Ao desembarcar na estação de Surrey, Harry considerou obedecer a Hagrid e a ir para a casa de seus tios, mas lá não era seu lar.
O Potter vasculhou sua mochila e encontrou algumas libras, não era muito, mas era o suficiente para pagar uma passagem de ônibus para a cidade mais próxima de sua casa.
Se passava das nove quando ele finalmente se aproximou do limite da propriedade da Mansão Potter. Lá ele viu algumas chamas azuis flutuando perto do chão e aos poucos viu a figura de sua mãe parada ali com um sorriso no rosto.
— Se divertiu? — Perguntou ela pegando a maioria dos pacotes a mão de Harry.
— Foi demais — disse ele se referindo apenas a aquele dia em especifico.
— Você fez muita falta. A casa ficou quase deserta sem você, acho que se não fosse pela Hope eu teria enlouquecido.
— Também senti sua falta, mamãe.
— Quem morava naquele endereço, Harry? — Perguntou ela interessada.
— Uma mulher que disse ser sua irmã, o marido dela e o garoto que me perseguia na escola.
— Minha irmã? Petúnia? Como Dumbledore pode ser tão irresponsável? Será que ele não se lembra que ela odeia magia?
— Então ela é realmente minha tia? Espera, a você disse Dumbledore? Ele não é o diretor de Hogwarts? Por que está em contato com ele?
— Ele tem nos ajudado enquanto estamos aqui, Harry. Também é ele que tem me impedido de sair.
— Por que?
— Ele fala que é para a nossa segurança, mas melhor não focar muito nesse assunto. Vamos falar de outra coisa. Como foi no Beco Diagonal?
Uma semana antes do primeiro de setembro, Harry foi obrigado a voltar para a casa de seus tios, Lílian tinha a expressão serena ao dar a notícia e dizer que era o melhor, apesar de que no fundo estava furiosa com aquele velho idiota. E claramente aquela não era ideia dela, Harry sabia que sua mãe estava apenas fazendo o que Dumbledore achava melhor, mas será que era mesmo assim? Ou ele simplesmente queria afastar Harry de sua mãe?
No dia programado, o garoto pegou o ônibus e fez o mesmo trajeto para a casa dos Dursley.
Ao chegar lá ele teve uma sensação estranha, parecia que as coisas estavam diferentes. Os tios não brigaram com ele, não o obrigaram a fazer nada e tampouco pareciam se importar com sua presença na casa.
Durante seu tempo ali, Harry ficou no seu quarto com seu malão, que continha tudo que tinha comprado no Beco Diagonal e algumas roupas trouxas. Também contava com a companhia de sua nova coruja. Decidira chamá-la Edwiges, um nome que encontrara na História da magia. Seus livros de escola eram muito interessantes. Deitava-se na cama e lia até tarde da noite. Edwiges voava para dentro e para fora da janela, quando queria. Era uma sorte que tia Petúnia não aparecesse mais para passar o aspirador de pó, porque Edwiges não parava de trazer ratos mortos para o quarto. Toda noite, antes de se deitar para dormir, Harry riscava mais um dia no pedaço de papel que pregara na parede, para contar os dias que faltavam até primeiro de setembro.
No último dia de agosto ele achou melhor falar com os tios sobre a ida à estação no dia seguinte, por isso desceu à sala de estar onde eles estavam assistindo a um programa de auditório na televisão. Pigarreou para avisar que estava ali e Duda deu um berro e saiu correndo da sala.
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James's Sacrifice [Paralisado Por Tempo Indeterminado]
FanfictionEle teve a chance de se salvar, mas preferiu proteger quem ama. Seu sacrifício é a razão para que seu filho e sua esposa tivessem uma segunda chance. Como será a vida de Lílian e Harry sem James? Tem alguma chance de pessoas voltarem dos mortos, ou...