Lucy
Respirei fundo ao sentir o vento soprar, o cheiro da natureza me fazia tão bem, já estava casada de sentir aquele cheio horrível do hospital.
— Minha querida! Lucy... — minha mãe veio até mim.
— Sim mamãe. — segurei as mãos quentes dela olhando diretamente em seus olhos.
Ela se agauchou em minha frente com um sorriso doce nos lábios.
— Você tem visita — disse ela.
— Visita ? — perguntei confusa.
Ela olhou para a entrada do jardim onde Pascale entrou junto com o Arthur e o Lorenzo. Sorri sentindo meu coração se agitar um pouco, mas logo ele se acalmou ao notar que o Charles não estava com ele.
Me levantei abraçando a mãe do Charles e logo abraçando os meninos.
— Antes que me pergunte, Charles estava doido para vir mas não queria arrumar confusão com o seu pai. — Arthur disse.
— Eu aconselhei ele a não vir Lu... — Pascale segurou minha mão.
— É melhor assim — afirmei. — Vamos senta ?
Apontei para o banquinho de ferro. Tivemos uma manhã bem agitada e cheia de risadas.
(...)
Larguei os talheres calando meu pai com o barulho, tremi os lábios ao sentir a raiva crescer dentro de mim.
— O que disse ? — humideci os lábios.
— A partir de hoje está proibida de ir assistir as corridas... Está proibida de chegar perto do Charles, irei arrumar um desculpa para essa bobagem de relacionamento.
— Eu sou maior de idade! — gritei.
— Chega! A Lucy não pode passar nervoso, ela acabou de sair do hospital Piero.
Me levantei indo em direção ao meu quarto, eu não iria alimentar o stress do meu pai.
— Lucy ? — ouvi minha mãe chamar meu nome.
— Vocês não me conhecem, ele não me conhece... Eu sou mais forte do que qualquer um.
— Mas seu coração está fraco.
Ouvir aquilo me deixava com raiva, tudo estava me deixando com raiva.
— O que ele vai fazer ? Vai trancar a porta quando sair ou vai colocar o Taylor para me vigiar, como ele fez desde o dia que eu cheguei ?
— Não subestime o seu pai...
— Ele que não deve me subestimar, eu sou mais esperta que ele e não vou desistir assim tão fácil. — minha mãe me abraçou.
No tempo que fiquei morando com a minha avó a única pessoa que sempre foi presente em minha vida foi minha mãe, era bem raro ver meu pai. Ele sempre estava ocupado.
(...)
Charles
Puxei a manga da camisa social que usava, olhando no relógio, em alguns momentos achei que ela não viria. Tomei um gole do vinho apreciando o gosto da bebida.
— Charles, perdoe o atraso... — me levantei ao vê-la chegar.
Lina me comprimetou com um beijo no rosto.
— Não precisa se desculpar — puxei a cadeira para que ela senta-se. — Me acompanha em uma taça ?
— Sim obrigada — ela sorriu. — O assunto pelo qual te chamei aqui fora para discutirmos sobre seu relacionamento com minha filha.
— Desculpe mas ela não deveria estar presente ?
— Lucy ainda está fraca... — afirmei.
— Por onde quer começar ? — perguntei
— Piero não acha certo que a Lucy se envolva com você, mas eu não vou me intrometer nós sentimentos da Lucy, eu só quero o melhor para minha filha, então venho aqui pessoalmente lhe perguntar — ela se aproximou. — Você realmente gosta da Lucy ?
— Eu faria qualquer coisa para ficar com a Lu e eu também só quero o melhor para ela
— Piero a proibiu de ir assistir as corridas e também de lhe ver outra vez. Mas eu estou disposta a ajudar vocês... Se quiser é claro.
— Eu adoraria... Afinal você é a mãe dela e tendo o seu apoio já é um bom começo.
Sorri para Lina que retribuiu com um belo sorriu.
(...)
Após me despedir da Sra. Lina, recebi uma ligação, a qual eu estava esperando a muito tempo. Ao encerrar a ligação liguei meu carro e dei partida indo para o hotel.
— Estou bem — Lu disse.
Seu rosto estava pálido, seu lábio estava rosado mas bem fraquinho, mesmo estado assim Lu ainda estava linda.
— Está me assustando... — arquiei a sobrancelha. — Sabe o que Arthur me disse ? — balancei a cabeça. — Que você teve muitas namoradas....
Soltei uma gargalhada e Lu ficou seria.
— Aquele pilantra está mentindo, eu não tive várias namoradas — disse sem jeito.
— Arthur me disse com tanta certeza — Lu balançou a cabeça. — E você parece nervoso.
Novamente soltei uma gargalhada nervoso com o rumo que aquela conversa estava tomando.
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Shooting Star
Fanfiction"Antes eu não tinha esperança de viver, mas agora tenho um motivo maior para querer viver, meu motivo é você... Charles Leclerc."