Any Gabrielly perdeu tudo que tinha na vida, e procurou refúgio nas bebidas e nas suas estranhas conversas com a Lua. Até que um loiro aparece em sua vida e traz a possibilidade de querer viver de novo.
Inspirada na música Talking to the Moon, Brun...
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Eu realmente não sei o que me levou a salvar aquela garota, mas tenho certeza que não foi só instinto de bondade humana, eu me identifiquei com ela, já passei por uma situação parecida com aquela, de querer abandonar tudo e não ter que lidar mais com os meus problemas. Por já ter passado por isso eu sabia como tentar ajudar aquela menina. Primeira coisa faça companhia, mesmo sem conversar, deixe que a pessoa se sinta a vontade com você, mas não a deixe só logo depois de tentar se matar. Se ela quiser conversar, escute e seja compreensivo, mas não foi o caso da moça na qual ajudei.
Ficamos até o sol nascer na cafeteria, na verdade ficamos até ela parecer melhor, a acompanhei ela até sua casa e durante o caminho ela pediu meu celular para fazer uma ligação. Ela ligou para o que parece ser o trabalho e avisou que não iria.
Any:"Obrigado." disse enquanto me devolvia o telefone.
Josh: "Nada. Então, com o que você trabalha?" Tentei puxar assunto.
Any: "Sou garçonete no Bake's."
Josh: "Huum... Vou te perguntar algo, mas você só responde se quiser e se não se sentir incomodada, só se quiser desabafar... Quem são "Eles" que você falou quando tava gritando na linha do trem?" Ela suspirou forte e eu vi uma lágrima solitária rolar na sua bochecha. Me viro para ela e limpo a gota que saiu dos seus olhos cor de chocolate. Fiz merda, droga. Não era para mim ter perguntado."Deixa, eu sou um idiota, deve ser um assunto difícil pra você. Me desculpe por isso."
Any:"Tudo bem, você não sabia" ela olha pra baixo "... Na verdade ninguém sabe, só eu."
Josh: "Você não consegue falar para as outras pessoas?" Pergunto sereno enquanto voltamos a andar.
Any:"É mais ou menos isso... Acontece que eu não consigo, não sai." ela fala e outra lágrima caí, mas ela limpa rápido. Segundos depois ela ri sem humor.
Any: "Só tem uma coisa, ser, como você quiser chamar que sabe... Mas não vou te contar quem, porque vai me achar mais louca ainda."
Josh: "Não te acho louca, você só está passando por um momento difícil. Mas então, vai me deixar curioso mesmo?" Falei tentando quebrar o clima pesado.
Any:"Acho que sim... Chegamos." Fala quando paramos na frente de uma casa branca meio rústica.
Josh: "Eu moro a dois quarteirões a frente." Falo olhando a rua ao meu redor.
Any: "Sério? Que coincidência... Enfim, obrigada por me acompanhar até aqui... e por aquilo mais cedo. Agora preciso de um tempo para espantar meus demônios. Valeu mesmo."
Josh: "Disponha, sempre que precisar é só ligar nesse número." Pego o cartão da pousada, que é minha e da minha mãe, e havia meu número no verso."Quando precisar de um ombro amigo tô bem aqui. Sério, só me ligar que eu venho correndo."
Any:"Certo, valeu... Tchau." Ela entrou e eu segui para minha casa/pousada.
