DOIS RIOS

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#CardealVermelho

(n/a: esse capítulo é um especial de flashback, quero trazer um pouco do passado dos yoonjin pra matar a curiosidade. obrg pelas mensagens do capítulo passado, eu melhorei muito de dois dias pra cá e vocês sempre me animam. ( ˘ ³˘)♥)

(n/a²: a história não se passa na Terra e sim em uma realidade chamada Runeterra. Países e reinos possuem magia, luz, sombras e até mesmo deuses. A diferença de idade entre os yoonjin é algo que se estranha, mas não é tão problemático nessa realidade)

Quinze anos atrás em Valorant

Papéis e mais papéis sobre a mesa, a sua frente. Todos eles vieram de diferentes parlamentares e sobre a sua mente a responsabilidade de substituir seu pai. Para ter um pouco de paz, o jovem resolveu atravessar o vale para chegar até Piltover, se enfiar na biblioteca da cidade, em uma das divisórias individuais.

Mas aquele par de olhos castanhos observando cada movimento seu o fazia ficar tenso.

— Yoon... - chutou seu pé de leve ao cantarolar e seus cabelos negros caíram sobre os olhos. O outro nem sequer tirou sua visão do livro. — Hyung...

— Seokjin, estou a trabalhar - repetiu, só naquela tarde, pela quinta vez a mesma coisa e o outro fez um bico, suspirando.

Aquele suspiro magoado chamou sua atenção, levantou os olhos e viu o outro deitado sobre uma bolsa, com uma carinha triste.

De fato, mesmo que o rapaz a sua frente seja maduro pra sua idade, ainda é um adolescente. O que faz Yoongi repensar, constantemente, o que anda fazendo.

Seokjin o segue por todos os cantos quando vai para Piltover, é engraçado e cheio de energia, ao contrário do futuro ministro.

— Ei... - o chamou. — Já estou terminando, só me de cinco minutos, tudo bem?

Não respondeu, mas ficou ali, olhando o mais velho ler. Sentia pena de Yoongi, faz pouco tempo que o acidente aconteceu, foi graças a ele que os dois se aproximaram, mas não queria que fosse assim. Toda vez que o escuta tossir e sua risada rouca ecoa pelos lugar, lembra do sofrimento que passou.

O menor terminou de ler o último papel minutos depois e começou aguardar todos os papéis dentro de uma pasta preta de couro, com feche dourado.

— Pronto, acabou - sorriu de leve e Seokjin abriu os olhos empolgado. Yoongi não consegue entender, como alguém tão simples possui tanta riqueza em si. É lindo. — Podemos ir onde você disse. Que lugar é esse?

— Vai saber quando a gente chegar.

Já era fim de tarde, notou quando desceram as escadarias da biblioteca e a luz alaranjada dos raios de sol pintavam a estrada. Ainda sentindo dor ao andar, Yoongi não conseguia se acostumar bem com a bengala que comprou, cada degrau era um gemido de dor.

Seokjin ajustou a bolsa a frente do corpo e acelerou o passo, se abaixando na calçada. — Sobe.

— Que? Subir onde? - ficou no último degrau e tentava ver se alguém os observava. — Levante...

— Sobe nas minhas costas, eu vou te levar - insistiu batendo nas suas costas e Yoongi levou um tempo para ceder.

— Aish... certo... - então, subiu nas suas costas com cuidado e Seokjin segurou suas pernas enquanto Yoongi o abraçava pelo pescoço. — Vai me levar assim?

— Vou te carregar por onde for - sorriu e começou a andar pela rua do bairro, não tão cheia. De longe, os seguranças de Yoongi acompanhavam os dois, sem atrapalhar, como sempre fazem.

A TORRE DE ZAUN | vminOnde histórias criam vida. Descubra agora