"Red" › HyunJin.

fourteen

Hwang Hyunjin focus.

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Eu passei longos minutos tentando entender tudo que aconteceu naquele dia, achei que tivesse algo de errado comigo, ou que ela estivesse com problemas. Quando finalmente entendi que se tratava de timidez, um alívio se instalou por todo o meu corpo. Apesar de saber o quão ruim era estar naquela situação, eu não conseguia não achá-la adorável.

Desde o primeiro dia, a primeira vez em que eu a vi - ou melhor, ela me viu -, ela tinha minha atenção. Desde então, meu passatempo favorito se tornou pensar sobre ela. Me intrigava o fato de que, mesmo que já fôssemos considerados amigos, ela ainda não me contasse nada ao seu respeito. Eu sabia de poucas coisas e, para uma pessoa curiosa, isso era uma tortura.

Eu queria conhecer mais de Choi Haneul, encontros casuais acompanhados de Jisung não eram mais o suficiente. Eu queria saber seus gostos, sua cor favorita, seu assunto favorito, enfim, tudo que fosse sobre ela. E sim, eu sei que pode soar um pouco estranho, mas é inevitável não pensar assim quando se está interessado em alguém.

Felizmente, depois do natal e do nosso tempo juntos, parece que eu consegui um lugarzinho em sua vida, mesmo que pequeno e apertado, ainda sim era um lugar, e para mim estava tudo bem, não via problemas em conquistar o meu espaço aos poucos. Na verdade, a ideia me parecia interessante, mesmo que desafiadora.

"Tudo que vem fácil, se vai mais fácil ainda"

depois de uma vida toda seguindo essa frase clichê, não seria justo no amor que eu a descartaria. Eu não vou correr esse risco.

É claro que é difícil me manter confiante na maior parte do tempo, visto que ela poderia se interessar por alguém melhor, com muito mais a oferecer do que eu, mas também não queria desperdiçar aquela oportunidade que ganhei, principalmente depois do que Han Jisung havia me dito mais cedo.

Afinal, o bobão até que foi útil.
Obrigado, cara.

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Que droga, você é um homem ou uma ameba, Hyunjin?!

a resposta é simples:

eu sou uma ameba.

— Depois a gente fala sobre isso, não é nada demais. — Sorri um pouco sem graça, aproveitando para coçar a minha nuca de modo desajeitado, bagunçando os fios que estavam ali. — A aula já vai começar, vamos logo, Nini.

— Ah, tudo bem. — Deu de ombros, não sabia dizer se estava triste, desapontada ou apenas sonolenta. Talvez fosse última opção. — Eu espero que esse ano seja melhor, não quero quase repetir de novo.

— Se você precisar de ajuda, eu estou disponível. — Sério, agora você tem coragem para se oferecer? Sinceramente. — Bom, você já sabe disso mas, reforçando, eu estou livre todos os dias antes do meu expediente na pizzaria, só me ligar que eu apareço.

— Eu não sei, Hwang. — Cadê o "Jinnie"? — Meus pais são chatos com essas coisas e eu também não quero te atrapalhar, eu sou bem lenta para entender as coisas.

— Você nunca me atrapalha, eu gosto da sua companhia. — Pude nota-lá desviar o olhar, começando a seguir pelo caminho que deveríamos ir. — Bom, você sabe que eu tô aqui, qualquer coisa.