Um mês depois
Observei meu reflexo no espelho, o vestido violeta estava folgado, puxei um pouco na cintura vendo que teria que apertar 2 dedos.
Após trocar de roupa ouvi a voz da minha mãe no andar de baixo, sai do quarto e fui em direção a escada.
— Sabe que ficará melhor para ela...
No canto da escada havia 2 malas grandes, arquei a sobrancelha e olhei novamente para os meus pais.
— De quem são essas malas ? — perguntei.
— Terei de viajar meu anjo — minha mãe veio me abraçar
— Pra onde ? — abracei ela
— Vou para o Canadá... Tenho um desfile para organizar... — minha mãe sorriu.
— Boa sorte — Sorri
— Vamos levar sua mãe até o aeroporto ?
Afirmei com um sorriso, meu pai pediu ao Taylor para colocar as malas no carro.
Minha mãe pegou o tablet e começou a me mostrar alguns dos seus modelos.
(...)
Desbloquei o celular e comecei a mexer no Instagram.
— Tenho um treino livre daqui a pouco quer ir assistir ?
Fiquei surpresa com a pergunta do meu pai, assenti sorrindo para ele.
— Use isso — ele me entregou um crachá
— Obrigado — coloquei o mesmo.
Eu estava empolgada afinal era a primeira vez que eu veria o trabalho do meu pai bem de perto.
Saímos do carro e logo vi o Tio Mattia, eu sempre gostei do Mattia. Ele era um grande amigo do meu pai.
— Tio Mattia! — corri até ele.
— Menina não corre assim! — disse ele ao me ver ofegante. — Como você cresceu... E está linda.
Mattia me fez dar uma voltinha e logo me abraçou.
Recuperei meu fôlego e logo Mattia foi me enchendo de perguntas.
Passamos por alguns fotógrafos, mas eles não deram muita atenção afinal eles nem sabiam quem eu era.
— Seu pai lhe escondeu muito bem, nem os jornalistas sabem que é você... — brincou
— Melhor assim... Ainda gosto da minha privacidade... — disse
Caminhamos pelo Paddock e eu fiquei impressionada com cada minino detalhe.
Entramos no box da Ferrari e estava tudo calmo, pelo menos foi o que eu achei.
— Esse é o carro do Vettel e esse é o do Leclerc... — ele disse e me indicou o carro de cada um.
— São ainda mais lindos de perto — passei a mão no carro do tal Leclerc.
— Use isso — ele me entregou os fones. — Agora eu vou para o meu lugar, aproveite a visita minha pequena
Recebi um beijo na testa sorri e observei Mattia ir para o lado de fora do box.
— Boa sorte a todos. — meu pai disse.
Fiquei no canto olhando a correria que se iniciou, fiquei um pouco afastada do meu pai. Coloquei os fones.
Os pilotos entraram no box, um deles já estava pronto, com o capacete e os outros acessórios de segurança. Ele ficou parado olhando pra mim, seus olhos claros estavam concentrados em mim.
— Leclerc vamos! — alguém o chamou.
Desviei minha atenção dele.
O primeiro carro que saiu foi do tal Leclerc.
Depois de um tempo meu pai veio até mim.
— Se estiver com fome temos uma lanchonete aqui — afirmei.
O carro 16 havia retornado, ele havia se saído muito bem pelo que ouvi os outros comentando, ele saiu do carro tirando o capacete, me levantei para ir comer alguma coisa. Leclerc tirou o capacete revelando seu belo rosto, ele tirou os fones e me olhou.
Seus cabelos estavam bagunçados e humidos por conta do suor, engoli em seco, ele era o homem que eu encontrei naquele dia.
Leclerc me enviou um sorriso de lado, caminhei lentamente ainda o olhando. Me virei para trás vendo meu pai vir em direção ao Leclerc, olhei novamente para o piloto e abaixei a cabeça, passando por ele.
Sai do box ainda em choque, não podia ser ele, eu não queria acreditar. Senti meu peito doer, tirei os fones e peguei em minha bolsa a bombinha de ar.
Me sentei no banquinho de madeira respirando profundamente.
— Moça está se sentindo bem ? — a garota que estava atrás do balcão me perguntou.
— Sim, Sim... Só preciso de um copo de água. — disse pausando as palavras.
(...)
Novamente tive de usar a bombinha, assim que me senti melhor guardei na bolsa e logo tomei um gole da água.
— Está fugindo de mim ? — me virei rapidamente.
— Não!
Leclerc estava sem o seu macacão, ele usava uma calça de moletom e um blusa da Ferrari.
— Só acho que não seria uma boa ideia meu pai saber que eu te conheço...
— Seu pai ? — perguntou confuso.
— Lucy ? — me levantei do banquinho.
Meu pai estava parado atrás do Leclerc, o mesmo se virou ao notar a presença do meu pai.
— Oi pai — caminhei até ele.
— Charles o que faz aqui ?
— Vim tomar um refresco — sorrio.
— Do que tanto falavam ? — disse meu pai.
— Estava apenas dando os parabéns ao Leclerc...
Antes que o meu pai falasse algo puxei ele para irmos embora. Dei uma última olhada para trás Leclerc acenou para mim discretamente e eu fiz o mesmo.
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Shooting Star
Fiksi Penggemar"Antes eu não tinha esperança de viver, mas agora tenho um motivo maior para querer viver, meu motivo é você... Charles Leclerc."