Por que você tem que ser tão parecido com seu pai?
Lembra do bilhete que te enviei no Natal? Bom, provavelmente não. Eu lhe disse para se manter longe de problemas, Harry. Não pense que escapou do meu castigo, só porquê ganhou uma detenção com Minerva. Pode ter certeza que vai ter muito tempo para pensar nos seus atos quando voltar para casa mocinho.
Não se meta em mais problemas, isso é uma ordem. Não importa o gene maroto em seu sangue, não tem nenhuma desculpa que possa te salvar do que te aguarda.
Lírio.
— Cara, você está ferrado — comentou Rony quando Harry terminou de ler a carta.
— Eu sei — suspirou Harry.
O rapaz nunca havia visto Lílian Potter com raiva de verdade, mas acreditava que sim. A única vez que ouviu sua mãe gritar, foi depois de uma carta ser entregue em sua casa. Aparentemente ela não gostara do conteúdo e começou a gritar com o pergaminho como se ele tivesse culpa. Claro que Lílian nunca teve um acesso de raiva na frente de Harry, mas morar na mesma casa que ele não a impedia de gritar contra Dumbledore, que a mantinha presa. Contra Voldemort, que matara James. Contra Severo, que contara a profecia para Voldemort. Contra Sirius que nunca havia entrado em contato desde que saiu do Chalé dos Potter naquela noite. E contra Pedro que por alguma razão os havia entregado. Lílian não achava que ele pudesse ser um traidor, não acreditava nisso. Pedro era um maroto, amigo de James, não um ser sem coração que os entregaria para Voldemort.
Mas ela só surtava contra essas, e mais pessoas, quando Harry estava na escola. De forma que quando recebia uma carta no final de semana ia até o limite da propriedade para lê-la e gritar sem que pudesse ser ouvida. Uma vez ela abrira uma carta dentro da casa e Harry a olhou assustado por dois dias. Desde então ela preferia sair da casa a por um feitiço para abafar o som, já que mesmo que ele não a escutasse, se a visse veria o ódio em seus olhos, e não era isso que Lílian queria.
— O que ela quis dizer com gene maroto? — Perguntou Hermione.
— Não sei — admitiu Harry. — Talvez meu pai aprontasse muito no seu tempo em Hogwarts, não sei ao certo.
Na enfermaria, após o encontro com Voldemort:
Alguma coisa dourada estava brilhando logo acima de Harry. O pomo! Tentou agarrá-lo, mas seus braços estavam muito pesados.
Piscou os olhos. Não era o pomo. Eram óculos. Que estranho.
Piscou os olhos outra vez. O rosto sorridente de Alvo Dumbledore entrou em foco curvado sobre ele.
— Boa tarde, Harry — disse Dumbledore.
Harry fixou o olhar nele. Então se lembrou:
— Professor! A Pedra! Foi Quirrell! Ele apanhou a Pedra! Professor, depressa...
— Acalme-se, menino, você está um pouco atrasado. Quirrell não apanhou a Pedra.
— Então quem apanhou? Professor? Eu...
— Harry, por favor, relaxe ou Madame Pomfrey vai mandar me expulsar.
Harry engoliu em seco e olhou a sua volta. Percebeu que devia estar na ala do hospital.
Achava-se deitado numa cama com lençóis de linho brancos e do seu lado havia uma mesa atulhada do que parecia ser a metade da loja de doces.
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James's Sacrifice [Paralisado Por Tempo Indeterminado]
Fiksi PenggemarEle teve a chance de se salvar, mas preferiu proteger quem ama. Seu sacrifício é a razão para que seu filho e sua esposa tivessem uma segunda chance. Como será a vida de Lílian e Harry sem James? Tem alguma chance de pessoas voltarem dos mortos, ou...