CONSTELAÇÕES

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#CardealVermelho

(minhas histórias não costumam ter muito sexo, então esse é um dos poucos capítulos que tem. então, atenção pra isso)

Mesmo que Jungkook tenha seu tamanho, Jimin só conseguia ver um garotinho assustado. Foi assim que, a cada toque, Jungkook parecia querer se enfiar dentro da roupa feito uma tartaruga dentro do casco. Taehyung observava tudo, sentado na sua cadeira de desenho, depois de ter ajustado seu respirador com a ajuda do namorado.

Agora o objeto é menor e pode ser carregado dentro do bolso. Confessa que quase chorou quando deu tudo certo. É como se Jimin permitisse que seus sonhos se realizassem.

Jungkook apertava as mãos com força e se viu usando um casaco bonito de tom rosa claro.

— Porque rosa? — perguntou tímido e Jimin sorriu.

— Bem, é a cor favorita de papai.

Então levou a mão ao cabelo do menino, menor e cortado perfeitamente, fofo e polido.

— Ele sabe que eu estou indo para lá? Que vamos nos ver?

Negou com a cabeça e observou Jungkook de longe, ao lado de Taehyung. — Ele ficou bom?

— Claro, está ótimo. Não tem que ficar muito chique, Jungkook e seu pai são pessoas simples — sorriu e segurou a mão do namorado. — Podemos seguir?

— Sim. Vamos aproveitar que o ministro deve estar no hospital ainda, quero chegar antes para que você conheça a casa. — sorriu e Jungkook abraçou o próprio corpo nervoso. — Todas as suas coisas estão no carro, Jungkook-ah. Já se despediu de Dawn?

Afirmou com a cabeça e alisou os braços. — Ela chorou bastante... mas prometi vir visitar ela bastante.

— Ela te vê como o menino dela. — Taehyung se levantou e no corpo encaixou o sobretudo, que foi até o chão, de cor marrom. Pegou a mala de Jimin e seguiu andando com o menino ao seu lado. — Venha, amor.

Jimin ainda não queria partir, mas precisava. Voltara para Piltover, longe de Taehyung, e não sabe quanto tempo irá durar. A semana que passou ali foi tão curta e boa, como um sonho. Observou os vitrais mais uma vez e a cama, onde fizeram amor.

— Jimin-ah? — questionou curioso. — Está tudo bem?

— Ah, sim — sorriu um pouco envergonhado. — Só estou pensativo...

Voltou a andar e segurou Taehyung pelo braço. O mais alto sorriu e o beijou no topo da cabeça, em seus fios loiros.

— Tenho receio de que fique preso aqui — disse e Taehyung negou com a cabeça.

— E te dar a chance de não me levar a lugares bonitos? Nem pensar.

Jungkook não ouvia a conversa, estava focado em entrar no elevador e descer a torre pela última vez. Se despedia das paredes, engrenagens, do cheiro do óleo que passou nas mesmas para que o elevador funcionasse sem fazer tanto barulho.

Terá outras funções na nova casa? Seu pai deve preferir os ovos pela manhã de que maneira?

Meu pai.

A ideia de ter um pai é tão boa e assustadora ao mesmo tempo.

— Então, se acalme. Vai dar tudo certo, ele vai ficar tão feliz — Jimin sorriu empolgado e apertou a mão de Taehyung.

Foi difícil ver Dawn se despedir do menino mais uma vez, Taehyung pensou ao vê-la beijar a testa de Jungkook e alisar sua roupa nova. A senhora sorria em meio de lágrimas. Jungkook prometeu voltar sempre que possível e se foi depois de lhe beijar as mãos calejadas.

A TORRE DE ZAUN | vminOnde histórias criam vida. Descubra agora