epílogo

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#CardealVermelho

... O jovem criminoso escapou da penitenciária na manhã de sábado, sem deixar muitos rastros. Alguns locais de Piltover afirmam que o rapaz fugiu em uma das embarcações para Noxus, mas nada foi confirmado.

É o que o jornal local diz. É o que todos estão fofocando por aí. Um garoto de vinte e poucos anos que assassinou seus pais a sangue frio e fugiu da prisão, logo quando alguém comentou sobre prende-lo em uma caixa.

O café de Noxus é quente e forte, coado as pressas. Seu cheiro impregna na pequena padaria. Cidade grande, um tanto retrógrada. Sem muita tecnologia, o assunto da mesa ao lado é idiota, algo sobre lutas e império.

Com roupas vermelhas, sapatos fechados, como um local, ele aguarda pacientemente. Tomou um gole do líquido forte, sorriu ao ver alguns pássaros voarem pelo pátio de paralelepípedo. Noxus é barulhenta, mas não fede como Piltover e Zaun.

Homens viraram a cabeça quando ela apareceu. O sapato de couro bate e faz barulho com o salto afiado feito uma agulha. Vestido longo, da mesma cor, uma capa de pelugem preta e cabelos longos de tom cereja, como uma dama da noite no meio do dia.

Lábios pintados de vermelho, nunca se viu uma mulher tão linda como ela, traços ionianos, é nítido, o que a torna mais única.

Sentou-se do outro lado da mesa, cruzando as pernas e levou a mão para dentro da capa, tirando dela uma pequena caixa de madeira. Ah, finalmente.

— Demorou, pensei que não viria. - disse e ela riu.

— Hoseok, sabe que não posso deixar meu irmãozinho por aí fugindo o tempo todo... - sua voz é macia, encantadora. — Trate de esconder bem sua prisão, sabe que qualquer um o controla com isso. Não podia acreditar até hoje que perdeu essa coisa por vinte anos.

— O que são vinte anos para alguém que vive a séculos, Margara? - brincou e colocou a caixa dentro de sua bolsa de couro. — O que acha de Noxus? Eu gostei.

— Tem caos, briga, sangue, egoísmo... - citava como se fosse um poema. — Uma delícia, eu amo. É uma boa ideia ficar por aqui até se fortalecer o suficiente.

Um rapaz se aproximou com café e deixou na frente da mulher. Ela o fitou de canto e o rapaz quase desmaiou com sua beleza.

Saiu tímido e ela riu. — Homens são tão idiotas. Como aquele ministro, depois que se apaixonou de novo, passou a ser insuportável ficar perto dele

— Mas você o amava - brincou. — Gostava muito dele. Era leal.

Balançou a cabeça e ajustou os cabelos atrás da orelha. — Sim, eu era leal. Um homem muito interessante, mas agora não me serve mais. A casa está repleta de amor, aqueles meninos vivem indo lá visitar ele, é um inferno. Um nojo...

Hoseok riu alto e ela também.

— Então, tudo bem. - tomou o café mais um pouco. — Ótimo, será ótimo. Aqui teremos o que precisamos para crescer... E quando eu crescer, eu vou voltar para Piltover, e vou ter a cabeça de cada um na minha mesa.

Margara passou a mão pela cabeça de novo, unhas longas e vermelhas, feito garras de um corvo, e fitou a rua, olhando as pessoas passando.

— Cada um deles?

— Cada um.

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obrigada por terem vindo até aqui!
Amo vocês! Nos vemos na próxima fic. 💜

A TORRE DE ZAUN | vminOnde histórias criam vida. Descubra agora