionado dele. Lembrava de si mesmo, afinal também amava a própria profissão e se orgulhava dos arranjos que criava. 

Era um momento casual, reconfortante e o ajudava a relaxar. Ajudava muito que Eijiro tivesse um sofá grande na recepção, de estofado macio e superfície aveludada. Um tanto brega em sua nada humilde opinião, principalmente pela escolha do tecido azul turquesa num tom vibrante que seria capaz de cegar um fesavidado que ousasse encará-lo por muito tempo. Combinava com Eijiro e sua personalidade alegre e intensa, e Katsuki realmente acreditava que podia ser pior. Pelo menos ele não escolhera um laranja, verde ou amarelo néon. Até mesmo as tenebrosas estampas de onça ou tigre que o fariam sufocar em desgosto apenas por constatar que a beleza que vinha de Eijiro se limitava ao que a natureza lhe abençoara, não sua capacidade de escolha.  

Também era interessante que ele estivesse sentado tão perto de si, a camisa de botões que ele vestia cujas primeiras casas não estavam abotoadas, se ajustava a seu tronco robusto, delineando os músculos e deixando pouco espaço para a imaginação. A estampa era tenebrosa, mas o modelo não decepcionava de forma alguma. 

De certa maneira, a composição ajudava a realçar as tatuagens em seus braços, busto e pescoço e elas subiam em sua nuca, terminando no limite onde era raspada, tendo apenas alguns fios curtos de cabelo. Havia também um padrão feito na máquina, deixando-o com a aparência ainda mais selvagem. 

Aquele maldito era gostoso demais. Katsuki não se importou ao perceber a aproximação, pelo contrário, ele mesmo diminuiu um pouco o espaço, os olhos atentos no sorriso hipnotizante de Eijiro enquanto ele falava animadamente. O braço dele estava sobre o encosto do sofá, por detrás da cabeça de Katsuki, ambos sentados de frente um para o outro. 

Eijiro havia lhe oferecido cerveja e Katsuki aceitou, aproveitando o momento para poder visualizar bem o material de um novo ângulo. O que viu o deixou agitado, se fosse um cara como Kirishima sem dúvida teria assobiado em admiração ao ver o tamanho do traseiro dele, as panturilhas e coxas trabalhadas — ao menos o trecho aparente — e as costas. 

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