7- Ciúmes?

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Jeon Jeongguk P.O.V

Um mês depois


— Posso entrar? — A porta é aberta pela metade, mas o suficiente pra que eu pudesse ver quem era.

— Se eu disse-se que não, você não entraria? — Respondo sem paciência e vejo seus olhos revirarem e Min Ha entrar e fechar a porta.

— Está estudando para as provas finais? — Ela com certeza estava tentando puxar assunto.

— Sim, estava.

Eu via que sua cabeça estava levemente inclinada para baixo e seus olhares mal eram direcionados a mim. Min Ha passou a ser mais cautelosa comigo quando nossos pais começaram a morar juntos. Nossa relação tinha mudado. Não éramos mais os mesmos e nossa intimidade já era inexistente.

— Eu queria saber se

— Quando for entrar da próxima vez, bata na porta — Interrompo ela.

— Você é um grosso — Ela resmunga, mas o suficiente para mim ouvir.

Soltei uma risada nasalada e cruzei os braços, a encarando.

— Não espere um irmãozinho fofinho com a irmãzinha e que da dinheiro quando pede, porque não irá rolar.

Vejo Min Ha se apressar e pegar minha carteira em cima da escrivaninha e sorrir.

— Não faça esses tipo de coisas, é infantil — Falo levantando e caminho em sua direção.

— Eu vou ficar com essa foto. — Ela fala pegando uma pequena foto da minha carteira que presumo ser a foto que tirei para o anuário desse ano.

— Vai se arrepender em ficar olhando.

— Porque?

— Porque deve ser horrível ter um irmão como eu e não poder pegar.

Foi nítido o seu desconforto quando disse essas palavras a ela. E talvez houve-se um pouco de arrependimento em ter dito dessa maneira. Mas era só um pouco.

— Você não poderia voltar ser o mesmo Jungkook de um mês atrás? — Ela pergunta gruindo em nervoso.

— As pessoas mudam Min Ha. Mude também.

— Se torna um completa babaca era o seu melhor? — Ela rebate.

— Sai do meu quarto. — Falo em um sussurro leve, fazendo a mesma franzir a testa.

— Nossos pais vão se casar, mas isso não é motivo pra você me tratar com tanta indiferença e frieza.

Sua voz saiu embargada e dessa vez tentei não manter contato visual. Eu sabia o risco que correria se a encarasse agora e vê-se lágrimas ou qualquer vestígio diferente em seus olhos.

— As coisas não são mais as mesmas de antes Min Ha. Entenda isso, por favor.

— Min Ha...

Foi como um sopro seu nome sendo dito por ela. Sempre a chamei de "Min" e quase nunca de Min Ha. Porém, Min Ha estava sendo dito com mais frequência e menos indiferença e eu sabia que ela estava sentindo isso.

Seu novo IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora