Capítulo 4

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Nessa noite Dulce tinha todas as suas coisas e de sua mãe arrumadas. Só havia um problema como esconder as malas sem Bruno, o pai dela ver?

Ela tentou esconder e pensou que não seria difícil, afinal era raro o pai estar muito tempo em casa sem ser a dormir ou completamente bêbado, o que nem sempre era bom, como nas alturas em que ele se tornava violento. Deixou de ser contra Dulce quando ela tinha cerca de dezasseis anos e atacou de volta então quase sempre era contra Joana que não se podia defender quando a Dulce não estava perto.

Bruno: Dulce—gritou ao entrar em casa e ela arregalou os olhos ao ver que ele não estava bêbado, o que nesta situação só era pior

Dulce: O que é?—perguntou ao sair do quarto onde estava a mãe

Bruno: Onde está a sua mãe?

Dulce: Protegida de você—ele respirou fundo—o que você quer?

Bruno: Não me fale assim menina enquanto viver no mesmo teto que eu tem que me respeitar—apontou o dedo e ela teve que morder a língua para não dizer que isso mudaria amanhã

Dulce: Tudo bem pai—respirou fundo—o que é que você quer afinal?

Bruno: Dinheiro—estendeu a mão e ela só olhou—Estou à espera

Dulce: Não tenho..

Bruno: Você quer mesmo ir por esse caminho? Você sabe o que acontece com a sua mãe quando me nega alguma coisa não sabe?

Dulce: Eu já disse que não tenho—não mentia mas também não tinha medo, amanhã a mãe estaria longe daquele monstro

Bruno: Eu sabia que ela devia ter desistido de ter você—Dulce revirou os olhos, a história era velha—amanhã de manhã se você não tiver dinheiro quando sair para a faculdade a sua mãe é que paga

Dulce: Tudo bem pai..—ele saiu e ela relaxou iria sair com a mãe antes da faculdade, só voltaria para ir buscar as suas coisas

Na casa de Christopher as coisas estavam bem melhores, mas isso não significa que iria continuar assim

Soraia: Amanhã jantamos os dois aqui?— perguntou mordendo o pescoço dele ainda sem roupa. Os dois deitados na cama

Christopher: Amanhã não dá—ela olhou— a Dulce vem para aqui amanhã vou pelo menos dar uns dias para a menina arrumar as coisas

Soraia: Para aqui?—perguntou espantada e ele assentiu—você ficou louco? Como assim uns dias? Quanto tempo ela vai ficar aqui?

Christopher: O tempo do contrato.. Você leu deveria saber que ela iria viver comigo

Soraia: Eu pensei que ela não iria aceitar—respirou fundo—para que tudo isto Christopher? Tudo bem inventar uma namorada mas trazer a garota para aqui? Para que?

Christopher: Eu preciso de conhecê-la e ela tem problemas com a família pelo que disse o Christian.. É ajuda mútua—deu de ombros e ela levantou da cama começando a vestir as roupas

Soraia: Ela por acaso vai dormir com você é isso que está a dizer?

Christopher: Não, não é.. A única coisa que vai acontecer é o que diz no contrato

Soraia: E você acha que ela não se vai aproveitar?—perguntou há vestida calçando os sapatos

Christopher: Ela não pareceu ser assim mas mesmo que fosse é problema meu.. Você não tem nada haver com isso—ela ficou vermelha de raiva e se aproximou da cama

Soraia: Você é um imbecil—apontou o dedo na cara e ele agarrou o braço dela

Christopher: Você volta a apontar esse dedo e vai ver o que acontece—disse baixo e soltou-a—fora daqui.. Quando eu quiser falar com você aviso—ela pegou as coisas e saiu coberta de raiva e nem ligou quando passou por Alfonso e Anahí que entravam no prédio

Anahí: Acho que ela não está de bom humor..

Alfonso: Eu imagino porque—ela olhou confusa—Vamos para cima era sobre isso que queria falar —ela assentiu e eles subiram para o apartamento de Alfonso.

No apartamento Alfonso contava a Anahí tudo sobre a ideia de Christopher. Mostrou o contrato e Anahí não sabia se apoiava ou achava aquilo algo impensável. Ela não era burra, sabia do envolvimento do cunhado com Soraia mas pensou ser só sexo, mas agora, com ele a fazer isto tudo. Será mesmo que não há sentimento?

Anahí: Alfonso me desculpa mas eu não concordo.. Eu acho sim que o Christopher sente algo pela Soraia. Que outra razão ele teria para chegar a este ponto de inventar uma namorada falsa

Alfonso: Eu não acho que tenha sentimentos, e se tem posso garantir que não dá são fortes—dá de ombros—mas então você vai ajudar? Não queria deixar essa menina muito tempo sozinha..

Anahí: Vou claro. Ninguém merece ter a Soraia muito perto e imagino que como rival é ainda pior—disse obvia

Alfonso: Eu entendo amor—riu— obrigado por ajudar

Anahí: Sem problema.. Eu vou pedir ajuda à Maite também

Alfonso: Tá bom.. Agora chega de falar da vida dos outros e vamos falar da nossa..— ela sorriu e sentou no colo dele

No dia seguinte Dulce saiu de casa com a mãe e o pai ainda dormia. Escondeu as malas o máximo que conseguiu para quando ele acordasse não as visse e foi em direção à clínica junto com Christian.

Christian: Eu posso saber o motivo dessa cara?—perguntou a Dulce que tinha os olhos com lágrimas—isto não foi sempre o que você sonhou para ela? Um bom tratamento..

Dulce: Sim mas é difícil estar longe dela.. Eu nunca tive mais ninguém..

Christian: Mas agora você tem é pode vir aqui sempre que quiser—ela assentiu— temos de ir é melhor fazerem as despedidas, eu espero lá fora

Dulce correu para a mãe e ambas choraram tanto de felicidade como de saudades antecipadas, sabiam que iriam ter não adianta negar mas esta era a melhor solução.

Depois das despedidas Dulce, depois de contra a Christian o que o pai fez na noite anterior optou por não ir à faculdade naquele dia e foi buscar as coisas.

Depois de tirarem tudo Bruno entendeu o que estava a acontecer ali mas não podia fazer nada, muito menos com Christian ali.

Bruno: Você vai sair desta casa mas isso não quer dizer que se vai livrar de mim— disse baixo para Dulce que estava na porta com Christian atrás, no carro—Você deveria saber que nunca ninguém se afasta de mim

Dulce: As coisas mudam.. E eu juntamente da minha mãe saímos da sua vida. Boa sorte—disse debochada e saiu deixando um homem cheio de raiva que começou a partir tudo dentro de casa

Bruno: Você vai voltar.. Caso contrário eu acabo com você e aquela velha— respirava ofegante e olhava para uma foto das duas

Dulce e Christian pararam o carro em frente ao prédio onde Christopher a esperava na porta.

Christopher: Bom dia—se aproxima dos dois—são só essas malas?—aponta para duas grandes e uma pequena

Dulce: São sim..—olha em volta—vocês vivem aqui?—ele assente—caramba

Christian: Não é nada de outro mundo você vai gostar—diz rindo—Vamos subir?

Christopher: Vamos..

Quando entraram no prédio Dulce fica ainda mais deslumbrada mas não deixou que ninguém visse. Quando entraram no apartamento ela arregalou os olhos ao ver que havia porta e entravam pelo elevador e Christian sorriu com a cara dela.

O apartamento tinha quatro quartos, um escritório, uma cozinha, uma sala enorme e embora fosse apartamento, dentro do mesmo tinha uma academia. Tudo foi apresentado como deveria e no fim ela foi deixada no quarto, ao lado do dele que iria ser para ela, para arrumar as coisas todas.

Ela sentiu na cama e olhou em volta. O quarto era enorme, a cama também já para nem falar do banheiro ligado ao quarto com uma banheira enorme.

Ela suspirou e pensou se aquilo era uma boa ideia. Deixou os pensamentos de lado, afinal onde é que aquilo podia correr mal? Nada não é? 

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