Lucy
Com a minha unha fiz movimentos aleatórios na palma da mão de Charles, ouvindo o que o mesmo me dizia.
— Robert disse o seu nome e eu havia me esquecido que estava de microfone, então disse seu nome... Só que de uma forma mais íntima — sorri.
— Acho que não precisamos mais esconder mais nada...
— Mas tem o seu pai... Que se me pegar aqui vai me colocar pra fora. — rimos daquilo.
— Comigo aqui ninguém te colocará para fora... — balancei a cabeça — Eu fiz um transplante deveria estar naquela cama de hospital...
— Adimiro sua força... Você me provou mais uma vez que é muito mais forte do que imaginamos...
— Posso te perguntar uma coisa — olhei fundo em seus olhos.
— Claro que pode...
— Naquela noite, para onde iríamos ? — perguntei
— Pra minha casa — disse como se fosse óbvio.
— Sua casa ? Mas você não mora em um hotel ?
— Eu comprei uma casa... Para nós dois. — arquiei a sobrancelha.
— Mas Charles... — sorri envergonhada.
Mora com o Charles seria um passo grande que eu daria na minha vida, mas entre morar com ele ou não vê-lo nunca mais, com toda a certeza eu escolheria a primeira opção.
— Algum problema ? — perguntou o monegasco.
Neguei, continuei a desenhar na palma da mão de Charles.
— Eu iria adorar morar contigo Charles... — sorri.
— Eu também iria adorar, Lu... — olhei para ele. — Quase me esqueci, minha mãe fará um jantar no sábado, ela pediu para lhe convidar.
— Claro que irei... Eu adoro a sua mãe, sua família é tão receptiva que eu jamais seria capaz de recusar um pedido desses — sorri.
— Então no sábado irei lhe buscar as 19 horas.
— Ok! — beijei seu rosto involuntariamente.
Charles me deixava de uma maneira que eu não sei explicar, nem eu mesma estava me reconhecendo, jamais havia sentido isso por alguém.
— Agora vou te deixar em paz... — Charles pensou.
— Espera! Me conte sobre a casa — sorri.
— Sobre o que quer saber — Charles acariciou meu rosto.
— Tudo...
— Bom... Eu ainda não assinei o contrato, queria sua aprovação.
— Então assine.
— Você realmente quer ? — assenti — Quer morar comigo ?
— Porquê não iria querer ? — sorri
Charles me beijou e logo me abraçou.
— Assinarei o contrato e logo iremos morar juntos — beijei Charles.
Me afastei de Charles pegando a rosa que ele havia me dado e me levantei do banco. Caminhamos juntos até a saída do jardim.
(...)
Mattia me conduziu até o seu escritório, entrei no mesmo, Mattia sorri e fechou a porta. A cadeira giratória foi virada para mim e Charles estava sentado nela.
— Charles ? — falei ainda surpresa.
— Eu precisava te ver, sabia que você estaria aqui.
Charles se aproximou, senti um frio na barriga, da última vez que ficamos sozinhos acabamos passando dos limites.
— Meu pai sabe que você está aqui ? — abracei Charles.
— Ninguém além do Mattia. — fechei os olhos.
Abri meus olhos e encarei Charles, o monegasco se aproximou de mim me beijando com calma.
Dei alguns passos para trás e Charles fez o mesmo, segurei em seu ombro apertando logo em seguida.
Nós afastamos ao ouvirmos algo cair no chão, olhei assustada vendo que havíamos derrubado um porta-retrato. Charles e eu rimos, aproveitei a distração e me afastei de Charles indo até a mesa, me encostei nela olhando o monegasco que já me observava.
— Porquê está fugindo ? — quebrei o contato visual — Eu sei que aquele dia você fugiu por causa do meu coração, mas agora não...
— Eu não quero que minha primeira vez seja em um escritório.! — falei e olhei para ele.
Charles arregalou os olhos e colocou a mão no queixo como se estivesse pensando em alguma coisa para dizer.
Um silêncio constrangedor pairou sobre nós, alguém abriu a porta fazendo Charles e eu olharmos para a mesma.
— Lucy seus pais estão lhe chamando — Mattia apareceu.
Assenti, caminhei até Charles, dei um beijo nele ao me despedir. Sai andando deixando o monegasco sozinho com seus pensamentos.
(...)
Tomei um gole do suco de uva, olhei para minha mãe e a mesma negou, pedi para mim mesma mentalmente que tivesse paciência.
— Amanhã vou embarcar cedo para Virgínia, tem alguns assuntos para tratar. — disse meu pai. — Voltarei no sábado.
— Terminei, posso subir ? — perguntei.
— Claro filha — respondeu minha mãe.
Me levantei jogando o guardanapo sobre a mesa, antes que eu pudesse ir em direção a escada meu pai agarrou meu pulso.
— Lucy espera... — olhei para sua mão em meu pulso.
— Não quero conversar pai. — ele soltou meu pulso.
— No domingo quero que convide o Charles e a família dele para um almoço aqui em casa — olhei para minha mãe.
— Não! — olhei novamente para meu pai — Não vou trazê-los aqui para serem...
— Lucy por favor, eu estou tentando me redimir com vocês. — neguei.
— Piero. — minha mãe chamou sua atenção.
— Charles não merece passar por isso. — caminhei até a escada.
Subi para o meu quarto, fechei a porta e me deitei na cama.
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Shooting Star
Fanfiction"Antes eu não tinha esperança de viver, mas agora tenho um motivo maior para querer viver, meu motivo é você... Charles Leclerc."