EXTRA 1: Fobos

797 127 174
                                    


Jaebum tinha uma xícara de café fumegante em uma das mãos, enquanto com a outra ligava o estranho aparelho extraterrestre de comunicação

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jaebum tinha uma xícara de café fumegante em uma das mãos, enquanto com a outra ligava o estranho aparelho extraterrestre de comunicação. Mesmo depois de mais de um mês utilizando o estranho comunicador para mandar mensagens para Youngjae – coisa que fazia todos os dias — não havia se acostumado por completo com a tecnologia marciana.

E ele não era o único. Kunta, Odd e Nora também estranhavam a coisa de forma oval, principalmente quando ela emitia sons, notificando uma nova mensagem de Youngjae.

O terráqueo apertou o botão vermelho, vendo seu rosto aparecer na tela antes escura.

— Aqui é o Jaebum, diretamente da terra. — repetia as mesmas palavras de sempre. — Oi Jae. Bem, hoje eu voltei ao trabalho. Eu já disse que trabalho como produtor e compositor? Caso você não saiba o que isso significa, basicamente eu crio música.— parou por instantes, bebericando seu café — Eu fiz uma música para você, aliás, acho que foi mais de uma ... Bem, é um pouco vergonhoso dizer que eu sinto tanto a sua falta, que já escrevi umas cinco músicas pensando em você. — riu soprado. 

Era estranho falar com Youngjae sem ver seus olhos redondinhos, ou a pintinha que ele tinha logo abaixo do olho. O Im nunca imaginou que sentiria que havia perdido parte de si quando o marciano voltou para casa.

— Eu gostaria de cantá-las para você, mas vou fazer isso quando te ver novamente. Eu espero poder te mostrá-las um dia... — meneou a cabeça, um pouco tristonho. 

A verdade era que: Youngjae poderia nunca mais voltar. E apenas esse pensamento era suficiente para que Jaebum sentisse vontade de largar tudo e ir atrás do marciano, apenas para poder sentir o calor das mãos gordinhas ou ver os olhinhos brilhantes do menor novamente. Entretanto, havia um fator que impedia completamente que o terráqueo se entregasse à saudade: Youngjae era um marciano, e este não era um obstáculo fácil de transpor.

O que restava a Jaebum era manter a esperança de rever o Choi, algum dia. E o Im esperaria o tempo que fosse necessário. Nem que levassem cinquenta anos para finalmente reencontrar o menor.

— Ah! — exclamou, lembrando de algo — Vai ter uma feira de adoção amanhã... Eu vou ser um dos voluntários. Seria legal se você estivesse aqui para participar também. — a última frase soou baixinha, era mais como um pensamento que voou.—E o pessoal do abrigo perguntou sobre você. O vizinho do apartamento oito também. Ele simplesmente bateu na minha porta pedindo açúcar, perguntou onde estava o meu namorado e eu respondi que você havia se mudado, e então ele simplesmente voltou para o apartamento dele. Eu nem tive tempo para pegar o açúcar. — soltou uma risada melodiosa. Percebendo então o quanto desejava poder chamar Youngjae daquela forma.

Namorado era uma alcunha que se encaixava perfeitamente ao lado de Youngjae, em qualquer frase que o Im tentasse formular. Contudo, ainda era muito cedo para um passo tão importante.

marcianoOnde histórias criam vida. Descubra agora