Acordei mais descansada por ter capotado com os remédios, geralmente eu não consigo dormir uma noite inteira, ontem consegui. Me levantei da cama me espreguiçando, fui tomar um banho rápido e me arrumei colocando uniforme do trabalho e um tênis. Antes de preparar o café da manhã fui até a caixa de correspondência que estava com a bandeira levantada, e o que tinha? Contas, avisos no vermelho e cartas de um possível despejo. EU TÔ NA MERDA!
Dei uma olhada no cofre que guardava o dinheiro, 240,00 dólares, nem um terço para poder conseguir voltar a pagar as dividas deles e minhas dispensas. Deixei todos aqueles papéis de lado e fui procurar algo pra comer, se não iria me atrasar.
[...]
O meu dia de trabalho foi ótimo, tivemos o triplo de movimento comum na lanchonete, Jonh fecha amanhã para comprar a reposição do estoque. Fui liberada mais cedo, pois não havia muito o que vender agora, só algumas bebidas. Consegui falar com uma das outras meninas pra mim dobrar na sexta, expliquei como minha situação estava difícil e Kelly me cedeu seu horário a noite.
Chegando na esquina da minha casa vi uma movimentação esquisita na frente e me aproximei sem entender nada nada. Na porta branca havia um adesivo de despejo e data do leilão da casa. Uma moça que antes estava no telefone caminhou até mim. Ela usava um terninho bem passado, e tinha pendurado no mesmo um crachá onde havia seu nome e cargo.
X.X.X.: "Any Gabrielly Rolim Soares?"
Any: "Sim, sou eu."
Lesly: "Sou Lesly Georgia, gerente de despejo do banco nacional. Eu vou pedir para que pegue uma mala e coloque seus pertences. Está sendo despejada para que a casa seja leiloada para pagar a divida de 500.000 dólares de Silvio Rolim Alves, que é seu agora falecido pai."
Any: "Ma-mas... Eu não tenho onde fi-ficar."
Lesly: "Com isso eu não tenho nada haver Senhorita Soares, preciso que faça o que falei, o chaveiro vai chegar em uma hora e trocará as fechaduras da casa."
Em lágrimas eu corri para dentro de casa e saí a procura de uma mala grande. Enquanto colocava tudo na mala um bilhão de sentimentos passavam na minha cabeça, mas o que mais martelava era o desespero. As lágrimas insistiam em cair sobre meu rosto, quando terminei de guardar minhas coisas, fui no quarto deles e dela e peguei algo que me lembrava deles. Joguei tudo na mochila junto com o cofre. Voltei a porta reparei que a bandeira vermelha da caixa de correspondência estava levantada novamente, me direcionei até lá já esperando outra conta ou aviso, mas acabei achando um pequeno envelope azul marinho. Abri o mesmo por curiosidade para entender o que era, encontrei um bilhete dobrado:
"Como não consegui seu telefone e você não estava em casa, resolvi deixar esse bilhete pra saber se você está bem. Espero que tenha melhorado pelo menos um pouco. Lembre-se que estou aqui para qualquer coisa que você precisar.
Josh Beauchamp."
Foi aí que me lembrei do cartão que ele tinha me dado, corri para dentro e o peguei encima do balcão da cozinha e peguei meu casaco que estava atrás da porta. Tornei a frente da casa e saquei meu celular do bolso e disquei a sequencia de números que havia ali, fui atendida no terceiro toque.
Any: "Oi Josh, aqui é a Any."
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XOXO, Little B 🐝💖
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𝐓𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐌𝐨𝐨𝐧 | 𝙨𝙝𝙤𝙧𝙩 𝙛𝙞𝙘 | ✅
FanfictionAny Gabrielly perdeu tudo que tinha na vida, e procurou refúgio nas bebidas e nas suas estranhas conversas com a Lua. Até que um loiro aparece em sua vida e traz a possibilidade de querer viver de novo. Inspirada na música Talking to the Moon, Brun...