Capítulo IX

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Harry seguiu as instruções do diretor e não contou a ninguém sobre sua mãe, mas ao mesmo tempo esperava que Dumbledore cumprisse sua parte do acordo e explicasse algumas coisas a ela.

Na noite de Natal, Harry foi para a cama pensando com ansiedade na comida e na diversão do dia seguinte.

Quando acordou cedo na manhã seguinte, porém, a primeira coisa que viu foi uma pequena pilha de embrulhos ao pé de sua cama.

— Feliz Natal — disse Rony, sonolento, quando Harry pulou da cama e vestiu o roupão.

— Para você também — falou Harry. — Olhe só isso! Ganhei presentes? — Ele não esperava ganhar coisas enquanto tivesse em Hogwarts, principalmente com as encrencas que estava se metendo.

— E o que é que você esperava, nabos? — Respondeu Rony, virando-se para a sua pilha que era bem maior do que a de Harry.

Harry apanhou o pacote de cima. Era uma caixinha dourada pequena embrulhada em um laço vermelho. Ao abrir conseguiu ver um pequeno pedaço de papel, antes de um objeto dourado sair voando. Harry o agarrou e percebeu que era um pomo de ouro. Ainda segurando o pomo, ele leu o bilhete.

Feliz Natal Harry,

É algo simples, mas pertencia a seu pai. Ele amava deixar o pomo escapar de sua mão e depois o agarrava, até parecia que era o apanhador oficial da Grifinória.

Bom, como disse não é muito, mas espero que goste, vai ser bom você ter algo para se lembrar do seu pai.

Lembre-se de aproveitar o Natal, e não se meta em problemas.

Com amor,

Lírio.

Depois pegou o segundo embrulho, emocionado com o presente de sua mãe. Estava embrulhado em papel pardo grosso e trazia escrito em garranchos Para o Harry, de Hagrid. Dentro havia uma flauta tosca de madeira. Era óbvio que Hagrid a entalhara pessoalmente. Harry soprou-a — parecia um pouco com um pio de coruja.

Um terceiro embrulho, muito pequeno, continha um bilhete. Recebemos sua mensagem e estamos enviando o seu presente. Tio Valter e Tia Petúnia. Presa com fita adesiva na nota havia uma moeda de cinquenta pence.

— Que simpático! — Exclamou Harry.

Rony ficou fascinado pela moeda.

— Que esquisito! — Disse. — Que formato! Isso é dinheiro?

— Pode ficar com ela — disse Harry rindo-se ao ver a satisfação de Rony. — Minha mãe, Rúbeo, minha tia e meu tio. E quem mandou esses?

— Acho que sei quem mandou esse — disse Rony, ficando um pouco vermelho e apontando para um embrulho disforme. — Mamãe. Eu disse a ela que você não estava esperando receber presentes... ah, não... — gemeu —, ela fez para você um suéter Weasley.

Harry rasgou o papel e encontrou um suéter tricotada com linha grossa verde-clara e uma grande caixa de barras de chocolate feito em casa.

— Todos os anos ela faz para nós um suéter — disse Rony, desembrulhando a dele —, e a minha é sempre cor de tijolo.

— Foi realmente muita gentileza dela — disse Harry, experimentando as barrinhas de chocolate, que estavam muito gostosas.

O presente seguinte também continha doces — uma grande caixa de sapos de chocolate dados por Hermione.

Restava apenas um embrulho. Harry apanhou-o e apalpou-o. Era muito leve. Desembrulhou-o.

James's Sacrifice [Paralisado Por Tempo Indeterminado]Onde histórias criam vida. Descubra agora