Capítulo 4 - Mudança

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HANK NARRANDO
Eu estou na delegacia junto de meu parceiro Bill. Não somos desses policiais que andam amarelinhos por aí. Somos da linha investigativa. Nosso uniforme é todo preto. Trabalhamos com as investigações mais sigilosas de Londres. Principalmente tráfico de drogas.

Estamos com o olho nesse momento em um cartel possivelmente argentino chamado de "Hermanidade".

Estava conversando com Bill.

- De alguma forma. Eles entregam as drogas sem serem flagrados. Elas só podem estar escondidas dentro de mercadorias. Mas as barreiras policiais não acham nada! - Bill já estava frustrado.

- Vamos pensar. Que tipo de mercadoria poderia ser? Geralmente são comida e produtos de higiene.

- Mas a gente já parou entrega de doces, perfumes, xampus, pão, bolo, água sanitária, carnes... de tudo isso. Só pode estar em algo menos óbvio e fácil de ser transportado. - Bill pensava aonde podiam estar escondidas as drogas.

- E o que mais conseguimos com aquele cara de ontem? - Tínhamos preso um usuário que levou uma surra num beco. Ele disse que devia dinheiro aos hermanos e que tinha acabado de pagar a dívida.

- Só que ele comprou e recebeu em casa. Mas não quis dizer como. Foi a única pista e o único ligado aos Hermanos que tivemos em meses. Devem ter vendido mais de duas toneladas de drogas desde o começo do ano passado. - Bill realmente estava estressado. O moleque não queria os Hermanos mirando nele e decidiu não colaborar. - Eu vou jogar ele atrás das grades.

- Não! - Tive uma ideia brilhante. Já sei como vamos pegar alguém de dentro da quadrilha. - Vamos deixar ele ir. É viciado, vai ter que comprar de novo. Há uma boa chance de ser com os Hermanos. E se não for, será com alguém de outra facção e que deve conhecer um Hermano.

- Onde quer chegar com isso, Hank?

- O moleque vai comprar droga de novo. Mas dessa vez, a gente vai fazer uma tocaia. Seguir e observar. Vamos deixar ele nos levar até o entregador.

Esse é o melhor plano que já tivemos. É agora que vamos pegar esses desgraçados.

PIERRE NARRANDO

Eu e Nico estamos de mudança. Aproveitamos que domingo à tarde, a padaria não abre. Meu apartamento já era mobiliado. Estou levando duas caixas de livros, três malas de roupas, uma sacola com objetos pessoais e uma sacola cheia de coisas de escola.

Nico só tinha algumas roupas para levar mesmo. Hank botou no porta malas da viatura e levou tudo. Já tinha uma cama em nossos quartos e um armário. Daria para colocar tudo em ordem. Mais tarde, eu e Nico havíamos terminado tudo.

Nos sentamos na sala exaustos. Federico e Marcelle nos ajudaram a ajeitar tudo, desde encaixotar as coisas até colocar tudo no lugar.

Marcelle disse que já ia embora para sua casa, já que amanhã teríamos que trabalhar outra vez. Eu, Nico e Federico despencamos nos sofás.

Hank comia uma tigela de sopa e via um programa de luta livre. Fazia um som desagradável ao beber a sopa, e usava só uma cueva slip. Parecia ter se tornado rabugento mesmo sendo novo.

- Hank, nós agora moramos com outras pessoas. Você poderia tentar não ficar só de cueca dentro de casa e evitar fazer sons desagradáveis enquanto come. - Federico deve ter lido minha mente ao fazer o pedido para o irmão.

Hank virou a tigela e bebeu a sopa toda. Depois e arrotou, coçou o saco e saiu para a cozinha. Em um minuto voltou, dessa vez com uma calça de moletom.

- Tá bom! Eu tento ser menos desagradável enquanto como. Mas não vou botar muita roupa dentro de casa. Sempre andei assim aqui. Eu te disse para caçar pessoas, mas que não vissem nenhuma objeção com o modo de vida que temos. - Hank falou.

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