Lost!boi • Jjk + Pjm / jikook

Dezembro de 1997

N/A: A fic tá na reta final, galera. Próximo capítulo ela acaba, mas ainda tem mais dois especiais a serem postados e, melhor parte, A SIDE FIC DELA!
IBOY conta sobre a vida dos meninos antes do Jeon aparecer, pegando os acontecimentos até o momento de agora.
Vocês estão ansiosos? Pq eu sim!
Me sigam pra saber quando vai ser lançada ❤️ até lá, beijinhos 🤗

💫

Desde aquele dia eu não vi mais Jimin. Era triste saber que eu era proibido de ficar ao lado de uma das coisas que mais me fazia feliz. Gostava de vê-lo, estar com ele, sorrir com ele, beijá-lo e tocá-lo de todas as formas que eu pudesse ter o direito. Qual era o problema nisso? O que tinha de errado em duas pessoas que se queriam? Por que não podiam simplesmente deixar a vida alheia em paz ao invés de tentar controlá-la? Eu só queria ficar quieto, ao lado dele, poder fazer o que eu quero realmente. Mas parecia que sempre dava tudo errado no final.

Estava voltando da escola naquele dia e eu verdadeiramente não aguentava mais de saudades. Precisava realmente vê-lo, nem que fosse por cinco minutos e de longe. Quando parei na grade pude ver sua cabeleira rosa jogada sobre o chão e aquela caixinha de leite do Bart em sua boca. Os meninos riam de alguma coisa que eu não sabia, mas era o suficiente para encher meu coração de alegria. Meus olhos marejaram apenas ao olhar aquela cena. Meu maior desejo era estar ali...

Yoongi me reconheceu e apontou para mim. Eu teria rido de Jimin se engasgando com o leite apenas para olhar para mim como um bobo e depois sorrir como uma criança. Não sei se meu coração falhou uma batida ou estava a todo vapor que eu mal o sentia. Mas Jimin nunca esteve tão lindo antes e, deus, eu estava louco para beijá-lo. O rosado correu até mim todo atrapalhado, sendo zoado logo após por seus amigos. Eu não tinha muito tempo, então quando ele parou em minha frente, enfiei minhas mãos por dentro das grades e puxei seu rosto para frente, encostando nossas bocas.

Céus, céus, céus, como eu senti falta dessa boca.

Suas mãos apertaram minha cintura e eu ouvi os garotos assobiarem para a gente, mas eu sequer dei atenção a eles. Minhas mãos se emaranhavam naqueles cabelos já em uma coloração que eu não sabia mais se era laranja bem claro ou rosa e o puxei mais contra mim. Malditas grades, maldito tempo, maldita proibição. Queria retirar minha roupa naquele exato instante e colar nossas peles, testar nossos sons em contraste, nossas texturas. Apenas queria nós dois.

Sorri ao separar nossas bocas e o olhei intensamente.

— Uau… Se você continuar me beijando assim eu vou acabar te pedindo em casamento. — Ri como não ria fazia dias e depositei um último selinho seus lábios.

— Preciso ir. — Sua expressão se tornou triste e me desculpei novamente, ao que corria pelas ruas de volta, tentando retomar o caminho mais longo ao invés do atalho pelo parque. Corri como se minha vida dependesse disso e realmente dependia.

Quando cheguei em casa tudo estava silencioso demais e escuro. Eu sabia que tinha algo de errado. Procurei meu pai por toda a casa, mas dessa vez não o chamei. Vi em seu quarto, cozinha, sala, banheiro e nada. Minha casa não era lá uma das maiores, então eu sabia que se ele podia estar em dois lugares apenas: em algum bar ou então em meu quarto. E eu torcia verdadeiramente para que não tivesse passado o meu tempo de escola inteiro mexendo em minhas coisas.

Mas parece que quando você ganha felicidade em algo, você precisa perder de algum lado.

Assim que abri a porta tudo meu estava revirado, meu colchão no chão, minhas roupas também. Meu guarda-roupa estava praticamente escancarado, uma das portas estava quebrada no chão. Cacos de vidro por conta da janela também quebrada espalhados por todos os lados. Meu pai pegava os livros que eu tinha e os rasgava, procurando alguma coisa que me incriminasse. E por burrice minha ele achou. Minha foto com Jimin caiu no chão no exato momento em que ele rasgou a última folha.