006. I need to confess

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Noah Urrea

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Noah Urrea

- Então... Você desistiu da vida com seus pais e veio para cá? - Ela perguntou com sua voz aveludada, enquanto brincava com o canudo entre os lábios.

- Sim... A vida rural com certeza não é pra mim. - Ri, tomado um gole considerável do meu terceiro ou quarto drink.

- Isso eu tenho que concordar! - Ela deu uma gargalhada realmente gostosa de se ouvir. - Não dá pra imaginar um homem desses, vestindo um macacão, uma blusa quadriculada, ordenhando uma vaca! - Ela me olhou de cima a baixo, prendendo o lábio com os dentes, enquanto sorria.

- E você Sina Deinert? - Ela apoiou os cotovelos sob a bancada do bar, se empinando totalmente em cima do banco redondo, prendendo toda minha atenção ali. - Qual é a sua história de vida? - Terminei meu drink azulado em goles rápidos sentindo seu grande teor alcoólico, e deslizei meu olhar lentamente até chegar em seu rosto.

- Uh! Você está interessado sobre minha pessoa? - Ela ergueu sua sobrancelha.

- Claro... Por que não estaria? - Passei a mão nos cabelos, sentido a quentura da bebida ainda presente em minha garganta.

O calor e a embriagues já davam fortes sinais em meu sistema, mas eu não estava sentindo grandes diferenças, já que estava sentado.

- Bom... Sou apenas uma garota solitária, que mora com os amigos, trabalha em uma lanchonete, faz faculdade veterinária e ama tirar fotos nas horas vagas... - Ela ergueu seu copo como se me cumprimentasse, levou a beirada do objeto até sua boca e fechou os olhos bebendo pelo menos 3/4 do que havia ali. - Uhh! - Sacudiu a cabeça fracamente.

- Quem diria... Você trabalhando em uma lanchonete e ainda está fazendo faculdade veterinária. - Ri divertido mordendo o lábio fortemente, o sentindo "dormente".

- E o que tem demais? - Ela abriu um sorriso e pousou sua mão em minha coxa, chegando perto me encarando de forma travessa.

- Você... Apenas não tem cara de quem faz essas coisas. - Senti sua mão apertar minha coxa e eu suspirei sentindo uma leve corrente de calor percorrer de onde foi seu aperto até meu membro, adormecido.

- Ah, é? - Ela deu um risinho descrente. - E eu tenho cara de que? - Sua mão deslizou por minha coxa, a tirando de lá, e seu corpo voltou a posição em que estava.

Antes de conseguir responder, me senti hipnotizado por seus olhos azuis.

Nos encaramos em silêncio, e céus... Sina Deinert era simplesmente algo divino.

Seu cabelo, seus olhos, seu olhar intenso, sua boca perfeitamente desenhada e avermelhada...

- Bom... - Virei meu rosto rapidamente, tendo aquela sensação gostosa de dormência pelo álcool e foquei no copo vazio em minha mão. - Eu... Eu não sei. Apenas... Não parece... - Disse num sopro virando meu rosto lentamente e a encarei de modo intenso.

𝐒𝐞𝐱𝐱𝐱 𝐃𝐫𝐞𝐚𝐦𝐬 ↬ 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭 ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora