Capítulo 5

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May precisou de alguns segundos para se acalmar. Coulson tomou-a nos braços e colocou a cabeça desta sobre seu peito, abraçando-a com carinho. Sabe que Melinda não é fã de contato humano, mas, naquele momento isso parecia ser tudo que ela precisava. 

Ainda estava em choque e confusa. Seu pesadelo não havia feito muito sentido, uma vez que um milhão de coisas pareciam estar completamente erradas. Ela abraçou Coulson de volta, enquanto tentava recuperar o ritmo respiratório normal. Tivera um pesadelo que a deixasse dessa forma, uma uma vez após o Bahrain e depois, nunca mais. 

O segredo foi aceitar o que tinha feito. 

— Você estava me chamando. — Coulson se afasta, soltando-a e deixando que a mesma encostasse na cabeceira da cama. — Você quer conversar? 

— Eu… — Não sabia bem o que dizer. Como explicar a ele seu sonho de uma forma plausível? A única coisa, que reconheceu naquele cenário todo, fora a pessoa que estava sem rosto. Claro que era ela. 

— Nunca vi você assim. — seus olhos estavam mergulhados em uma preocupação do tamanho do universo. Melinda May não grita de madrugada pedindo socorro. — Fiquei preocupado. — Admite respirando fundo. 

— Sim, foi um pesadelo. Mas, eu não sei direito o que aconteceu. E acho que vou precisar de um tempo para pensar sobre ele. — May encara Coulson, olhando-o no fundo dos olhos dele. 

— Quando quiser conversar, eu estarei aqui. — Eles estavam a menos de um metro um do outro, o que era uma distância razoável entre eles. 

— Obrigada. — Melinda fez algo não muito comum para sua pessoa. Foi com o corpo para frente e encostou a cabeça no peito do Coulson, logo depois abraçou-o com as duas mãos. — Ela estava no sonho. 

Admitiu. Ainda terá que pensar numa forma de explicar o sonho ao Coulson, e quem sabe ao Andrew. Uma forma que não a faça parecer doida.

Phil colocou uma das mãos por debaixo dos cabelos dela, fazendo movimentos circulares para tentar acalmá-la. A outra tocou as costas desta e eles ficaram assim por alguns minutos, imersos em um silêncio profundo. Não queriam falar nada. E não havia muito que pudesse ser dito. 

— As vezes eu fico pensando sobre tudo isso e me pergunto se erramos em algum lugar. — Phil sussurra, sem parar com a cafuné.

— Eu também. — May levanta o tronco igual antes, mas dessa vez permanece com o rosto próximo ao dele. — Acho que tudo começou a dar errado quando nós não ficamos juntos na academia. 

— Incrível como naquela época era tudo perfeito para nós. — Coulson sorri e sem pensar duas vezes, aproxima seus lábios do de Melinda e a beija. 

×××

Naquela manhã, Simmons havia decidido que já estava mais que na hora de colocar os dispositivos anti-telepatia em uso. Não tinha feito cálculos para decidir isso, nem levado em conta a quantidade de agentes que precisariam usá-lo, apenas em sua mente, se passava que quanto antes isso acontecesse, melhor ficaria a convivência entre eles. Nos últimos dias, tinha passado pelos estágios finais e tudo tinha dado certo. Foi quando imediatamente o mandaram para a produção em massa.

Fitz colocou a maleta na mesa e a abriu para conferir. Tinha um design bonitinho e ainda se parecia com um aparelho auditivo. O mais importante de tudo é que funcionaria muito bem. Àquela altura, não dava pra ele ter certeza de que Lola havia sido sincera quando disse que não conseguia ultrapassar as barreiras do aparelho, mas algo dizia que sim. Não era algo concreto, algo tangível, era mais uma intuição.

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⏰ Última atualização: Aug 05, 2020 ⏰

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