Itachi on
Desde a morte de Shisui, nunca tinha tido um sono tão leve quanto o que tive essa noite ou dia sei lá. Não sei o que a tal da Renaise fez mas seja o que for, internamente, eu agradeço muito.
Logo depois de acordar minha atenção se direciona ao que parece ser uma discussão já que a garota parecia estar brava pelo timbre de sua voz.
- Já falei e pronto.
Falou o que?
- Renaise, pense bem. Ele pode descobrir coisas de mais, espalhar coisas que ainda não queremos que os outros saibam.
De que diabos eles estão falando, afinal?
- Olha só, Madara. Sei que a casa é sua e que é você e Obito que nos conseguem suprimentos mas prometeram que iriam me proteger e aceitar o que eu decidisse e eu decido que Itachi fica.
Ouvi uma risada que me pareceu debochada. Mas não irei intervir já que obviamente a conversa/briga é sobre minha permanecia naquele lugar.
- Você não manda aqui, garota. Lembre-se que se está aqui é porque Obito é convincente de mais e não me deixou te pôr pra fora.
Ouvi uma gargalhada.
- Ok, Madara. Vou fingir que você não me ama. Até porque, se realmente quisesse eu já estaria longe daqui a muito tempo.
Ouço a porta ranger.
- Não acredito que estão discutindo de novo. Isso vai acabar em casamento.
Obito entrou rindo.
- Deus que livre de um encosto desse. Isso não é nem encosto mais, já virou carma.
Ouvi que os três riram.
- Se não perceberam, casal vinte. Nosso querido hóspede já está acordado e está ouvindo tudo isso, seus panacas.
- Obito me faz um favor?
Tomara que ela peça pra ele me trazer algo pra comer. Tô morrendo de fome, será que ninguém aqui lembra que eu tenho que comer não?!
- O que, Rena-chan?
- Se fode.
Que boca suja essa garota. Devia manter mais a postura de uma garota.
- Só se você for.
Quanta baixaria.
- Partiu.
Ouvi passos rápidos e a risada de Madara.
- Ok. Vamos parar com a palhaçada, ninguém vai foder ninguém porque eu sou moça de família.
- Tabem, moça de família. Vou pegar algo pro Itachi comer enquanto você o examina.
Senti sua mão na minha testa e isso me assustou um pouco já que sua voz parecia estar mais distante.
Renaise não falou desta vez e eu também não tentei puxar assunto, uma vez que nunca fui bom nisso.
- Vou te levantar tá bem?! Vai ficar mais fácil pra comer.
Assento e senti suas mãos no meu pescoço e costas me empulcionando pra cima até me deixar sentado e encostado na parede que, por via das dúvidas, estava gelada e eu sem camisa, o que causou um pequeno choque térmico.
- Consegue se desencostar um pouco da parede?
Mais uma vez assenti pra sua pergunta e lentamente desencostei da parede fazendo um pouco de força com os braços. Renaise colocou um travesseiro bem fofo em minhas costas me deixando em uma posição mais confortável.
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Inesperável
RomanceUma garota. Uma promessa. Traumas do passado voltam para assombrar. A evolução emocional é posta a prova e, tudo que eles querem, é paz ao lado quem amam. Um antigo pesadelo volta querendo-a de volta e, depende dele, a salvação de sua amada.