Capítulo VIII

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Um dia após o ataque do trasgo:

Todos os alunos estavam reunidos no Salão Principal tomando café da manhã normalmente, como se a escola não tivesse sido invadida por um trasgo no dia anterior. Mas a normalidade caiu por terra a partir do momento que uma coruja entrou e deixou uma carta na frente de Harry.

— De quem é? — Perguntou Rony curioso.

— Não tenho ideia — respondeu Harry, virando a carta para ler o remetente. — Lírio, quem é Lírio?

— Abra a carta, Harry. Talvez seja importante — disse Hermione ansiosa.

Harry,

Como se atreveu a lutar contra um trasgo adulto? Quando soube quase fui a Hogwarts para me acertar pessoalmente. Você está explicitamente proibido de se meter em encrenca de novo. Se receber outra carta falando que o senhor se envolveu em problemas, pode ter certeza que as coisas vão ficar muito ruins para o seu lado e você não quer me ver estressado (a).

— Quem é essa pessoa? — Perguntou Rony surpreso, o remetente da carta parecia com sua mãe.

— Continuo sem saber — respondeu o Potter. — Mas pelo visto não quer ser identificada.

Como eu acredito que tenha entendido o recado, quero te dizer como estou contente por ter entrado na Grifinória, seus pais e toda a família Potter passaram por essa casa. Tenho certeza de que todos estão muito orgulhosos de você, Harry. O mais orgulhoso talvez fosse James, seu pai, assim que soubesse que você foi o apanhador mais jovem da história, não quero nem imaginar como seria a reação dele, mas sabia que ele estaria muito contente com isso, não se esqueça disso nunca.

Minha identidade, como deve ter percebido, deve ser mantida em segredo de todos, é para a nossa segurança. Talvez você sabia quem sou, se sabe, fico muito feliz por isso e peço que não compartilhe para ninguém que não for de estrema confiança, mas se não sabe, você não precisa saber, eu prometo que um dia isso vai mudar, mas até lá temos que fazer isso, O.K. ?

Com amor,

Lírio.

— Quem é Lírio? — Harry tornou a perguntar como se alguém já tivesse descoberto.

— Harry, com certeza você conhece essa pessoa — disse Hermione. — Ela parece te conhecer muito bem. Tem certeza que não é familiar a escrita, ou algumas frases? Talvez ele ou ela tenha te dado sinais.

Harry pensou um pouco...

— Não, nada me parece familiar — disse ele depois de um tempo.

Depois de um dia cheio de aulas, nas quais nem Harry, nem Rony e nem mesmo Hermione, conseguiram prestar atenção por conta da carta, o trio ficou até mais tarde no Salão Comunal para discutir sobre a carta.

— Conseguiu pensar em alguém, Harry? — Perguntou Hermione, um tempo depois que ficaram a sós.

— Não, isso que é o pior: ninguém me enviaria uma carta.

— E os trouxas que te criaram? — Perguntou Rony.

— Eles não me criaram — disse Harry pensando em como teria tido uma vida horrível se tivesse crescido com eles. — E além disso duvido que eles iriam me enviar uma carta, os Dursley parecem me odiar.

— Se não foram trouxas, quem te criou, Harry? — Perguntou Hermione.

— Minha... — só então Harry percebeu quem era o remetente. — Rony, quando Voldemort invadiu minha casa, quem você disse que sobreviveu?

James's Sacrifice [Paralisado Por Tempo Indeterminado]Onde histórias criam vida. Descubra agora