Harry Potter e o véu da morte - Fanfic

Capítulo 24 - Lumos Solem

Harry já não sentia mais os seus braços e pernas. Eles estavam dormentes pelo tempo que estavam presos na pedra sem se mexerem. E já fazia um bom tempo que ele estava ali sem saber o que fazer. Há essa altura já estava perdendo as esperanças. Quanto mais tempo passava, menos esperança ele tinha e mais difícil ficava de se mexer e respirar. Harry estava se sentindo tonto, provavelmente pela pouca quantidade de oxigênio que tinha ali, ele até tentava pensar em algo mas estava ficando difícil se manter alerta. Bem longe ele ouvia o latido do cão, as vezes mais alto, as vezes mais baixo. E então ele percebeu! O cão saiu, ele estava latindo do lado de fora da pedra.
Harry juntou o que lhe restava de forças e tentou pensar... O que poderia tirá-lo dali?
Ele se lembrou de quando ficou preso pelo visgo do diabo, Hermione o salvou com Lumos Solem, mas nesse caso ele nem tinha a varinha e também não estava preso pelo visgo e sim por uma montanha. Será que teria alguma forma de fazer o feitiço sem a varinha?
Harry tentou dizer o feitiço mas sua voz não saía provavelmente pela escassez de oxigênio. Então ele mentalizou o feitiço, ele já tinha praticado magia não verbal mas não sabia se conseguiria naquelas condições e principalmente, sem varinha. Ao pensar Lumos Solem ele sentiu um leve calor mas não teve nenhum movimento da pedra.
- O que estou fazendo de errado? - pensou Harry irritado.
"Um feitiço precisa que a energia certa esteja canalizada para que ele possa acontecer". - Harry lembrou da voz de Hermione explicando para Rosa quando era pequenininha.

Era isso! Ele precisava ter o sentimento correto. Como em um patrono, não adianta falar o feitiço sem gerar bons pensamentos. Harry se concentrou na luz do sol e pensou em coisas que lhe remetiam a isso. Ele viu o sorriso de Gina no dia do seu casamento, a voz de Lilian dizendo papai, o sorriso sem dentes de Thiago bebê, o abraço de Alvo, os rostos de Hermione e Rony. O coração de Harry se aqueceu de tal forma ao pensar nessas coisas que a conjuração do feitiço aconteceu naturalmente, e Harry conseguiu sentir novamente os seus braços e pernas, e ao se mexer saiu de dentro da parede que o aprisionava como se ela fosse uma simples porta aberta.
O local que ele se deparou era surpreendente. Uma rua larga ladeada por árvores com flores amarelas dos dois lados a perder de vista. Era possível ver algumas casas bonitas e bem cuidadas. Se pareciam muito com uma vila e Harry desejou que houvessem pessoas que pudessem o ajuda-lo com informações.
Ele andou pelo quintal da primeira casa e foi seguido pelo cão que estava muito contente em vê-lo. Ao chegar na porta ela limpou a roupa com as mãos tentando tirar a poeira da montanha e bateu. Uma mulher alta e morena abriu a porta e sorriu ao ver Harry.

- Querido! Temos visita! Um novo morador! - disse ela gritando para dentro da casa

- Bom dia senhora, não sou vizinho...- começou Harry

- Todos dizem isso ao chegar aqui - disse um homem baixo e gordinho interrompendo Harry

- Vamos, entre! Fique a vontade! - disse a mulher apontando para dentro da casa.

Harry entrou meio desconcertado e foi direcionado para uma sala pequena e aconchegante toda decorada de temas florais e almofadas peludas. A mulher se sentou no sofá e seu marido ficou em pé apoiando as mãos no encosto atrás dela os dois olhando muito curiosos para Harry que ficou na poltrona de frente para eles.

- Então o senhor é... - começou o homem

- Harry Potter. - respondeu Harry

- Prazer Potter, somos os Willow eu sou Margareth e meu marido é Brian. - apresentou-se a mulher.

- Obrigada por me receberem, eu preciso chegar com urgência até uma pessoa, Sirius Black, vocês conhecem? - perguntou Harry ansioso

- Sirius Black... - disse o homem franzindo o cenho

- Hum.... Esse nome não é estranho - respondeu a mulher pensativa

- Ele tem os cabelos grandes e cacheados, os olhos negros e ... Disse Harry.

- Ah querido essas coisas podem mudar por aqui- disse a mulher distraída.

- Como ele chegou aqui? Se é que está aqui... - perguntou o homem

- Ele passou pelo véu da morte... E acredito que ele está por aqui. - disse Harry.

Os dois se entreolharam enquanto a mulher tapou a boca com a mão.

- O véu... Realmente não fica aqui... Eles não se misturam conosco, a não ser que seja solicitado... Mas é difícil... - disse o homem

- E onde eles ficam? - perguntou Harry se levantando

- Você não vai querer ir lá! - respondeu a mulher.

- É um lugar longe, e muito sombrio... Quem entra lá dificilmente encontra saída. - completou o homem

- Somente me apontem o caminho e eu irei! - disse Harry encaminhando-se para a porta.

Ao chegarem na porta Harry saiu seguido pelo casal

- Você tem certeza que vai até lá? - perguntou a mulher séria

- Absoluta! - respondeu Harry firme.

- Você terá uma longa caminhada por essa estrada, quando chegar nas árvores vermelhas você irá subir um monte e encontrará o labirinto dos lamentos. - disse o Homem

- Obrigado - disse Harry

- Boa sorte - respondeu o casal em uníssono