capítulo 11

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   - você é mais velho que ela não é??- pergunto curioso, olhando para cada detalhe a casa enquanto ele me empurra na direção da cozinha

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   - você é mais velho que ela não é??- pergunto curioso, olhando para cada detalhe a casa enquanto ele me empurra na direção da cozinha.

   - nós somos gêmeos, Alex.- explica ele, fazendo-me olhar por cima do ombro surpreso e tentar encara-lo. Philip olha para baixo e abre um pequeno sorriso, mostrando a ponta dos seus dentes brancos (inclusive a presa lascada). Eles pareciam ter mais ou menos a mesma idade, mas acho que pensei que ele fosse mais velho por ser homem.

   - ah!- afirmo, desviando o olhar, direcionando-o para a cozinha à frente, que é bem organizada e tem vários eletrodomésticos sobre o balcão e também sobre o armário branco da parede.

   - está com fome alexan... Alex?- diz ele, parando de me empurrar e caminhando até a geladeira, que está à poucos metros de distância.

   - um pouco.- confesso, sem desviar o olhar das suas costas, enquanto ele abre a porta da geladeira e se inclina sobre ela para ver melhor o que tem lá dentro.

   - tenho uma lasanha congelada, só preciso colocar no microondas por alguns minutos. Isso provavelmente não é a melhor comida para vocês agora, mas...

   - eu quero lasanha!- imploro como uma criança esfomeada, foda-se essa coisa de "não comer coisas pesadas por enquanto", até porquê...É UMA LASANHA!! sabe há quanto tempo eu comi uma lasanha?? Há mais de dois anos!!

   - okay okay.- ele murmura, antes de soltar uma daquelas suas risadas histéricas, que me faz abrir um sorriso involuntário. Philip pega uma caixa de papelão com uma enorme lasanha estampada nela e fecha a geladeira logo em seguida, antes de caminhar até o microondas do balcão e colocar a lasanha lá dentro (depois de tirar a caixa, claro).

   - obrigado por fazer isso por mim, Philip.- murmuro distraidamente, olhando para meus pés descalços, tentando mexer o dedão.

   - não precisa agradecer.- ele se encosta no balcão e cruza os braços sobre o peito, fazendo seus músculos ficarem marcados sob a camisa. Seus olhos pairam sobre mim, fazendo eu levantar uma das sobrancelhas, como se dissesse "o que foi?".

   - porque você não tenta se mover sozinho na cadeira? É bom você ir treinando, assim vai poder andar sozinho por alguns lugares.- explica, então paro de tentar mexer os dedos (o que já está mais do que comprovado ser impossível) e faço que sim com a cabeça, antes de legar as mãos até os grandes pneus da cadeira de rodas e dá um impulso para frente, fazendo-me me mover pouco mais do que um metro de distância, o que me deixa surpreso por não ser tão difícil quanto imaginava.

   - isso é praticamente a base da locomoção na cadeira, agora só precisa direciona-la para onde quer ir com as pernas.

   - mas eu não sinto minhas pernas.- explico, olhando para elas involuntariamente.

   - impulcione para os
lado que você quer ir com a cintura. Tente se virar e vir na minha direção.- ele diz, então confirmo novamente com a cabeça, antes de fazer o que ele pediu, manobrando desajeitadamente a cadeira em sua direção, mas com sorte, consigo fazer isso.

Quando Tudo Desaba [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora