6 - just how fast the night changes

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Any Gabrielly

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Any Gabrielly.

New York, 5 meses depois.

Ela estava tentando. Tentando de verdade.

Enquanto mantinha o olhar fixo nas lentes da câmera do fotógrafo, ela lançava mais uma vez um sorriso ensaiado na direção dele. Aquele não era um dos seus melhores sorrisos, mas ela já estava cansada demais para conseguir ser espontânea.

— Any querida, tente ficar relaxada — disse Frederick, o fotógrafo.

Já fazia três horas que estavam no estúdio e antes de estar naquela torturante sessão de fotos, havia demorado uma hora inteirinha só para arrumarem o seu cabelo e maquiagem. O resultado foi impressionante, pois Any estava impecavelmente bonita, com os seus cachos controlados e enfeitados, vestida como uma princesa.

Uma princesa que ela não estava acostumada a ser. Não que não gostasse de ser tratada como uma, ela não poderia desperdiçar uma chance como essa. Estava realizando seu sonho, afinal. De modo que, mesmo que não se vestisse como ela mesma, sabia que nada faria com que ela mudasse sua própria personalidade, ninguém poderia tirar isso dela. E estava tudo maravilhoso até agora, entrevistas, fotos, música e sobretudo...fãs!

Quando suas redes sociais de repente começaram a aumentar de seguidores ela quase não pôde acreditar. As pessoas realmente começaram a segui-la, de modo literal também. Até os paparazzis começaram a aparecer em lugares inesperados, como se ela ir até o supermercado para comprar absorventes fosse algo interessante o suficiente para eles tirarem uma foto.

Mas o fato é que Any Gabrielly estava começando a ficar realmente conhecida nos Estados Unidos. E segundo seu empresário, não demoraria muito até que ela fosse conhecida mundialmente. Imaginem só? Isso era incrível demais pra ser verdade.

— Any! — chamou Frederick, agora usava um tom nada gentil. — Você está prestando atenção? Lindinha?

— O quê? — perguntou ela, totalmente aturdida. Ela não estava muito concentrada para sorrir e fazer poses ao mesmo tempo, de modo que Frederick fitou-a impaciente. Ela rapidamente se recompôs e disse: — Desculpe, eu estou um pouco distraída.

— Ah lindinha, isso acontece mesmo.Você ainda é só um bebê nisso, mas com o tempo vai melhorar. — Disse Fred, tranquilizando-a. Ele era sem dúvidas uma das pessoas mais legais que havia conhecido ali naquele meio, mesmo que às vezes ele fosse um chato que gostava de dar ordens e fazer ela se sentir como uma garotinha de dois anos sem nenhuma coordenação motora. Mas ninguém é perfeito e até mesmo ela tinha seus momentos de crises e chiliques. — Bem, mas não precisa ficar com essa cara e eu já tenho aqui todo o material que vou precisar, você quer ver algumas das fotos?

Ela sorriu e andou cuidadosamente no salto agulha que só fazia dois dias desde que decidiu aprender a fingir que sabia usá-los. A verdade é Any nunca havia questionado se quer a possibilidade de andar em um salto, não havia praticidade e nem confortabilidade naquele calçado. De modo que ela andava um pouco estranho neles, com as pernas totalmente desengonçadas o que fez Frederick olhar horrorizado para ela.

Lonely Hearts | noanyOnde histórias criam vida. Descubra agora