fifteen

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20k ♡

1. e vamos de desenvolver o casal, quem amou?
2. boa leitura











O amor ainda era uma incógnita para a garota que carregava consigo tantas marcas do passado, depois de tanto apanhar da vida, ela achava estranho algum sentimento bom florescer dentro de si. Havia se acostumado com os tons de preto e azul que sua vida havia ganho ao longo dos anos, algumas vezes acompanhados do amarelo que Jisung trazia, por isso, acrescentar outras cores em sua palheta pessoal parecia quase que impossível, ou até mesmo arriscado demais.

Enquanto Hyunjin não via problemas em aceitar e compreender os próprios sentimentos – mesmo sem garantia alguma de que eram retribuídos –, Haneul travava mais brigas internas: Ela ainda não queria aceitar o que sentia. Aceitar era tornar real, tornar real era ficar vulnerável e ela não queria acabar se machucando.

Mesmo com todo aquele receio, o corpo da garota parecia não trabalhar com conjunto com seu cérebro, ou talvez ele trabalhasse bem com o seu subconsciente, o qual, de fato, queria desesperadamente explorar a fundo o romantismo que habitava naqueles um metro e cinquenta e seis de altura.

As pequenas mãos entrelaçaram as do garoto e com isso, ambos gelaram, experimentando novamente a tão conhecida sensação de "borboletas no estômago". A Choi não sabia o que estava fazendo, nem se era o certo, mas ela, apenas naquele momento, não se importava. O moreno, por sua vez, estava claramente próximos aos céus, pisando em metros de algodão, já que o chão tão gélido e duro parecia velcro sob seus pés: macio, mas pegajoso o suficiente para não deixá-lo flutuar.

O caminho pareceu durar séculos para ela, que se torturava mentalmente ao receber toda aquela atenção dos demais alunos do colégio, e para ele, foram como míseros – mas mágicos – segundos. Haneul soltou a mão do garoto e então entrou na pequena fila, para que deste modo pudesse comprar algo que saciasse tamanha a fome que sentia.

Ele estava do seu lado, acompanhando-a como um perfeito namorado – coisa que não era, ainda não –, seguindo a fila do lado de fora enquanto observava os traços femininos, permitindo-se novamente ficar um tanto quanto perdido na beleza dela.

— Você é tão bonita. — Pensou alto.

— O que?

Ele sabia que não era o momento certo, mas também não queria amarelar de novo. Havia aprendido que quando queria fazer algo e simplesmente não conseguia, bastava fechar os olhos, contar até cinco e fazer. E foi o que ele fez, após alguns segundos ele puxou todo o ar de seus pulmões e ditou em alto e bom som:

— Você é a garota mais bonita que eu tive a sorte de conhecer.

Ela riu, demonstrando estar envergonhada. Boa parte dos alunos ali presentes conseguiram ouvir o elogio, aquilo com certeza ocasionaria boatos mais tarde e por toda aquela semana, mas eles não se importavam pelo simples motivo de: Era como se estivessem sozinhos no mundo. Intocáveis.

— Você não deve conhecer muitas garotas, então. — Respondeu baixinho, deixando seu lado medroso falar mais alto.

— Realmente. — Levou na brincadeira, não iria deixar sua coragem sumir por conta de uma resposta inesperada. — Mas, mesmo que eu visitasse cada mulher desse mundo, eu ainda sim repetiria convicto: Você é a pessoa mais bonita do mundo e eu sou sortudo por te conhecer.

Ela pensou pela primeira vez em retribuir os elogios, já que a beleza de Hwang a deixava ser ar, mas chegou a sua vez de pedir e ela apenas focou naquilo. A ansiedade de ouvir aquelas palavras faziam as pequenas mãos da garota suarem frio e seu estômago embrulhar, toda aquela fome deu espaço a um pequeno incômodo, entretanto, ela não hesitou em pegar boa parte da comida disponível. Quando toda aquela inquietude passasse, a fome ainda estaria ali, então era bom previnir.

Caminharam quietos até uma pequena mesa no canto esquerdo do refeitório, o silêncio não era constrangedor nem agonizante, mas ambos queriam quebrá-lo: não por necessidade, mas por pura vontade de continuar um diálogo.

— Você também.

Quebrou o silêncio com a boca cheia de arroz, pronunciando de maneira embolada enquanto cobria a parte inferior do rosto com a mão. Os pequenos olhos amendoados desviaram do garoto e suas bochechas se tornaram um pouco mais quentes, mesmo que não tivesse coragem o suficiente para dizer "você é o garoto mais bonito do mundo", ela sabia que ele entenderia o recado, era bem esperto.

Ele sorriu mostrando os dentinhos esbranquiçados, e céus, eram em momentos como aquele que Haneul perdia todos os sentidos e se via completamente incapaz de negar que estava apaixonada por ele.

Abaixou a cabeça, arrumando os fios escuros para que não entrassem em sua comida e então fez uma pequena careta, praguejando-se mentalmente por ser tão atrasada quando o assunto era relacionamentos.

— Mais cedo eu ia te chamar 'pra fazer alguma coisa, sei lá... — coçou a nuca, recuperando a atenção dela. — Ir passear ou ver um filme em casa, não sei.

— Eu quero. — Respondeu rápida e impulsivamente, quase engasgando com o almoço.

— Ah, não tem problema, é besteira mesmo... — Arqueou as sobrancelhas, confuso. — Calma, quer? Tipo, quer mesmo?

A pequena Choi afirmou com a cabeça, ainda evitando qualquer contato visual com Hyunjin.

— Você sabe que é sair só eu e você, né? Haneul e Hyunjin, nada de Jisung. — Esclareceu, ainda não acreditando na resposta.

Sua mente estava uma perfeita confusão, estava eufórico por receber uma afirmação, mas inseguro sobre ter passado a mensagem que queria. Não queria alimentar falsas esperanças e acabar sofrendo um grande desapontamento ao vê-la acompanhada do melhor amigo, ou de algum terceiro. Não que ele não gostasse do trio que formavam, pelo contrário, ele amava ter a companhia dos dois, mas como dito anteriormente, ele queria conhecê-la de todas as formas possíveis, queria ter um momento a sós com a garota, desfrutar da sensação que era viver um romance do ensino médio.

Não como aquele que os pais viveram, ou os relacionamentos conturbados que via nas séries de TV, mas sim aqueles clichês de livros onde você pode ser você mesmo e confiar de olhos vendados da pessoa que está com você.
Ele queria ser essa pessoa para e com Haneul.

— Eu já entendi, Jinnie.

Naquele momento ela pensava que talvez, mas só talvez, não fosse tão ruim estar aberta a novas situações e sentimentos.

— E então...? — Uma careta adorável, porém involuntária, se fez presente.

— Eu... — Ela travou pela vergonha e ele gelou com o medo de ser negado. — Eu realmente quero.

Se encararam por alguns segundos e assim que a ficha "eu tenho um encontro com ele/ela" caiu, ambos sorriram tímidos e ansiosos, esquecendo completamente de combinar o local, o dia e a hora em que se encontrariam.




Misturando o azul com o vermelho ganhamos o roxo, a cor da magia.








______





ruim gostaro ?

mais perguntinhas:

vocês querem que o próximo capítulo seja focado no Jisung? 😳

se sim, foco somente nele e na história individual do personagem ou uma mistura de Jisung + Hyunjin e Haneul?

aliás, tô com uns projetos em mente que envolvem uma fanfic com o tema baseado em euphoria e duas oneshots, uma minsung e uma do seungmin bem softzinha, o que acham?

não revisei e nem fiz o cap muito grande mas eh isso espero que tenham gostado e tals, bjos da sun 🤟🏻

"Red" › HyunJin. Onde histórias criam vida. Descubra agora