MUNDOS DIFERENTES

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#CardealVermelho

(n/a: opa, tudo bom? ai eu ri tanto lendo os comentários do ultimo capítulo, vocês são tão fantasticos, eu amo vocês)

Taehyung dormiu dois dias seguidos com a fotografia de Park Jimin ao lado de sua cama. Uma foto tão fofa, ele parecia até um pouco mais jovem pela qualidade estranha do papel, mas a coisa mais linda do mundo. Uma graça para seus olhos, para seus sonhos também. Foi assim que acordou naquela sexta, nu entre os lençóis brancos, sendo pintado pelos vidros coloridos e o sol.

Suspirou em saudade, ele sente falta de ver Jimin, contudo, não pode voltar para Piltover. Esticou as costas, se alongando um pouco e viu a sua frente a porta do quarto entre—aberta. Estranhou, costuma fechar todas as noites e franziu a testa.

— Estranho... — sussurrou e se levantou da cama, enrolando seu corpo em um lençol branco e observou entre a fresta. Sobre a mesa, perto de suas ferramentas, Margara estava o observando com seus olhos vermelhos.

Até pensou que Yoongi poderia ter voltado, escancarou as portas, mas nada, apenas o pássaro, que entrou por uma das básculas abertas. Deu língua para o corvo que gralhou em resposta, o deixando irritado.

— Bicho insuportável, o que faz aqui? Não deveria estar com seu dono, em Valorant?

Observou que em uma das patas do bicho já um papel enrolado. Se aproximou dele, olhando com calma e tentou pegar sem Margara o bicar, o bicho até tentou, mas Taehyung conseguiu tirar rápido. Então, desenrolou o papel com calma e observou a escrita estranha.

"Estou bem, não morri. — YG"

— Aish, ministro... — riu apertando o papel nas mãos. — Pelo menos está bem.

Suspirou e encarou Margara de canto de olho, irritado e seguiu para o quarto, esperando que o animal fosse embora. Guardou a cartinha em uma das gavetas de seu quarto, arrumou sua cama como sempre e caminhou para o banheiro, tomar um banho quente como faz todas as manhãs. Notou que ultimamente anda esfriando, provável que o inverno esteja chegando.

Aproveitou para lavar os cabelos também e tratou de vestir uma calça confortável e uma camisa grande, folgada, ambos de cores claras, como areia. Taehyung colocou os óculos sobre o nariz e começou a varrer o chão do seu quarto, com calma. Faz alguns dias que estava criando outro pássaro vermelho, não era para Jimin, mas para ele mesmo.

Assim que terminou de arrumar tudo, se sentou na cama, virado para o enorme vitral que cobre toda a parede que está colado o colhão e observou calmamente a cidade cinza lá de cima, não dá para ver muita coisa. Apoiou a testa no vidro amarelo, ele gosta de tomar sol mesmo que seja desse jeito.

Lá de cima, não consegue ouvir nada que acontece no térreo do prédio, então sempre fica no maior silêncio quando não liga sua vitrola ou o rádio antigo. Ou seja, não poderia ouvir quando ele chegou nos portões do terreno.

Cobrindo seu rosto pelo capuz vermelho e uma echarpe velha branca, o rapaz de fios loiros escuros segurou uma das barras do portão e observou com calma lá de dentro. Um caminho de terra até a propriedade, uma torre enorme que some para dentro da fumaça poluente. Assim, Jimin franziu a boca confuso.

— Ele mora muito alto... — murmurou baixinho e respirou fundo por trás do tecido. — Não tem campainha...?

Questionou confuso, levou os olhos para os muros ao redor do portão e nada, como saberiam que está alí? Aliás, nem sequer sabe se Taehyung é autorizado a receber visitas, mas entendeu que se Yoongi está internado, não seria tão difícil.

A TORRE DE ZAUN | vminOnde histórias criam vida. Descubra agora