Capítulo 12

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Não revisado

Lucy

Minha mãe chorou abraçando meu pai ao ouvir o doutor dizer minha situação, eu estava consciente e bem consciente, observei o doutor sair do quarto. 

— Como o Charles está ? — perguntei. 

— Você quase morreu e a primeira coisa que pergunta é sobre... Lucy creio que não ouviu...

— Eu ouvi, infelizmente eu já sabia disso — disse de imediato — Infelizmente pai esse é o meu destino... Eu nasci imprestável e não há nada que eu posso fazer — meu pai caminho até chegar bem perto da cama — Eu voltei a ver o Dr. Mendez... Ele me disse que minha situação daqui pra frente ficaria mais difícil... Eu havia perdido as esperanças, mas depois... Desde o dia que eu conheci o Charles, não sei explicar ele me fez querer voltar lá...

— Ele está bem filha... Ficou aqui no hospital esses três dias que você ficou inconsciente... 

Sorri ao ouvir aquilo. 

— Infelizmente eu não tive coragem de dizer a ele... 

— Eu expliquei a ele filha... — afirmei 

Minha mãe veio até mim, sentou na cama e me olhou de forma triste. 

— Quando irei sair daqui ? — segurei sua mão 

— Irei conversar com o doutor... 

Afirmei, recebi um beijo na testa. Minha mãe se levantou e puxou meu pai para sairem do quarto.

(...) 

A enfermeira havia acabado de sair com o meu café da manhã, ajeitei a trança que minha mãe havia feito em meus cabelos, coloquei de lado. 

— Bom dia Lucynda... — o doutor adentrou o quarto. 

— Bom dia doutor ? — arquiei a sobrancelha.

— Sou o doutor Erick Willians ... 

— Me chame de Lucy por favor... — o mesmo afirmou. 

— Lucy, sua mãe me disse que você estava se tratando... 

— O doutor Thomas Mendez é o médico da nossa família, ele acompanhou meu caso desde os meus primeiros passos... — ele afirmou. — Ele me passou alguns medicamentos... 

— Posso vê-los ? — minha mãe se levantou e pegou minha bolsa. 

O doutor examinou os fracos, meu pai adentrou o quarto, logo o doutor me lançou um olhar assustado. 

— Quando começou a tomar esses remédios ? 

— Um mês, eu acho... 

— Algum problema ? — minha mãe perguntou. 

— Esse remédio está te prejudicando... Eles não são indicados para o tratamento, Lucy talvez esse desmaio tenha salvado sua vida... Vou pedir mais exames — ele se retirou da sala. 

— Quer dizer que o Mendez estava tentando matar a Lucy ? — olhei assustada para o meu pai. 

— Eu disse que era melhor procurarmos outro médico! — minha mãe disse andando de um lado para o outro.

— Com licença — Charles adentrou o quarto com um sorriso doce no rosto.

Meus pais saíram do quarto deixando Charles e eu sozinhos. 

Charles estava com as mãos para trás e conforme ele mexia o barulho de plástico o acompanhava. 

— Oi... — o monegasco disse envergonhado

— Oi...Tem algo aí pra mim ? — disse com a voz embargada 

— Trouxe isso — Charles revelou um buquê de rosas amarelas. — Quando as vi... Lembrei-me de você. 

— São lindas...  

Comecei a chorar, Charles não merecia isso, eu estaria condenando ele na mesma sentença que os meus pais. Mas como eu poderia livrar ele disse se eu o quero perto de mim.

— Charles, me perdoa por não ter lhe contado a verdade... Eu tive medo... 

Charles deixou as rosas sobre meus pés e correu para me abraçar, sentir o calor e o perfume de Charles me fez querer chorar ainda mais. 

— Não tem o que perdoar, eu entendo, sua mãe me explicou... 

— Não está com raiva de mim ? 

— Lucy porquê acha que eu ficaria com raiva de você ? Independente do que acontecer eu jamais seria capaz de ter raiva de você... 

— Mesmo ? — perguntei.

Charles afirmou. Me afastei do monegasco e observei que o mesma estava sorrindo, retribui o sorriso. 

Limpei meu rosto, Charles pegou o buquê e me entregou, era tão lindo e tão cheiroso. 

— Porquê fez aquilo Lucy ? — ele se referiu ao dia do acidente. 

— Eu não pensei direito, só pensei em você, eu não suportaria se algo acontecesse com você... 

— E eu não me perdoaria se algo acontecesse com você. 

— Mas graças a isso eu descobri que os remédios que eu estava tomando estavam me matando... — Charles ficou boquiaberta com minhas palavras. 

— Como ? 

— O Dr. Mendez me passou alguns remédios e segundo o Dr, Erick os medicamentos estavam me matando lentamente. 

— Quem é esse Dr. Mendez ? 

— Um médico da nossa família... Ele foi quem descobriu a minha doença... 

— Porquê ele tentaria te matar ? — perguntou Charles confuso. 

— Não sei....

Charles deitou ao meu lado me abraçando aperto, sorri ao sentir seu calor. 

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