Afeto que preciso

45 4 5
                                    


aaaaaaaaaaa, a quarentena fez efeito e cá estou eu novamente!!! Tem alguém por aqui ainda? Espero que simmm, que não tenham desistido de mim e nem da história, eu disse que voltaria e voltei!! Vou poupar vocês de muitas explicações, só queria mesmo dizer que Stained Past está de volta com uma nova identidade visual que vocês podem observar nas capas dos capítulos e da história em si. Qualquer dúvida ou outras questões sintam-se livres pra se manifestar. Obrigada pela paciência e boa leitura.

"Todo dia eu acordo e digo a mim mesmo. É apenas um dia, um período de vinte e quatro horas pra passar."

Raspo a colher no fundo da tigela para pegar o resto do leite e do cereal no mesmo objeto, levando tudo à boca. Estou jogada na cadeira tomando café enquanto minha mãe prepara o almoço, mas só me foi permitido comer algo leve porque acordei tarde demais.

- Seu sono ainda deve estar descontrolado pelo fuso. - disse minha mãe, mas eu sei que não é isso. Minha cabeça às vezes faz tanto barulho que simplesmente não consigo apagar.

- Tessalia? - a voz de meu pai parece vir da sala.

- O que é? - grito de volta.

- Não grite, vá ver o que ele quer. - diz minha mãe, pegando minha tigela vazia e levando para a pia. Revirando os olhos e suspirando eu sigo para sala, onde encontro meu pai de pé e o garoto tatuado sentado em nosso sofá.

- Aí está ela. - diz meu pai com um sorriso, como se eu fosse algum motivo de felicidade. Zayn ergue os olhos para mim e eu o observo de volta, cética.

- Não muito melhor que ontem. - digo, porque meu cabelo continua uma porcaria e minhas roupas são todas trapos.

- Sinto muito por ontem, fui um imbecil. Fui preconceituoso, aliás. É que eu nunca tinha visto você nessa casa e nem na cidade, então essa foi a primeira coisa que me passou pela cabeça. - ele tenta se explicar, parecendo mesmo estar envergonhado.

- Eu te disse, foi um mal-entendido. - diz meu pai.

- Diga isso para minha auto-estima. - me jogo no sofá contrário ao dele.

- Como se você fizesse alguma questão de cuidar da sua auto-estima. - Karla se intromete, entrando na sala sem ser convidada. - Oi Zayn.

- Como vai Sra. Martinez?

Enquanto eles se cumprimentam fico pensando em como tudo isso é ridículo.

- Bem, querido, mas só vim te dar um beijo, minha panela está no fogo. Tessalia... - ela olha para mim. - Não seja uma porta, ok?

Simplesmente não consigo evitar revirar os olhos.

- Precisa de ajuda com a salada? - pergunta meu pai.

- Por favor!

- Certo, Tess faça companhia ao Zayn enquanto o Mike não desce, ele já está vindo. - meu pai aponta para mim e nem me dá tempo para responder, apenas sai correndo atrás de sua esposa.

- Então... Tessalia, hm? - Zayn olha para mim. Assinto devagar.

- Zayn? - pergunto no mesmo tom. Ele assente.

- Zayn Malik. - ele junta as mãos e as apoia no colo - Sinto muito se te magoei com o que disse ontem, foi por impulso.

- Relaxa, eu não dou a mínima. - balanço uma mão em sinal de descontração.

Pelo tempo que passo na sala com Zayn, noto que ele é um cara de poucas palavras. Tem uma voz baixa e grave e cada palavra parece um som especial, ainda que ele diga poucas. Também poupo palavras e não fazemos uma boa combinação, porque logo o silêncio reina.

Stained PastOnde histórias criam vida. Descubra agora