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—Ela é legal, sempre está comigo  pintando papéis, fazendo cartas, jogando ou me arrumando, é como uma melhor amiga.—Disse em um sorriso sincero enquanto andava calmamente pelo jardim do hospital.

—Porque não me mostra ela?—Perguntei meio chateado encarando a garota brincando com as flores e insetos que voavam fazendo seus trabalhos diários.

—Ela é meu anjo, um dia você terá o seu e por enquanto ela é o meu.—Respondeu como se fosse algo normal, como se fosse real.—Ela tem a mim e eu tenho a ela, ela é perfeita e... Ela é tudo.—Diz em suspiro e logo a mesma senta em um banco para poder descansar.

—Eu nunca a vi, onde ela está? Tenho que saber como é a pessoa que cuida da minha irmã.—Murmurei meio receoso.

—Ela está na quimio Hanse, não a incomode.—A mesma resolveu me encarar, ela realmente não gostava da ideia de eu estar perto.

—Ela não existe então, anjo não existe.—Ri da mesma e me sentei perto dela sentindo a dor incomodar, ela havia me dado um soco.

—Você é um chato, anjos existem e ela principalmente, ela é o anjo mais lindo que eu já vi.—Balançou os ombros me fazendo rir e então balancei a cabeça negativamente.

—Só acredito vendo.

—Quando for a hora, você a verá.—Disse em tom calmo.

[°°°]

Meu nome é Hanse e você deve estar se perguntando, mas que porra é essa?
Pois bem vou explicar, minha vida mudou, drasticamente.

Tenho vinte anos de idade e não Faço nada da minha vida, não é como se fosse um nada, mas eu trabalho para salvar minha irmã, não só eu mas meus pais também já que nunca fomos de boas condições financeiras.

Aos dez anos de idade minha irmã mais nova foi diagnosticada com câncer, estava avançado então os tratamento tinham que iniciar logo, claro não medi esforço para isso, ela é minha princesa, minha irmãzinha, a úncia pessoa que eu me importo nesse mundo, ela primeiramente e depois minha mãe.

Mas o que basicamente está acontecendo agora?
Agora estou sentado em um jardim, tentando tomar coragem para entrar no velório dela, sim no velório da minha pequena irmã que foi levada cedo por uma porra de doença infernal, que mal a deixou viver, queria poder entender o lance da vida mas é completamente difícil e me faz querer desistir dela também.

Não quero a ver gelada dentro de uma caixa, sozinha... Isso me dói já que o maior medo dela é ficar sozinha, mas o que posso fazer agora? O que estava ao meu alcance eu fiz, mas que explicação ou palavras posso ter para ficar seguro e amparado em uma hora dessa? Nenhuma já que sou eu que tenho que ser o forte e dar o apoio que a família precisa, eu sou o "homem" infelizmente o lema da família tradicional de igreja pequena, um pequeno inferno.

Pensar demais me dá dor de cabeça e falar comigo mesmo da ainda mais.

Deixei então os pensamentos de lado e me levantei limpando meus olhos olhando para a porta do quarto onde ela estava, abri a mesma sentindo o cheiro enjoativo de velório e me aproximei sorrindo meio triste.

—Oi meu amor.—Disse baixinho chorando  mais um pouco, é inevitável.—Esta muito frio? Quer ir comigo? Eu vou com você uh? Não quero te deixar sozinha naquele lugar...—Sussurrei me segurando para não chorar mais

Porém logo minha atenção é tirada ao ver uma garota com poucos cabelos se aproximar com uma barra de ferros que segurava remédios com enfermeiros a acompanhando.

—Porque? Anjinho porque?—Ela disse olhando a pequena.—Eu vou sentir sua falta.—a garota disse enquanto chorava, ela estava realmente muito abalada e demonstrava isso, era ela, a garota que cuidava da minha irmãzinha.

—"Quando for a hora você a verá"

ו×

Bom dia
Boa tarde
Boa noite
Boa madrugada?
Estou iniciando mais uma fanfic? Estou
Me perdoem mas eu amo mesmo esse plot e mesmo nem o construindo bem, estou postando pela minha própria animação mesmo e espero que gostem.

Beijos da va

Guardian AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora