capítulo 7

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   Philip me deixa sozinho por alguns minutos, antes de voltar para o quarto trazendo uma cadeira de rodas

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   Philip me deixa sozinho por alguns minutos, antes de voltar para o quarto trazendo uma cadeira de rodas. Não consigo nem olhar para aquele troço, só de imaginar eu precisando usar aquilo pelo resto da minha vida faz um calafrio subir pela minha espinha e meus olhos começarem à encher de lágrimas.

   - eu vou te pegar no colo agora, okay?- ele diz ao colocar a cadeira ao lado da cama. Fico calado pois não há nada que eu possa fazer para impedir, não é como se fosse sair correndo. Ele passa um braço por baixo das minhas pernas e o outro pelas minhas costas, antes de me erguer com uma facilidade impressionante.

   Minha pele está tão branca que parece giz (talvez por causa do longo período sem sair no sol). Estou mais magro do que antes e com menos musculos. Esperava poder crescer pelo menos mais uns centímetros depois dos dezessete, mas parece que o meu tamanho é exatamente o mesmo.

   Philip me coloca na cadeira de rodas (que é impressionantemente muito confortável) e começa a empurra-la tranquilamente em direção a porta branca. Seguro com força os braços da cadeira e olho para meus pés descalços, como se pudesse move-los com o poder da mente.

   - para onde vamos doutor?- pergunto, notando pela primeira vez que estou vestindo uma cueca boxer branca por baixo dessa roupa estranha de hospital, o que me dá um certo alívio. Ele não responde a minha pergunta até chegarmos em frente a uma porta no fim do corredor pintado inteiramente de branco.

   - eu vou dá um banho em você.- ele diz tranquilamente, então empurra a cadeira para dentro, do que parede ser... Um enorme banheiro.

   - O QUE? VOCÊ NÃO VAI DÁ BANHO EM NINGUÉM NINGUÉM!!- grito apressadamente, sentindo minhas bochechas arderem.

   - eu vou sim, você precisa de um belo banho garoto. Sabe à última vez que fez isso?- murmura sem se abalar com minha arrogância, e na verdade eu não quero nem saber a resposta para essa pergunta...

   - eu preciso colocar você ali.- diz, apontando para a outra cadeira de rodas que está no canto do banheiro, mas ao contrário dessa, ela não tem acolchoamento ou uma estrutura menos estranha, ela parece ser feita para ser molhada diariamente. Sem minha permissão, ele me pega do colo e me coloca na outra cadeira, que não é tão confortável quanto eu gostaria.

   - você é meu médico pessoal ou algo do tipo?- indago, notando que ele não saiu do meu pé desde que acordei, ainda não vi nenhuma enfermeira ou outro médico (fora os que estavam andando pelo corredor).

   - este é um hospital particular alexander, que seus pais vem pagando desde quando você sofreu aquele acidente horrível. Depois que você acordou eu fui designado à cuidar de você até que tenha alta.- ele empurra a outra cadeira de rodas em direção ao chuveiro.

   - ah. E meus pais... Eles vinham me visitar?- não sei se a resposta vai me agradar, noto isso no rosto do médico, que parece pensar um pouco antes de responder.

Quando Tudo Desaba [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora