Point 26: Tusa.

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Por um momento, eu perdi o ar.

Os três meses voltaram como se quisessem me derrubar, todas emoções me atingindo de uma vez. A semana que passei na Florida doeu em meu peito.

— O que tá fazendo aqui? — perguntei com a voz falhando.

— Não ia perder sua formatura.

— POCACHONTAS!

Me virei, vendo os meninos correndo em minha direção.

— TA FORMADA, CARALHO!

Chris me pegou no colo, me girando enquanto eu ria.

— Obrigada, obrigada.

Ele me colocou no chão e eu olhei os outros meninos, que sorriram e me abraçaram.

— Já posso te chamar pra me tirar da cadeia?

— Chris, não se atreva.

Olhei para Zabdiel atrás do grupo. Ele usava roupas pretas da cabeça aos pés e também havia descolorido o cabelo e estava loiro.

— Como você tá?

— To bem — respondeu com um sorriso fraco, colocando as mãos no bolso da calça. — Acho que é melhor a gente deixar vocês dois conversarem.

— Não — falei, me virando para Richard. — Não temos nada para conversar.

Sai da roda antes que algum deles dissesse algo, procurando por Clary.

Nossos pais estavam sentados juntos e choravam enquanto abraçavam a Clary. Meu pai me puxou para um abraço apertado quando cheguei.

— Minha filhinha saindo de casa...

— Mas pai, eu já sai de casa — tentei falar enquanto ele me apertava.

— Você vai para tão longe — disse minha mão, acariciando meu cabelo.

— Eu fui pra Irlanda e a senhora não chorou — reclamou Gabbe.

— O dia que você se formar na faculdade eu choro, Gabriel.

Ri, me soltando de meu pai.

— Precisam me deixar ir — falei os olhando — para minha festa de formatura, porque eu vou encher a cara agora.

— Juízo minha filha.

— Vê se não casa com ninguém dessa vez, viu Gabriela.

— Eu vou me garantir bem disso não acontecer — disse Clary, me puxando. — Temos que ir, nossa limusine está nos esperando. Tchauzinho.

Saímos do teatro correndo em direção ao estacionamento dos alunos, procurando pelo nosso carro.

— Vamos, vamos! — gritava um dos meninos da minha turma, na abertura no teto da limusine. — ESTAMOS FORMADOS, CARALHO!

Clary e eu nos jogamos dentro do carro, rindo enquanto caímos em cima dos outros que estavam lá dentro.

— Uhul! — Jem, o garoto que estava na abertura do teto solar, voltou para dentro. — Strip tease!

Clary riu dele e continuou abrindo a beca, fazendo um movimento sensual enquanto desabotoava os botões e mordia a boca. O pessoal gritou para a cena, e ao terminar ela jogou a peça em Jem.

— Clary eu acho uma grande falta de respeito da sua parte começar a namorar tão perto da formatura. To há anos querendo te dar um beijo, caralho.

— Azar o seu. — Clary sorriu e o empurrou para longe, com o pé em seu peito. Ele olhou para a cena com um sorriso malicioso.

Nossa festa seria na Arena do Seattle Center, um dos melhores salões de festa de toda a cidade, bem embaixo do Space Needle, o observatório.

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