Capitulo 4 - Ciúme

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Após a confusão com Draco a maioria dos convidados foi embora da partida de quadribol, os jovens vencedores ficaram jogando mais um pouco enquanto Harry, Rony, Hermione e Luna entraram na casa.

- O que deu em você Ronald? Atacando Draco como um selvagem? Na frente dos nossos filhos e amigos! – Perguntou Hermione brava

- E eu preciso de motivos? Ele sempre odiou minha família e nunca economizou xingamentos a ela. O que eu não entendo é você defender ele Hermione! O que ele tanto queria falar com você? – Retrucou Rony ainda alterado.

- Ah... Eu não acredito que você vai começar de novo Rony! Não entendo esse ciúme que você tem de Draco! – Gritou Hermione ofendida.

- Ele está sempre atrás de você. Perguntando sobre você. E quando você chegou ele arrumou um jeito de chegar perto de você, não é? Eu estava jogando mas vi muito bem ele falando com você Hermione! E como se não bastasse eu o peguei falando de Fred, que ele não fazia falta! – Vociferou Rony

- Rony, estávamos falando sobre a morte de sua esposa Astoria. Ele disse o quanto ela fazia falta para Scorpius e eu comentei que também  sentíamos muita falta de Fred. Ele estava dizendo que a nossa família era grande e que por isso Fred não deveria fazer tanta falta quanto a esposa dele quando você chegou gritando e batendo nele! – respondeu Hermione

- Eu não quero saber! Não venha tentar justificar esse crápula – Gritou Rony Saindo e batendo a porta.

Hermione respirou fundo tentando se recompor e disse:

- Harry, Gina, me desculpem pela confusão. Ah céus! O Rony é um cabeça oca!

Gina abraçou a cunhada acalmando-a

- Vamos tomar um chá, deixe ele esfriar a cabeça. Logo ele volta te pedindo desculpas. - Disse Gina levando Hermione para a Cozinha.

Harry olhou para Luna, ele precisava contar para ela o que acontecera na floresta. Ela conhecia bem as criaturas e talvez pudesse ajuda-lo a descobrir mais sobre aquela harpia chamada Celeno. Enquanto observava Luna entretida com algumas fotos de sua casa, totalmente alheia a confusão ao seu redor Harry pensou se ela acreditaria nele. Das pessoas naquela sala ela seria com certeza a que menos duvidaria.

- Luna, o que você sabe sobre Harpias? – Perguntou Harry

- Ah... - sorriu Luna. – Harpias são criaturas magníficas Harry. Muitos dizem que são somente lenda, já que pouquíssimas foram vistas e praticamente nenhuma catalogada em livros. Eu por outro lado acredito que elas existam sim, mas como quem se encontra com uma Harpia normalmente não vive para contar, as pessoas teimam em dizer que elas não existem. – disse Luna sonhadora.

- Como assim não vive? Porque? – Perguntou Harry.

- Oh é uma lenda antiga... que diz que as Harpias são seres que tem por função obrigar as almas dos mortos a entrar no barco do rio escuro e seguir para o além. Então aquele que as encontram, já estão mortos ou estão para morrer Harry.

- Então pessoas que não estão mortas não conseguem vê-las? – Perguntou Harry alarmado, aquilo não fazia sentido.

- Bom tudo isso são estórias, não é? E até que a gente possa provar o contrário nós devemos acreditar. Pelo menos é o que dizem... – Luna responde calmamente.

- E sobre esse rio escuro? O Que você sabe sobre ele? – acrescentou Harry.

- O rio escuro é um canal que liga o mundo dos vivos ao mundo dos mortos, uma ligação entre dimensões. Ele é habitado por ninfas da água que entoam canções para hipnotizar pessoas e leva-las para a morte. Será que ainda tem chá? – Acrescentou Luna alegremente se juntando a Hermione e Gina e deixando Harry sozinho na sala com seus pensamentos. Ele sabia que o que Luna lhe contara não era de tudo mentira, mas até onde toda essa história era verdade?

Ele precisava falar com Hermione mas dados os últimos acontecimentos era melhor deixar para depois.

Harry saiu de sua casa encontrando Rony sozinho em uma das arquibancadas.

- Ei cara, me desculpe a bagunça. – Disse Rony envergonhado.

- Fica tranquilo Rony, você tem que se preocupar é com a Mione, ela está brava com você. – Disse Harry brincando.

- Brava? Eu que estou bravo com ela! – respondeu Rony

- Ron, procura escutar o que ela tem a dizer antes de brigar por motivos que podem estar só na sua cabeça. – acrescentou Harry

- Cara ela viaja muito, e é uma mulher importante sabe? Eu sou só um gerente de loja e sempre tem homens rondando ela. E o Draco, já faz um tempo que venho observando o interesse dele nela! – disse Rony amargurado.

- Ron, presta atenção. A Hermione é maravilhosa, inteligente e mandona. Mas não se esqueça que ela também é leal e te ama. Não importa quem esteja rondando ela porque ela quer você. Chama ela pra conversar e vocês vão se resolver. Pode deixar que o Hugo e a Rosa dormem aqui hoje. – falou Harry se levantando. – Vamos, vai falar com sua mulher seu cabeça oca!

Rony entrou na casa enquanto Harry foi chamar os filhos e sobrinhos para avisar que iam fazer uma fogueira e acampar ali mesmo naquela noite. Hermione e Rony saíram enquanto Gina e Luna preparavam chocolates quentes para todos.

Ao chegar em casa Rony ia começar a falar quando Hermione desandou:

- Escuta aqui Ronald Weasley eu não aceito você falar comigo daquela forma, e ainda por cima na frente dos nossos amigos! Mas o pior de tudo é esse ciúme! Eu nunca te dei motivos para ter ciúme! Me respeite...

Hermione continuou vociferando todas as suas raivas até que Rony a tomou em seus braços e a beijou. Ela ainda tentou rebater mas ao sentir a boca de Rony sobre a dela, voraz, saudosa e deliciosa ela deixou de se importar com o que ocorrera. Tudo que se podia escutar eram as respirações ofegantes e as batidas dos seus corações. Hermione buscava vorazmente a boca de Rony, sedenta de seu beijo úmido e quente. Quando suas bocas se separaram, ainda buscando fôlego Hermione se deu conta de que qualquer briga era pequena perto daquilo que havia entre eles. O que eles construíram ao longo desses vinte anos de casamento era muito sólido e profundo para ser derrubado.

- Mione, me perdoa. Eu senti ciúme, admito. Porque te amo e não quero te perder!

- Ron, eu também amo você e é exatamente por isso que você precisa confiar em mim! – respondeu Hermione beijando seu peito.

- Tudo bem. Eu confio! - ele respondeu abraçando a esposa carinhosamente. - Vamos aproveitar que as crianças não estão em casa? –  Rony falou sorrindo maliciosamente enquanto levantava e levava uma Hermione sorridente em seus braços. 

Harry Potter e o véu da morte - FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora