Capítulo 16

125 12 0
                                    

Na manhã seguinte, acordei sentindo um vazio estranho na cama e então, notei que já não estava mais tão acostumada a dormir sozinha como antes, segundos depois de lavar o rosto, escutei os gritos de Luan pela casa, em seguida, escutei os gritos do meu pai e da minha mãe, abri a porta do quarto rapidamente e desci as escadas.

_Vocês não podem fazer isso com ela! – Luan grita.

_Clara saia da sala! – Meu pai fala, autoritário, entretanto, não me movo do lugar.

_O que está acontecendo? – Pergunto.

_Arrume suas coisas Clara, vamos embora daqui! – Luan fala, visivelmente nervoso.

_Pare de querer tomar as decisões pela sua irmã, Luan! – Minha mãe fala, furiosa com ele.

_É diferente do que vocês estão fazendo? Isso é ridículo! – Luan fala, passando as mãos pelos cabelos.

_O que está acontecendo? – Pergunto novamente.

_Querem arrumar um casamento arranjado para você! – Luan fala, subindo as escadas rapidamente.

_Podem me explicar essa história? – Pergunto, tentando manter a calma.

_Querida, o nosso mais novo socio precisa arrumar uma esposa para o filho e achamos que se vocês se conhecessem poderiam concordar em se casar e unir, oficialmente as empresas! – Meu pai fala calmamente, como se fosse a coisa mais normal a se falar para a própria filha.

_Pai, eu tenho namorado e além do mais, não vou me casar com um homem que nem conheço só para fazer o que vocês querem! É ridículo! Nós não seremos felizes! – Falo e minha mãe ri, descaradamente.

_Felicidade não importa perante aos negócios! Amor é algo que só existe nos contos de fadas e livros que você lê, Clara! – Minha mãe exclama, reviro os olhos.

_Não vou passar a minha vida inteira infeliz para satisfazer os seus caprichos e eu discordo mãe, o amor existe e eu descobri isso da melhor forma, amando! – Falo, subindo as escadas novamente.

Troco de roupa rapidamente, precisava sair de casa o mais rápido possível antes que meus pais resolvessem iniciar esse assunto absurdo novamente. Pensei que fosse algo que só acontecia em filmes ou em livros de romance, mas, agora eu entendo que não, que foi exatamente isso que aconteceu com os meus pais, que eles não se amam, mas amam a vida de luxo que eles tem e por mais infeliz que sejam, isso basta para eles.

Coloquei um macacão azul marinho e uma sapatilha, peguei minha carteira e sai rapidamente de casa, quando entrei no táxi, mandei mensagem para Luan pedindo que ele mantivesse a calma e que eu voltaria logo, assim que me acalmasse.

Desci na praia, sentindo o vento bater contra a minha pele, caminhei até uma pequena trilha que tem escondida entre as arvores que ficam no fim da praia. Respirei fundo, quando cheguei ao fim da trilha e vi a pequena cachoeira escondida, tirei a sapatilha e molhei apenas os meus pés, já que, não estou com a roupa apropriada para entrar na água e a mesma está bem fria.

Perto das duas da tarde, meu celular começou a tocar desesperadamente, olhei para a tela e revirei os olhos, era meu pai, provavelmente iria me pedir para voltar para casa e conversar com ele para que ele tentasse me convencer em fazer algo que eu não quero.

_Seu irmão me disse que você estaria aqui! – Escuto uma voz conhecida falar, me viro e sorrio, correndo para os braços do homem a minha frente.

_Kauan! – Falo, entrelaçando minhas pernas na sua cintura, enquanto ele sorria.

_Oi Clara! – Kauan fala, beijando rapidamente os meus lábios.

_Luan te contou? – Pergunto, apreensiva.

Minha Fraqueza - Saga Destinos. Livro 2 -Onde histórias criam vida. Descubra agora