Lost!boi • Jjk + Pjm / jikook

O Ano de 1998

N/A: A fic chegou ao fim. Eu sei, também gostaria que ela fosse maior, mas pra mim, ainda é uma das melhores coisas que já escrevi. Obrigada a todos que me acompanharam, apoiaram, riram e choraram comigo. Dos antigos e novos leitores, daqueles até que nem se lembram. Obrigada por tudo.
Amo vocês. 💞
A fic ainda tem mais 2 ou 3 caps especiais, acho. É isto.

Leiam escutando: That's a light the never goes out – The Smiths.

🪐

Nós tivemos alta um pouco antes do ano novo e eu passei as festas com a família de Namjoon. Hoseok e Yoongi foram passar em casa com os seus sete irmãos e Taehyung visitou sua mãe no hospital antes dela falecer. Eu sei que é triste, mas ele verdadeiramente aceitou a morte dela muito bem. O loiro me disse que estava preparado fazia um bom tempo para aquilo, mas era ela quem não queria deixá-lo ali.

A festividade foi incrível. Tomei tanto champanhe quanto podia e deixei Jimin emburrado porque nem um pingo de álcool ele podia ingerir por causa dos remédios. Não que eu pudesse também, mas estava em melhor estado e os irmãos Kim haviam sumido em meio à festa para que pudessem prestar atenção em nós. Conheci os pais deles, eram pessoas gentis e realmente respeitadoras. Eles sabiam o que havia acontecido comigo e se compadeceram de minha dor. Mesmo sendo pessoas desconhecidas, me trataram como um de sua família e ficaram felizes em me ter por lá.

Eu não tinha mais local para ficar depois que fui expulso de casa e descobri que eu havia passado na escola. Era o meu último ano e eu poderia por fim ingressar na faculdade. Jimin havia parado no terceiro ano também, o que fazia com que nós dois provavelmente fôssemos estudar juntos, quem sabe. Ainda assim eu não tinha um local para morar, mas aos poucos fui me alojando. De primeira eu fiquei em uma kitnet bem barata, realmente barata. A mesada que eu juntei e guardava no fundo da minha mochila velha que ninguém nunca queria deu o suficiente para três aluguéis. Mas no fim eu fui expulso também.

Nesse meio tempo procurei empregos, trabalhei em posto de conveniência, em alguns bares e até restaurante, mas o que melhor me adaptei foi em uma papelaria que tinha em um shopping mais para o centro da cidade. Longe o suficiente do meu pai e dinheiro o bastante para que eu conseguisse viver. Bom, até Jin aparecer. Ele é como a Madre Teresa resolvendo o problema de todos, eu só precisava de casa e ele alguém que o ajudasse na limpeza e nas despesas. Bom, no fim hoje moro com o mesmo.

É bem legal até. Jin me trata como um filho e por vezes chego a acreditar. Ele me incentiva com os estudos perdidos e me obrigada a dar broncas em Jimin quando esse dorme nas aulas extras que ele estava dando antes de voltarmos a estudar. Eu tinha um quarto só para mim, de vez em quando Park dormia lá, menos quando Jin estava de plantão. Nós mal dormíamos quando ele não estava em casa. Oh, o Kim mais velho finalmente começou a trabalhar como um médico. Antes era apenas um estagiário já que havia terminado a faculdade fazia um tempo, descobri logo depois de ter alta que o mesmo tinha vinte e seis anos. Foi um choque.

Lembram-se da mãe do Hoseok que passava por problemas? Ela é minha heroína. Descobri que mesmo com sete filhos, sendo nem todos dela, a mesma conseguiu completar a faculdade de enfermagem depois de oito anos, já que vivia tendo de trancar a mesma devido aos vários trabalhos que tinha para sustentar os bebês dela – segundo suas próprias palavras. Durante todos esses anos, ela nunca desistiu. Jin precisava de novos estagiários para o hospital dos Kim em que estava trabalhando e acabou por chamá-la. Descobrimos que ela realmente tem dom com velhos e crianças, agora os jovens… Eu a conheci uma vez, lembro que levei um breve sermão logo de cara, mas ela me deu um pirulito depois. Não entendi muito bem, devia ser coisa dos Jung. Estranhos e sorridentes.