Capítulo 21

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Enquanto dirijo meu carro logo atrás da ambulância, que leva Renata e Luan, tento ligar para Kauan, que para a minha falta de sorte, não me atende. Chego no hospital e estaciono o carro na primeira vaga que encontro.

Os paramédicos estavam tirando a Renata da ambulância quando me aproximei.

_Eu disse que não precisava disso! – Renata fala.

_Você poderia parar de ser teimosa por cinco minutos? – Luan fala e ela sorri, apertando a mão dele.

Luan e Renata foram levados para dentro da emergência do hospital, eu, fiquei do lado de fora, sentada em uma das caideiras, torcendo para que as dores de Renata não fossem nada de errado com o bebê e se fosse, que não fosse algo grave.

Uma hora e meia depois de chegarmos ao hospital, Luan saiu pela porta da emergência com a expressão de alívio estampando o seu rosto.

_Como ela está? - Pergunto.

_Ela está bem, mas, precisamos conversar! - Luan fala e eu respiro fundo.

_O que foi? - Pergunto.

_Renata e eu vamos embora amanha de manhã! - Luan fala e eu o encaro.

_Porque? - Pergunto.

_Ela quase perdeu o bebê por conta do estresse, mas, não dá mais para ficar perto dos nossos pais! - Luan fala e eu suspiro.

_Eu entendo! - Falo, desaminada.

_Pode pegar o carro e trazer aqui para irmos? - Luan pergunta.

_Claro! - Falo, balançando a chave do carro na mão.

Peguei o carro e parei em frente ao hospital, Luan e Renata saíram do mesmo, ambos rindo de algo que Renata falou e nesse momento eu percebo que, meu irmão tem a própria família agora e que ele será extremamente feliz com a própria família a partir de agora, sorrio, ao ver os dois entrarem no carro.

_Como você está se sentindo, mocinha? - Pergunto.

_Nossa, você pareceu uma personagem de filme falando, agora! - Renata fala e eu sorrio.

_Vocês são um romance clichê e eu sou a personagem de filme? - Pergunto, acelerando o carro e saindo do hospital.

_Não somos um romance clichê! - Luan fala e eu dou risada.

_São sim. A policial que se apaixona pelo homem que ela deveria proteger! Por favor, Luan, você sabe que isso é enredo de filme! - Falo e ele ri, junto com a Renata.

_Clara você é incrível! - Renata fala e eu sorrio.

Assim que estacionei o carro, comecei a pensar em como seria entrar novamente naquela casa, que antes era o meu ponto de paz e agora é quase uma tortura constante. Abro a porta para que Luan e Renata passem.

_Como o bebê está? - Meu pai pergunta, se levantando do sofá, segurando um copo de Whisky na mão.

_E isso importa? - Luan pergunta, retoricamente, levando Renata para o andar de cima rapidamente.

_O bebê está bem! Luan e Renata vão embora amanha de manhã! - Falo.

_Por nossa causa? - Meu pai pergunta.

_Renata quase perdeu o bebê por conta do nosso almoço em família! Além disso, ele está formando a própria família agora, precisa do próprio espaço! - Falo, tentando ser o mais calma possível.

_Eu sinto muito! - Meu pai fala e eu o encaro por alguns instantes, então, me sento com ele, no sofá.

_Porque o senhor ainda está com ela? - Pergunto.

_Querida, por favor! - Meu pai fala, contrariado com a pergunta.

_Eu só queria entender o porque de alguém permanecer em um casamento infeliz, Pai. Você aceitou uma traição e eu não consigo pensar em nada que justifique isso! - Falo e ele bebe outro gole da sua bebida.

_Anos atrás eu fiz uma escolha, querida, as minhas opções eram, falar para a mulher que eu amava que eu ficaria com ela, ou me casar com a mulher que salvaria os negócios da família, e eu, um moleque mimado, escolhi a opção mais fácil para a minha vida de Playboy! Mas, tivemos o seu irmão, logo depois você, achei que isso daria certo, achei que seria possível viver um amor que nunca existiu em nossos corações! Eu queria poder voltar no tempo e poder falar para mim mesmo nunca entrar naquela igreja! - Meu pai fala e eu sinto vontade de chorar.

_Ela era pobre? - Pergunto.

_Era a filha da empregada dos seus avós! - Meu pai responde e eu nego com a cabeça.

_Porque o senhor não vai atrás dela? - Pergunto.

_Depois de trinta anos? Clara, não estamos em um filme que você gosta de assistir! - Meu pai fala e eu sorrio.

_Eu sei! Mas, de qualquer forma, o senhor merece ser feliz. Minha mãe também merece, mesmo que no momento eu esteja com raiva dela, talvez ela seja assim porque não amou alguém de verdade! - Falo e ele sorri.

_Tenho orgulho de você, Clara! - Meu pai fala.

_Porque? - Pergunto.

_Você foi criada por pessoas que não eram os seus pais, mas, acredita tanto no lado positivo das coisas e isso é muito bonito! - Meu pai fala e eu sorrio.

_Eu não acredito no mundo onde as coisas são sempre perfeitas, Pai, mas, acredito que todo mundo deve poder viver a própria vida do jeito que acha que deve viver e que, se no meio disso a pessoa se sentir feliz, melhor ainda! - Falo e ele sorri.

_Kauan tem sorte em ter você, sabia? - Meu pai pergunta.

_Obrigada, mas se ele me magoar eu mato ele! - Falo e meu pai gargalha.

_Tenho que fazer uma ligação, querida, me da licença? - Meu pai, pergunta.

_Claro! Vou subir e dormir um pouco antes da faculdade! - Falo.

Deixo meu pai na sala e subo as escadas, olhando para o meu celular, que para a minha surpresa não tem nenhuma ligação ou mensagem de Kauan, desde ontem a noite, estranho, mas não insisto em falar com ele. Apenas tomo um banho relaxante, visto um pijama soltinho, ligo o ar condicionado e pego no sono. 





**Não publiquei antes por  conta de problemas pessoais**

Minha Fraqueza - Saga Destinos. Livro 2 -Onde histórias criam vida. Descubra agora