Capítulo Oito

138 96 45
                                    

  

          A vida está passando bem                           depressa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

          A vida está passando bem
                          depressa

    Enquanto esperava o Will sair do banho fixei a minha mente na neve caindo dentro do globo.
      O natal no orfanato era sempre comemorado. Todas as crianças escreviam cartas para o bom velhinho com um único objetivo: Receber um milagre de natal, no caso ter uma família. As irmãs escolhiam as meninas mais velhas para decorar a casa, as meninas da minha idade vestiam as menores.
     Eu tinha um relação de ódio com o natal. Não escrevia cartas, pendurava meias e nem participava do coral. Meu espírito natalino estava morto e enterrado.
     Um dia antes da véspera do natal me trancaram no armário do porão. Não foi a primeira vez que fizeram isso comigo. Na primeira vez eu gritei porque conseguia escutar o barulho dos ratos, mas com o tempo o máximo que conseguia fazer era chorar baixo. O orfanato fez uma caça aos tesouros, ninguém queria fazer dupla ou me incluir nos grupos, inesperadamente decifrei todos os enigmas e conseguir o grande prêmio. Um dia de compras no shopping acompanhada por um casal e muitos doces. 
    Uma menina mais velha ajudou a me vestir.
    Mesmo ganhando um prêmio incrível, estava me sentindo para baixo. Depois da ceia sentei em um balanço e chorei.
    Um casal fantasiado de duende estavam passando por ali. Eles estavam dançando tão felizes.

    — Oi docinho! — Disse animada, uma moça com fantasia vermelha. Ela se abaixou e sorriu ao vê o vestido que eu usava. — Ele ficou tão lindo em você.

   — Obrigada. — Sorri. — Sabia que foi uma estilista que fez?

   — Claro que sim. Foi eu mesma que desenhei e preparei o designer.

   Meus olhos brilharam.
   Era Tishina Loísa Baker uma das mulheres negras mais bem sucedidas na moda.

   — Tishina Baker. — Pronunciei.

   — Sou eu. — Ela sorriu. — E você, qual o seu nome?

   Fiz negação com a cabeça e em seguida disse que não tinha nome de batismo e que os apelidos, nomes que me deram eram maldosos.

   — Você é tão graciosa.

   O homem disse se abaixando também.
   Ele era Peter Baker marido da Tishina. Os dois eram um casal admirável, não tinha uma revista naquela época que não falava sobre eles.

   — Por que está aqui fora? É natal, deveria está lá dentro, não aqui fora no frio. — Peter respondeu.

   Quando o coração está congelado é possível sentir frio?

   Era o que eu queria saber.

   — Não gostam de mim. — Respondi. — Não que eu me importe. Eu já me acostumei.

Um Amor Lindo Demais Onde histórias criam vida. Descubra agora