Capítulo Três

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                Entre amores e dores

     Tum-tum-tum-tum
     Meu coração me leva até você.

  
    Ficamos observando o céu. William Brasart era um homem muito atencioso e educado. A cobertura do prédio era parecida com um jardim, o chão era forrado por grama falsa.

    — Se importa se eu tirar o salto? — Perguntei.

    — Por favor. — Ele sorriu. — Precisa de ajuda?

    — Ah. — Ri um pouco constrangida. — Claro.

    Ele se ajoelhou para desamarrar a fita do salto.

    — Então se a flecha aponta para o seu destino, o destino de todos é o mesmo? — Comentei tentando aliviar o clima. — Não faz muito sentido.

    — Acho que o destino não foi criado para ser compreendido.

   Will se levantou.
    Tirei os saltos ficando 15 centímetros mais baixa.

    — Obrigada.

    — Por que você me deu um bolo?

    — Eu disse que tinha compromisso e eu não tinha o seu número.

    — Não quis parecer fácil demais. — Ele usou sarcasmo e sorriu.
 
    — Posso te fazer uma pergunta?

    Ele concordou com a cabeça.

    — Imagino que seja ocupado por ser figura pública. Por que estava jogando no Brookylin?

    — Faço parte de uma ONG. Nossos Jogos são beneficentes.

    — Admito estou impressionada. — Falei.

   Will virou o seu corpo rapidamente para mim e apoiou a sua cabeça na sua mão esquerda.

    — O que foi?

    Perguntei desviando o olhar dele para o chão.

    — Você é calma. — Ele disse sério.

    — Diria reservada.

    — Eu gosto disso. É completamente atraente. Por ser cantora deve estar sempre ocupada, então mesmo que eu já saiba, não deve ter namorado. Não é?

    Decidir entrar no seu jogo.
    Virei o meu rosto para ele e disse:

   — Por viver a vida em salas de cirurgia não deve ter namorada já que é difícil. Estou certa?

   — Não está errada. — Ele deu um belo sorriso.

   Trocamos olhares e sorrisos um com o outro. Eu gostava daquela sensação de apreciação e desejo, não era ruim. Conversamos um tanto do quanto eu esperava.

   — A minha vida é muito complicada. Você não sobreviveria um dia comigo.

   — É um desafio? — Ele questionou com um sorriso malicioso.

   — Só é a verdade.

   O olhei.
   Tínhamos muito em comum. O tempo ia passando sem que notassémos.

   — Qual o bairro que você mora em Nova Iorque?

   — Por que tanta curiosidade sobre mim?

   — Estou terrivelmente interessado em você Baker.

   Will falou com o olhar sobre mim. Ele estava com o cotovelo encostado no banco.

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