Meu pai se aproximou, segurou meu braço e me puxou para longe de Herick. ─Tentei me desvencilhar de seus braços, mas ele me segurava forte a uma certa distância.
─NUNCA MAIS VOCÊ OU AQUELE CANALHA DO SEU PAI OUSEM APROXIMAR-SE DA MINHA FAMÍLIA! ─Meu pai gritou com o alien, que apenas concordou com um sinal positivo com a cabeça e entrou no carro, dando partida e saindo dali.
─PAI, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO??! ─Gritei tentando me livrar do meu pai. Já estávamos dentro de casa e ele andava para lá e para cá com as mãos sobre o rosto, deslizando sobre a cabeça e arfando impaciente para cima.
─Não se envolva mais com aquele garoto, me ouviu?
─Mas pai, você não entende! ─Me impus me levantando do sofá e enfrentando-o.
─Sem "mas"! Ou você me obedece, ou nos mudamos para bem longe dessa cidade, entendeu? Chega dessa palhaçada toda. ─Ele disse por fim, dando-me as costas e indo para seu escritório.
Estava aflita, meu pai não podia simplesmente sair dessa cidade. Eu tenho uma vida aqui, meus amigos, minha escola idiota, e confesso que até dos nerd catarrentos asquerosos eu sentiria falta. Ou então a nojenta da Tifany, ou o palhaço do Jason. E além do mais, eu tinha pouco tempo para ser a líder das líderes!
Subi impaciente para meu quarto e fiquei lá o restante da tarde. Ou pelo menos era o que eu queria até ouvir a porta do quarto batendo.
─Pode entrar! ─Vi a porta se abrindo e Sandy entrando vagarosamente.
─Oi Nick! ─Veio até mim e sentou-se na cama, me abraçando ─Uma de suas empregadas me deixou entrar, já estão cansadas de ver sempre minha voz de choro no interfone implorando. ─Ela riu.
Acho que Sandy tem um certo dom de persuação. Se é que isso pode servir pra outras ocasiões.
─O que te traz aqui? ─Perguntei com a coberta sobre as pernas enquanto a via sentada a minha frente.
─Eu vim te ver, preciso de cerimônia para isso? ─riu, fingindo-se de ofendida. ─Preciso te contar umas coisas.
─Eu também estava querendo falar com você. Sobre aquele assunto inacabado na sua casa. O que houve naquele dia na escola? Você simplesmente ignorou seu irmão! ─Gesticulei chocada.
─É sobre isso que eu queria conversar com você... ─Arrumou-se na cama, colocando os pés sobre a mesma e me olhou. ─Herick não é bem meu irmão...
─Como assim? ─Perguntei de boca aberta.
─Calma.. ele não é totalmente meu irmão. Somos meio-irmãos..sabe? A mãe dele é outra...
Essa parte eu sabia. Mas como fiz um acordo para ele sobre não contar para ninguém que mantinhamos contato, preferi não comentar nada e deixei-a continuar.
─...Mas ele foi fruto de uma traição nunca admitida por meu pai. Então ele simplesmente recusou a paternidade, largando o Herick e a mãe dele. A mãe dele fugiu para outro país ainda grávida, e eu soube que se casou com outro.
─Mas como você diz normalmente que tem um irmão morando em outro país? Seu pai não evita isso? ─Perguntei assimilando os fatos.
─Sim, mas desde que Herick foi crescendo, ele me visita. Mas papai e ele tem um acordo de que ele fique em outra casa e que não permaneça muito tempo aqui. Então eu apenas digo que tenho um irmão que mora em outro país, e minha mãe pensa que somos amigos de longa data, e não suspeita de nada.
─Mas por que você o evitou na escola? ─Lembrei do dia em que ela fingiu que ele não existia.
─Ele se mudou para cá. Lembra do acordo entre ele e meu pai? Se meu pai descobre que ele se mudou, não sei o que pode acontecer. Vou evitar contato com Herick, não quero que chamemos atenção. ─Suspirou e olhou para o nada. ─Tenho medo do que pode vir a acontecer...
─Vai ficar tudo bem... ─Abracei-a. ─O que mais você sabe sobre ele?
─Não sei nada, amiga. Só isso que te disse. ─Abraçou-me de volta. ─Acha que algo ruim pode acontecer?
─Não sei... Vou dar um jeito. Pode me passar o número dele?
─Tudo bem. ─Pegou o celular e me disse o número, que salvei.
─Agora vou dar um jeito em tudo. ─Pisquei convencida.
─O que vai fazer?
─Você vai ver ─Pisquei de volta.
Sandy então se despediu de mim e voltou para sua casa. Já eram quase oito da noite, e decidi ligar para Herick.
Sim, meu pai não vai me impedir de resolver tudo isso. Eu realmente quero saber a real história por trás disso tudo.
Tuuuuu.........Tuuuuuu.......Tuuuuuu........
O telefone chamava e ninguém atendia, mas tentei de novo.
Tuuuuuu....... Tuuuuuu........
─Alô? ─Finalmente ele atendeu.
─Herick? Onde você está? Preciso conversar com você e....
─Amor? Quem está no telefone? ─De repente ouço uma voz feminina um tanto irritante do outro lado da linha.
─Herick‼ ─Chamei sua atenção, que parecia estar sendo puxado por alguém, na certa seria aquela "garota" que estava na linha a poucos segundos.
─Nicolle, não posso falar agora... depois te ligo. ─Desligou
Ele desligou o delefone na minha cara!! Não acredito, quem esse palhaço pensa que é?
Sinto uma raiva estranha nesse momento, e prefiro deixar para lá. Realmente eu deveria escutar meu pai e esquecer esse cara. Mesmo só querendo ajudá-lo.
Logo me lembro do acordo sobre ele me ensinar. Droga!
Pego o celular e disco novamente o número.
Tuuuu.......Tuuuuu....Tuuuuu.....
─Escuta aqui seu idiota! Ou você larga essa.... ─Fui interrompida por uma voz masculina desta vez.
─Opa, alto lá gata. O Rick não pode falar agora, mas estou todo aqui para você. ─A voz extremamente forçada a tentar me seduzir falava do outro lado da linha.
Rick? O apelido do alien é Rick? Por que diabos esse idiota deixa o celular largado com qualquer um?
─Vá a merda, palhaço! ─Desliguei o celular na cara do sujeito.
Estava realmente brava. Então ele prefere ficar com as bitches dele? Mas como o celular foi parar nas mãos daquele cara?
O que esse idiota pretende?
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Oiee gente, Primeiro capítulo de 2015!!
Espero que tenham gostado ;)
Beijinhoos
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Aquele cara nerd
Teen FictionNicolle walker tem 17 anos e estuda no colégio Elite Saint High, no qual somente os membros da classe alta frequentam. E para passar de ano, Nicolle precisa de notas extremamente altas no último exame do semestre, e só há uma pessoa a recorrer: Aque...