Epílogo

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         3 anos depois

Nesta noite eu iria para Espanha lá invernava nessa época e eu adoro o frio . Mas primeiro teria que sair de Nova York e ir para o aeroporto só que antes teria que usar o trem .Visto um sobretudo preto com botas e uma calça jeans azul por dentro com uma blusa de seda simples . Deixo meu cabelo solto e toque final um cachecol lilás. Muita gente correndo de um lado para o outro na estação e certamente minha mala não estar ajudando. Entre o no trem cheio mais por sorte sou quase uma das primeiras . Sento em um banco de frente para a porta ,não de frente não ,um pouco mais para esquerda . Tinha uma moça com um bebê que ele chorava melancolicamente,seria frio? Fome? 

Eu não sei .O trem já começou a andar e um cara grita pedindo pra parar . Ele entre ofegante agradecendo e um frio na barriga muito louco inaugura .Muitos anos na minha vida eu não sinto um frio na barriga .

—Posso sentar ao seu lado?  — ele pergunta com um sorriso inesquecível. Meneio a cabeça em um sim. E ele todo bonito ,todo feliz senta ao meu lado . Arqueia uma das sombrancelhas .

—A propósito prazer meu nome é

—Davon — eu o interrompo fitando seus olhos avelã esverdeado ,sabia que não mudariam essa cor . Ele fica perplexo e dá um sorriso de orelha a orelha sem quase entender . O tempo deu uma certa delicadeza para ele ,as rugas nos cantos dos olhos,alguns fios de cabelo grisalhos ...tudo  porque eu já não tenho esse privilégio de  envelhecer .

—E você é ?

—Uma conhecida — falo baixinho

. Minhas veias estavam para explodir de alegria . Minha boca não descansava de um sorriso .

—Então acho que eu mereço um aperto de mão você não acha?  — Pego em sua mão e a sensação do toque me leva a loucura ,ele me fita por 1,2,3,4 e eu desviou o olhar sorrindo sem graça.

— Por favor me diz que não estou vermelha?  — eu indago ainda o olhando.

—Não está ,não estar sim — ele sorriu como um bobo.— Uma moça morena chegou e perguntou quantas horas eram quebrando o momento mais feliz desde...desde ...pois é ...

—10:10 moça .

—Se você quiser eu seguro a sua mala .

—Não ,não obrigada .

—Atá se quiser sempre vou estar a sua disposição sempre.— sua voz suou baixinha e fina . Me segurei para não sair o:Minha mão vai estar a disponível na sua cara? — Mas preferi não estragar aquele momento.

—OK . Obrigado.— ela deu um sorriso e saiu.

—Ela de em cima de você — disse por fim .

—Não ,não deu .

— Ela deu sim Devon.

—Ela estava querendo ser gentil só isso .

— Se isso é gentileza imagine depois . Por que vocês nunca percebem?  Ela deu e deixou isso bem claro!  — falei enfurecida.

—Posso te falar uma coisa?  Eu simplesmente adoro seu sorriso .— fiquei inerte . Minha vontade era de beijá-lo . Contar toda verdade mais isso me deixaria louca não eu seria louca.

—Sempre é assim com todas as mulheres ?— fito ruidosamente seu rosto .

—Não ... É que você é diferente eu tenho uma sensação de que te conheço. Seu olho eu ...eu...sonhei um dia com a cor do seu olho não quer dizer com esse olho aí . Seu cabelo também . Ai meu Deus me diz que isso tudo não soa patético demais e...e eu

—Para — fiz um sinal negativo com a cabeça sorrindo. 

       O trem parou e nossa felicidade terminou Devon sempre fora o mesmo até no jeito de falar ,quando entrar embaraçado. TUDO.

Dei um suspiro .

—É Devon foi um prazer em conhecê-lo sorrir já descendo deixando sem uma resposta . Subi a estação e a penumbra era intensa demais para vê onde terminava e outro começava . Ele naquele terno preto engomado com seus sapatos engraxadosme fez sorrir ,se eu tivesse dito isso no passado ele acharia que eu estivesse louca e daria uma crise de risos. Meneio a cabeça tentando reter esses pensamentos inúteis. Subo o patamar de escadas emsebentas  e lá fora o sol não tão quente e não tão frio emvadia o lugar .

—MINERVA !— um grito suou atrás de mim me fazendo parar.Meu coração acelerou ...acelerou muito. Viro lentamente com medo disso tudo ser um sonho e eu acordar .

Até o dia depois do semprefiquei pasma ao ouvir aquilo.


THE END .

LágrimasOnde histórias criam vida. Descubra agora