Os Segredos da Lua

A primeira chave

"Para a verdade encontrar, um jogo terá que jogar, se és quem penso, certamente encontrará, cinco chaves é seu objetivo, a primeira contigo já está, e agora o enigma enfim começara. Aonde estou eu vejo grandes cérebros, vejo estudos avançados, números vão e vem, em um lugar escuro hábito, não poderia estar, mas como sou teimoso me trouxeram para cá."

- Entendo... Não será fácil resolver esse enigma, mas pelo oque eu entendi, isso não terminará rápido, certamente, ao desvendarmos o enigma encontraremos outros. - Diz a jovem pensativa tomando seu café... Charlie apenas fica com uma expressão misteriosa, porém algo chama sua atenção, ele vê dois homens suspeitos entrando na cafeteria por detrás de Lílian, eles eram altos e fortes, usavam uma longa capa preta que cobriam todo seu corpo e escondia quase completamente seus rostos. - White, eu acho que talvez isso seja... - A garota é interrompida por Charlie, que levanta da cadeira com pressa e a chama. - Lílian, eu acho melhor irmos agora. - Diz tentando parecer calmo e tranquilo, colocando algumas notas do valor dos cafés em cima da mesa. A garota então se levanta e sai com ele desalinhada. Os dois caminham até a saída, porém os brutamontes de preto ficam parados diante a porta, impedindo sua passagem. - Bom dia detetivizinha, quem é esse com você, seu novo namorado? - Diz um dos grandões. Lílian então percebe quem estava falando com ela, e faz uma cara de desprezo e coloca sua mão direita no coldre da arma, escondida debaixo de suas vestes. - Oque quer Joseph!? Vejo que já saiu de sua condicional, agora aproveite a liberdade e saia da minha frente... O clima então fica pesado, ah muita tenção no ar, porém Joseph abre um sorriso maligno e deixa os jovens passarem. Charlie passa encarando os dois, tentando descobrir algo...

No lado de fora da cafeteria... - Desculpa por te causar isso, não queria que eles atrapalhassem nossa investigação. - Diz Lílian se acalmando. - Está tudo bem, eu acho melhor irmos para algum outro lugar, para continuarmos nossa conversa, já são 10 horas da manhã. - Diz olhando em seu relógio e subindo em sua moto. - E claro, se quiser ir... - Diz sorrindo estendo sua mão para lhe entregar o seu capacete. A jovem revira os olhos aceitando o convite, e subindo na moto, Charlie da partida e sai novamente pelas ruas de Londres sem saber aonde ir... - Então, para onde iremos? - Diz o jovem. A garota então começa a indicar para onde ele deveria seguir. Ele confirma com a cabeça e segue o caminho. Passando-se alguns minutos eles chegam até um bar de esquina, era um bar meio escuro e espaçoso, os dois entram, Charlie entra meio desconfiado olhando para todos lá dentro, havia algumas pessoas misteriosas sentadas na mesa, no balcão havia um homem de cabelos brancos fumando um charuto, rodeados por belas garotas. Lílian porém entra mais calma, ela segue direto ao balcão, se senta e começa a falar com o velho branco que estava com o charuto. - Olá Emanuel, eu preciso de um favor. - Diz a garota com um olhar mais sério. - Haha, então a destemida e bela Lilian Brown está pedindo um favor para um velho como eu. - Diz ele fazendo um sinal para tirar as garotas que estavam perto dele. - Tudo bem, mas sabe que cobro caro, oque você quer? - Bom, meu objetivo não era esse, mas já que está aqui, eu preciso de um lugar para ficar, não posso voltar para meu apartamento. - Humm, sempre arranjando confusão... Tudo bem tudo bem, vá para a casa do lago... - Diz erguendo uma chave antiga. - Entretanto, eu quero os dados sobre "aquilo", e aonde posso pega-lo. A garota agarra a chave, sem escolhas ela tira de suas vestes um envelope e o entrega com raiva. - Foi bom fazer negócios com você... A jovem então se vira para Charlie. - Bom, então podemos ir?. Porém antes ela recebe uma dose de vodka. - Ahh obrigada Johnson. - Que isso, você deixa esse lugar mais bonito, esse é por minha conta. Charlie sente algo estranho, era meio que raiva e irritação, ele estava com ciúmes, mas logo volta a si. - Não podemos sair pela porta da frente, enquanto viemos para cá, eu vi um carro preto nos seguindo, pelo retrovisor. - Diz sério e pensativo. - Que droga, eu não percebi... - Diz a garota irritada e concentrada. - Bom vocês podem usar a porta dos fundos... - Diz Johnson. - É uma ótima ideia, obrigada. - Mas, minha moto... - Pode deixar, eu guardarei na garagem, vocês podem vir buscar quando tudo isso acabar. - Diz Johnson.

Os jovens conseguem ver pelo vão da porta duas sombras se aproximando. - Droga, bom cuide bem da minha moto. - Diz o jovem abalado. Sem escolhas os dois jovens correm para a porta dos fundos, e saiem em uma rua apertada, logo começam a andar com cautela, olhando para todos os lados. O corredor parece vazio, porém os dois que estavam na cafeteria aparecem na frente dos detetives, os jovens começam a correr na direção contraria para tentar despistá-los, ouvem então tiros, e logo sacam suas armas e começam a atirar nos dois brutamontes, Charlie acerta um tiro no ombro direito de um deles, e continuam correndo por vielas até eles enfim conseguir fugir dali. Lílian então guia Charlie até uma linha de metrô, os dois descem as escadas e compram passagens. Sem demora um trem aparece, mas os dois brutamontes surgem e correm em suas direções, um com a mão no obro derramando sangue pelo chão, enquanto o outro atira na direção da garota... Foi por muito pouco, a bala passou de raspão cortando tiras do cabelo de Lílian... Os detetives entram rapidamente no trem, porém os perseguidores correm rápido, e.... batem de cara com a porta do trem se fechando, enquanto da partida e sai dali...

-Ufa, foi por pouco. - Diz a garota respirando firme. - Por muito pouco. - Diz Charlie fazendo a mesma coisa. Os dois se sentam, o trem estava bem vazio, eles então ficam ali, esperando chegar ao destino final, e não se falam durante a viagem toda, pois a jovem logo adormece nos ombros de Charlie.

- Bom... Talvez ela esteja cansada, não imaginaria isso nunca, enfim é melhor eu só ficar quieto e deixar ela dormir, pelo menos assim ela não se estressa. - Diz Charlie sorrindo, a garota então se mexe e logo para, o medo de faze-la acordar fez o jovem guardar o sorriso por uma cara de espanto. - Enfim... ela só me disse que iriamos para o ponto final, compramos o ingresso tão rápido que nem me lembro para aonde estamos indo, eu só espero que não tenhamos mais imprevistos. - Pensa Charlie olhando pela janela, enquanto cobre Lílian com seu sobretudo azul escuro. Ao chegar no ponto final, Lílian acorda com o apito do trem, ela raciocina e percebe que havia dormido no ombro do rapaz, e que o sobretudo dele estava a cobrindo. - Ahh, eu dormi me desculpa... quer dizer obrigada por cuidar de mim... Quer dizer... Era mais que sua obrigação... - Diz ela envergonhada, jogando o sobretudo em cima de Charlie - Relaxa, está tudo bem. - Diz o jovem sorrindo e coçando a cabeça olhando para o outro lado. Lílian então se recompõe e sai para fora do trem, caminhando confiante. - Eu espero que você não tenha feito nada comigo quando eu estava dormindo, por que se não... - Diz a garota com a mão no coldre da arma. Charlie só levanta as mãos como tivesse se rendendo e diz não te feito nada. Os dois então segue em uma longa caminhada, até chegarem em um lago muito bonito, com uma flora espetacular, e uma pequena casa em frente, depois de saírem da cidade. - Bom, é aqui que iremos ficar, a hora passou rápido, já está escurecendo, vamos logo. Os dois jovens então entram na casa...