Capítulo 2

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Um mês depois 

Observei meu reflexo no espelho, o vestido violeta estava folgado, puxei um pouco na cintura vendo que teria que apertar 2 dedos. 

Após trocar de roupa ouvi a voz da minha mãe no andar de baixo, sai do quarto e fui em direção a escada. 

— Sabe que ficará melhor para ela... 

No canto da escada havia 2 malas grandes, arquei a sobrancelha e olhei novamente para os meus pais. 

— De quem são essas malas ? — perguntei. 

— Terei de viajar meu anjo — minha mãe veio me abraçar 

— Pra onde ? — abracei ela 

— Vou para o Canadá... Tenho um desfile para organizar... — minha mãe sorriu.

— Boa sorte — Sorri 

— Vamos levar sua mãe até o aeroporto ?  

Afirmei com um sorriso, meu pai pediu ao Taylor para colocar as malas no carro. 

Minha mãe pegou o tablet e começou a me mostrar alguns dos seus modelos. 

(...) 

Desbloquei o celular e comecei a mexer no Instagram. 

— Tenho um treino livre daqui a pouco quer ir assistir ? 

Fiquei surpresa com a pergunta do meu pai, assenti sorrindo para ele.

— Use isso — ele me entregou um crachá 

— Obrigado — coloquei o mesmo. 

Eu estava empolgada afinal era a primeira vez que eu veria o trabalho do meu pai bem de perto.

Saímos do carro e logo vi o Tio Mattia, eu sempre gostei do Mattia. Ele era um grande amigo do meu pai. 

— Tio Mattia! — corri até ele.

— Menina não corre assim! — disse ele ao me ver ofegante. — Como você cresceu... E está linda. 

Mattia me fez dar uma voltinha e logo me abraçou. 

Recuperei meu fôlego e logo Mattia foi me enchendo de perguntas. 

Passamos por alguns fotógrafos, mas eles não deram muita atenção afinal eles nem sabiam quem eu era. 

— Seu pai lhe escondeu muito bem, nem os jornalistas sabem que é você... — brincou 

— Melhor assim... Ainda gosto da minha privacidade... — disse 

Caminhamos pelo Paddock e eu fiquei impressionada com cada minino detalhe. 

Entramos no box da Ferrari e estava tudo calmo, pelo menos foi o que eu achei. 

— Esse é o carro do Vettel e esse é o do Leclerc... — ele disse e me indicou o carro de cada um. 

— São ainda mais lindos de perto — passei a mão no carro do tal Leclerc. 

— Use isso — ele me entregou os fones. — Agora eu vou para o meu lugar, aproveite a visita minha pequena 

Recebi um beijo na testa sorri e observei Mattia ir para o lado de fora do box.

— Boa sorte a todos. — meu pai disse. 

Fiquei no canto olhando a correria que se iniciou, fiquei um pouco afastada do meu pai. Coloquei os fones. 

Os pilotos entraram no box, um deles já estava pronto, com o capacete e os outros acessórios de segurança. Ele ficou parado olhando pra mim, seus olhos claros estavam concentrados em mim. 

— Leclerc vamos! — alguém o chamou. 

Desviei minha atenção dele. 

O primeiro carro que saiu foi do tal Leclerc. 

Depois de um tempo meu pai veio até mim.

— Se estiver com fome temos uma lanchonete aqui — afirmei. 

O carro 16 havia retornado, ele havia se saído muito bem pelo que ouvi os outros comentando, ele saiu do carro tirando o capacete, me levantei para ir comer alguma coisa. Leclerc tirou o capacete revelando seu belo rosto, ele tirou os fones e me olhou. 

Seus cabelos estavam bagunçados e humidos por conta do suor, engoli em seco, ele era o homem que eu encontrei naquele dia. 

Leclerc me enviou um sorriso de lado, caminhei lentamente ainda o olhando. Me virei para trás vendo meu pai vir em direção ao Leclerc, olhei novamente para o piloto e abaixei a cabeça, passando por ele. 

Sai do box ainda em choque, não podia ser ele, eu não queria acreditar. Senti meu peito doer, tirei os fones e peguei em minha bolsa a bombinha de ar.

Me sentei no banquinho de madeira respirando profundamente.

— Moça está se sentindo bem ? — a garota que estava atrás do balcão me perguntou.

— Sim, Sim... Só preciso de um copo de água. — disse pausando as palavras.

(...) 

Novamente tive de usar a bombinha, assim que me senti melhor guardei na bolsa e logo tomei um gole da água. 

— Está fugindo de mim ? — me virei rapidamente.

— Não! 

Leclerc estava sem o seu macacão, ele usava uma calça de moletom e um blusa da Ferrari. 

— Só acho que não seria uma boa ideia meu pai saber que eu te conheço... 

— Seu pai ? — perguntou confuso. 

— Lucy ? — me levantei do banquinho.

Meu pai estava parado atrás do Leclerc, o mesmo se virou ao notar a presença do meu pai.

— Oi pai — caminhei até ele. 

— Charles o que faz aqui ? 

— Vim tomar um refresco — sorrio.

— Do que tanto falavam ? — disse meu pai.

— Estava apenas dando os parabéns ao Leclerc... 

Antes que o meu pai falasse algo puxei ele para irmos embora. Dei uma última olhada para trás Leclerc acenou para mim discretamente e eu fiz o mesmo.

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