Capítulo 35

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BIANCA

Eu corria por alguns minutos em um corredor escuro e extremamente frio que me parecia não ter fim, meus dentes se batiam e estava arrepiada, paro de correr e tento recuperar o fôlego, me escoro na parede, olho para  o meu vestido e eu sangrava muito, eu estava perdendo meu bebê, minha filhinha.

— Vem, eu posso te ajudar! - Gabriel surge no meio do corredor e se aproxima espantado com minha situação.

— Aonde estamos? - pergunto atordoada.

— Na delegacia, veio visitar seu pai, não se lembra? - Ele me pergunta.

— Não, para onde está me levando?

Gabriel não me responde apenas me deixa em um cela sozinha e logo depois desaparece.

— Ei, para onde está indo? Gabriel? - Grito desesperada, o sangramento ainda permanece, eu estou perdendo minha bebê.

Tento sair da cela, mas ela está trancada, grito desesperada em choro:

— Alguém me ajuda!

Bato na cela e grito, mas tudo está silencioso e frio. Não há ninguém...

— Pare com esses gritos estúpidos, ninguém pode te ouvir. - Ísis aparece do outro lado das grades.

— O que faz aqui? - pergunto furiosa e assustada.

— Assistindo você perder seu bebê.

— Você está maluca, tem que me ajudar... Cadê o Dylan, ah meu Deus, eu preciso do Dylan.

— Se eu não pude ter o meu bebê com Dylan ninguém terá. - Ela diz fria me olhando com prazer sangrar.

— Pelo amor de Deus, Ísis. Você precisa me ajudar.. Eu imploro.

— Ninguém pode te ajudar, nem mesmo Dylan...

— Onde ele está?

— Morto. - ela responde com um sorriso perverso no rosto e continua a me observar.

...

— DYLAN!! - grito desesperada, abro os olhos embaçados pelas lágrimas que saem dos meus olhos e encontro o seu lado vazio na cama.

Bagunço os travesseiros juntos com lençóis e com a mão afagando minha barriga, choro compulsivamente ainda clamando por Dylan, que logo aparece em minha frente, trajando apenas sua calça de moletom e senta na minha frente atordoado pelos meus gritos.

— O que foi, meu amor? Está sentindo algo? é a nossa filha? - Ele procura em mim qualquer coisa de diferente para justificar o meu choro e se concentra principalmente na minha barriga de 8 meses.

— Você... a nossa filha.. Ah eu estava sozinha - Eu gaguejo ao tentar contar o meu pesadelo.

— Se acalma, meu amor. - Ele me abraça forte mesmo ainda estando confuso sobre o meu estado.
— Foi um pesadelo horrível. - Eu digo ainda em choro.

Dylan pula para o lado esquerdo da cama e me puxa para deitar em seu peito me fazendo um carinho, vou me acalmando aos poucos e contando o sonho aos poucos para ele.

— Meu amor, você passou por alguns traumas difíceis, meu acidente e logo depois a audiência, ver o seu pai sendo condenado a prisão não foi fácil, mas foi só um pesadelo, amor. Eu estou aqui vou te proteger, nada vai acontecer com você e muito menos com nossa filha.

– Promete?

– Eu juro pela minha vida. - Ele diz me abraçando forte e um arrepio passa por todo o meu corpo. O abraço mais forte ainda.

O Acordo [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora