4 - in my bed

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Alex Mayer

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Alex Mayer.

Los Angeles, 2008.

Ele está encolhido e deitado em um espaço minúsculo, se perguntava porque tinha tanto sono ao ponto de dormir ali. Uma voz doce e suave o envolve como uma canção de ninar.

— Meu bem, acorde — uma mão se posiciona delicadamente em seu ombro e ele abre os olhos devagar. — Venha, nós vamos embora.

Alex não entendia o que estava acontecendo, se concentrou no rosto jovem e bonito de sua mãe e ela o carregou nos braços como sempre fazia.

— Você sempre passa muito tempo aqui, rapazinho. Estou sentindo a sua falta.

— Eu quero impressionar o papai, quando ele volta?

— Não sei. — Ela disse, parecendo desapontada. — Você pode voltar a dormir agora, feche os olhos.

Alex considerava seu pai como um herói que não deveria ser aborrecido, e dessa forma, ele passava a maior parte do tempo no estúdio do pai numa tentativa de aprender e melhorar para que um dia pudesse ser como ele, um cantor famoso e talentoso. Ali era o único lugar que Alex perdia a noção do tempo ao ponto de adormecer.

Enquanto sua mãe o carregava para fora do estúdio, ele pensava que ela estava levando-o para o seu quarto, mas ela subitamente se direcionou para a porta de entrada da imensa mansão e o carregou sonolento para fora dela. Havia um carro estacionado na entrada, mas não era o de seu pai. Pra onde sua mãe o estava levando?

— Fique aqui, meu bem. — Ela o colocou no banco da frente do carro, posicionando o cinto de segurança em volta de seu corpo. — Você é meu bem mais precioso, Alex.

Ela depositou um beijo em sua testa.

— Pra onde nós estamos indo, mamãe? — ele perguntou, ensonado.

— Para um lugar seguro... 

O barulho de um veículo estacionando a assustou. Ela fechou a porta do carro bruscamente e o garoto começou a ficar temeroso. Afinal, o que estava acontecendo?

— Mas o que significa isso, sua idiota? — alguém disse, distante. — O que são essas malas?

Essa voz...ele reconhecia aquela voz... era o seu pai?

— Não é o que você está pensando... — Alex queria ver o que estava acontecendo, mas não conseguia tirar o cinto de segurança sozinho. — Por favor, me deixa explicar.

Ele ouviu quando o desespero na voz de sua mãe se transformou em lágrimas, ela estava chorando. Ele queria mais do que nunca poder ir até ela, odiava quando a via chorar.

— Você estava pensando em fugir, Melissa? É isso? — a voz do seu pai o assustou, ele parecia furioso. Alex odiava quando isso acontecia, pois sabia a dor que resultaria disso tudo. E por isso, ele nunca tentava fazer nada para o decepcionar. — Sua vagabunda!

Lonely Hearts | noanyOnde histórias criam vida. Descubra agora