EPÍLOGO

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Skarlet estava claramente feliz.

- Eu venci Kuai Liang aquele dia, mas só porque ele estava muito cansado. Ele e Hanzo são lutadores fenomenais, seria ótimo poder aprender mais com eles.

Noob a observava falar.

- Há algo errado? - Ela indagou quando notou que ele a fitava fixamente. - Você também é um lutador invejável, não se preocupe.

Ele continuava a observá-la.

- O que está havendo, Noob?

Ele se levantou e andou até ela, repousou sua mão na nuca delicada e a encarou.

- Skarlet, me perdoe por tudo. Me perdoe pelo que lhe causei e me perdoe por quem eu era em vida e mesmo após me transformar. Eu não posso mudar absolutamente tudo em mim, mas eu nunca mais quero passar pela sensação horrível de te perder. Minha mente grita para que eu mate Sindel e vingue sua morte, mas estou lutando contra isso porque eu não quero correr nenhum risco. Me perdoe, Skarlet.

Ela riu.

- Você acha que me tirou algo, mas pelo contrário, você me deu tudo.

Ela tirou a máscara dele e o abraçou. Seu corpo se aqueceu junto ao dele. Skarlet não pensou muito e, quando se deu conta, seus lábios vermelhos e carnudos estavam sobre os lábios negros e finos dele. Da última vez, Noob a havia repelido, mas dessa vez ele se permitiu. Os lábios dela eram quentes e macios. Noob não sentia a sensação de um toque feminino há muitos anos. Nunca pensou que seu corpo de Noob Saibot pudesse reagir a uma mulher, porque realmente nunca havia reagido, mas Skarlet o dava vida e ele devia ter imaginado que seu corpo responderia ao calor que ela emanava.

Por um momento, ele se esqueceu de seus rancores, raivas, vinganças e inseguranças. Nunca pensou que fosse possível viver um minuto sequer sem remoer essas feridas, mas lá estava ele.

Envolveu o corpo de Skarlet enquando beijava seu pescoço fino e delicado. Sentia ela tremer em seus braços, e sabia bem o que ela sentia, pois sentia o mesmo desejo desesperado.

Ergueu-a do chão e a levou para a cama. Durante muito tempo tentou reviver as memórias de Bi-Han para caso esse momento chegasse, mas agora que havia chegado, não fazia questão de recordá-las. Tudo estava sendo tão natural e sincronizado, que se sentiu sortudo por tudo com ela ser tão simples e agradável.

Skarlet soltou as fivelas de seu macacão e se despiu. Noob viu novamente aquele corpo fabuloso, mas dessa vez era diferente, dessa vez ela estava nua para ele. Em outras circunstâncias, jamais tiraria sua máscara para alguém e muito menos suas roupas, mas ali nada importava. Desprendeu as fivelas que prendiam as partes em couro e soltou todos os botões. Em minutos, estava como jamais havia se imaginado em frente a qualquer pessoa. Skarlet não tinha palavras. O corpo dele era uma obra de arte. Ele era forte, com o abdômen perfeitamente desenhado, ombros largos e braços que poderiam quebrar uma árvore ao meio. Seu corpo era completamente negro e sua pele reluzia.

Skarlet se aproximou e tocou o peito dele. A pele era macia como uma pétala de rosa, como um veludo negro. Era viciante tocá-lo. Noob não aguentou mais esperar e se deitou sobre ela. Ele alisava os cabelos curtos de Skarlet e a tocava gentilmente. Podia-se ouvir os suspiros baixos dela. Ela passou as mãos pelas costas musculosas dele e endireitou seu corpo para recebê-lo. Quando ele encaixou o corpo sobre o dela, após tudo o que havia passado nas ruas, Skarlet nunca pensara em se entregar a um homem por vontade própria, e se surpreendeu ao perceber que seu desejo alcançou o ápice naquele momento em que o membro rígido dele encostou em sua intimidade. Estava quente, muito quente. Conforme ele a beijava e seu corpo se movimentava, ela sentiu aquele membro dotado a penetrando lentamente. A sensação era maravilhosa. Imediatamente suas peles se aqueceram em temperaturas muito altas, mas aquilo não incomodava.

Noob não tirou suas mãos do corpo dela em nenhum momento. Skarlet o abraçava e o apertava à medida que os movimentos se intensificavam. Ele repousou uma das mãos no rosto de Skarlet e a olhou nos olhos, enquanto descia a outra mão para o clitóris dela. Ela revirou os olhos, fincou suas unhas nos ombros dele e gemeu. Noob sorriu ao ver que ela estava quase chegando ao ápice.

- Se entregue, Skarlet. - Ele sussurou com sua voz grave e rouca, e Skarlet fechou os olhos e obedeceu. Noob continuou se movimentando e sentiu o corpo de Skarlet tremer sob o seu. Percebeu os movimentos desenfreados que ela fazia em seu membro e soube que ela estava em seu clímax. Ele continou se movimentando lentamente, até que percebeu algo em seu corpo. Conhecia aquela sensação maravilhosa e, por um breve momento, agradeceu mentalmente a quem quer que fosse, pois não esperava ser capaz de senti-la novamente. Acelerou seus movimentos e em pouco tempo, ele havia atingido o clímax também. Não podia imaginar que tantas sensações boas ainda pudessem ser sentidas dentro daquele corpo, e pela primeira vez, não odiou ser Noob Saibot.

Ele beijou a testa dela e se deitaram lado a lado, virados um para o outro.

- Você me tocou como se eu fosse um cristal. - Ela disse por fim.

- É mais do que isso.

Ela sorriu.

- Me sinto feliz por ter tido a oportunidade de conhecer esse seu lado doce e carinhoso. Acho que ninguém vê isso em nós.

Noob suspirou e a abraçou.

- As pessoas veem só o que querem. Mas me basta que saibamos um do outro.

E ficaram assim por um bom tempo.

Trust and Scars | Mortal Kombat AU #2Onde histórias criam vida. Descubra agora