Já no café que Simón havia me convidado para conversar eu o esperava,estava vazio por ser a noite. Na bancada verniz duas mulheres que aparentavam ser novas serviam algumas pessoas sempre sorrindo e conversando . Um cheiro fresco e doce vinham da cozinha e por um momento cheguei a pensar se isso era certo. A porta se abriu depressa e uma silhueta masculina substituiu o vulto Ele usava uma calça preta com uma blusa branca certamente acabara de sair do serviço. Observo seus músculos erigecerem contra a roupa e depois relaxarem.
Simón me dá um largo sorriso de desculpas pela demora.Já sentando-se à mesa ele escolhia as palavras certas.
—Então como você está ? — seu tom de voz é gentil e meigo .
—Bem Simón.
— Bom saber. Já pediu se café ?
—Não eu achei melhor o esperar.
—Nossa ,desculpe-me é que fiquei preso no trânsito. — retribuo com um sorriso,ele chama a garçonete.
—Tradicional — eu falo — Tradicional com creme ele diz me observando.
—Mas como você conseguiu voltar? Nós a procuramos pra tudo quanto é canto.— ele arqueia uma das sombrancelhas esperando por algo ,olho para o céu esperando por tempo.
—Não sei foi tudo meio confuso...Quando acordei estava em um beco muito machucada por fim procurei por ajuda .— digo mentindo ele calculava o que eu acabara de falar ,até me sentir uma garotinha pegando doces do pote da vovó .
— OK Minerva que bom que você está bem,passou tantas coisas pela minha cabeça.
A moça nos trouxe o café como pedido. Eu já beberiquei degustando o sabor .
—Mas me fala e esse estilo revoltada aí ,sério tá parecendo com uma adolescente na puberdade.— dou uma risada distraída ,fazendo ele rir também mostrando seus dentes alinhados totalmente brancos.
ainda rindo eu tento me explicar : — Foi a última peça que estava no fundo da ...—Minerva eu adoro seu sorriso.— Simón me interrompe com a sua voz gentil fazendo meu sangue subir pelo rosto , beberico meu café evitando o constrangimento,apenos sorriu .
Conversamos por muitas horas e por um segundo ele me deixou distraída me fez esquecer de Devon,do mundo ,de tudo ,estar com ele foi relaxante e empolgante mas no fundo existia uma placa de perigo .
—Já está tarde você não acha ?
—A noite é uma criança Minerva.
—Sei...Mas é melhor irmos .Estou exausta.— faço uma expressão de súplica assentindo.
—Você que sabe — levanto indo em direção à porta e no momento só existiam nós dois e mais cinco pessoas , ele me acompanha atrás e sinto um quê de insistência.
Uma brisa suave e quente bate no meu rosto provocando algumas ondulações no meu cabelo ,e desejo estar na minha cabana e poder sentir o cheiro adocicado do pinheiro e das plantas silvestres que possuíam o lugar.
— Quer que eu te leve ? — sua voz se torna importuna e gentil .
— Estou de carro — seguir o meu olhar para o meu carro e depois torno a encará-lo ,sua expressão muda um pouco para decepção.Ele me olha de solasçaio e dá um breve sorriso.
—Fui muito devagar . Mas é uma ótima escolha Minerva — ele dá uma risada .
—Obrigado pela noite Simón foi muito agradável.
—Não a de que ,mas isso não empede de eu te acompanhar até seu carro. Certo ?
—Isso pode .
—Isso pode — ele fala repetindo o que eu disse.
Já na porta ele observa o carro.
— Algumas economias e conseguir .— ele dá um longo suspiro. Olhando para o céu .
—Que foi o céu não estar como queria ? — tento ser engraçada.
—Não é que nem tive o prazer de te levar em casa. — riu devagar .
—hum quem sabe algum dia — digo abrindo a porta.
—É — Sinto seus olhos mergulharem nos meus .
—Por acaso eu já te disse que seus olhos são lindos à luz da noite .— gargalho alto .
—Só você mesmo . Boa noite Simón .— ele fecha a porta me deixando ir.
Dirijo ainda com o pensamento no que acabara de acontecer ,sei que eu e Simón jamais dariamos certo e de algum modo eu sentia um medo do que ele podia sentir por mim.Meu coração já pertence a uma outra pessoa.
As ruas estavam iluminadas bastante para vê o o movimento e um engarrafamento enorme se aprofundou , e lá longe era possível distinguir uma porção de pessoas em volta de alguma coisa.
Intrigada deixo o carro no meio da pista no engarrafamento e sigo correndo driblando os obstáculos.
Murmúrios e conversas vem soando ao meu redor.Alguns tirando fotos ou filmando.
—Licença senhora .— digo adentrando em meio a multidão.Meu coração começa a acelerar.
Um garoto desacordado e machucado é encontrado no chão loiro,corpo magro e ...e...
—Ai meu Deus — coloco as mãos na boca tentando tampar algo. Esbugalho meus olhos tentando vê o que realmente estava vendo ou tentando não acreditar.
—A marca — susurro.— Moço ! Moço você estar vendo aquela BMW lá longe eu te pago uma grana preta,se você levá-la ao hotel no centro.Não vou poder esperar o engarrafamento.— digo desesperada para um cara alto careca que assente ,dou a chave e corro de volta ao carro pegando meus pertences.E indo devolta ao hotel longe da multidão.
—Não foi minha imaginação, não foi coisa da minha cabeça — eu falava freneticamente para mim mesma.Eu vi a marca .E precisava falar imediatamente com Devon antes que o inevitável aconteça.
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Lágrimas
ParanormalRolam-me na face,caem no chão,e secam com o vento • • • Para Minerva ser esquecida por Deus seu criador ,é como morrer deliradamente . . .Não existe escuridão mais sombria do que a própria luz repreendida . Depois da queda,ela se transformou em um a...