Five minuts to the midnight

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Phoebe estava desolada com a situação. Os dias haviam se passado e ela não conseguia entender o porque Pennywise havia a tratado tão mal. Ethan percebera que a irmã mais nova estava diferente e mais pra baixo, então tentara a animar de diferentes formas, mas ela sempre se desanimava. Então, o garoto de cabelos castanhos teve uma ideia.

—Ei! Que tal eu pagar um body piercer pra você? Sei que quer colocar um e eu nunca deixei...

—Pode ser então.

A garota não se animava muito mesmo com essa ideia. Porém aceitou. O irmão mais velho a levou até um estúdio de tatuagem e piercing que havia no fim da cidade. A de cabelos rosa nem mesmo demonstrava nervosismo. O tatuador, esterelizou todos os matériais e entrou com Phoebe na sala onde só eles estavam. A garota decidiu colocar duas joias, uma abaixo do lábio e uma no mamilo esquerdo. Logo, o homem iniciou seu trabalho no lábio da moça, que nem mesmo piscou diante da dor que sentira. A joia foi colocada com graça, e agora era a vez do piercing no mamilo. A garota ergueu a blusa e suspirou profundamente enquanto se preparava. A dor veio subita e aguda, sobre o corpo da jovem ao ter uma parte tão sensível de seu corpo perfurada com o cateter. Porém ela não esboçou nenhuma reação a aquela dor, como se seu corpo fosse incapaz de sentir dores. A joia que atravessava o bico do peito de Phoebe foi colocada. Porém o tatuador vira o corpo da jovem cheio de marcas e arranhões. E se assustara com isso.

—O que é isso no seu corpo garota? Você está toda marcada! -A de cabelos rosa suspirou pesado, recolocando a blusa depois de ter o piercing posto.

—Não é nada, é tudo... chupoes e... arranhões de uma noite de prazer.

O tatuador a olhara desconfiado mas não insistiu no assunto, logo cobrando a grana de seu trabalho para Ethan, que o pagou.

—Você tá linda com essa joia no lábio, flor de cerejeira!

A garota deu um risinho. A verdade era que seu corpo queimava ainda com a dor aguda vinda dos piercings, porém ela estava de fato, decidida a não mostrar dor.

Enquanto isso, no esgoto A Coisa mordia um braço humano. Pennywise se sentia estranho desde aquele dia em que expulsou a garota de sua morada. O palhaço suspirou e revirou os olhos, ele era um assassino sem sentimentos, não poderia ter se envolvido com sua comida. O palhaço se levantou de onde estava, e olhou para a própria roupa suja de sangue da criança que ele havia se alimentado. Nos últimos dias sua raiva fora tão grande que ele matara cerca de 13 pessoas, entre eles 5 crianças, e doie adolescentes. O esgoto a aquele ponto, já estava cheio de corpos flutuando sobre a pilha de brinquedos e objetos circences, que era o lar do Palhaço. Então, algo naquela cidade mudou, e a coisa sentiu a presença de 7 pessoas chegando a Derry. Caminhando rapidamente pelos esgotos, o palhaço se dirigiu até uma boca de lobo e viu algo que o deixou furioso: O Clube dos Perdedores, eles haviam voltado a Derry, depois de 27 anos. Eram os sete perdedores, Eddie (Edward) Kaspbrak, o doente. Stan (Stanley) Uris, um garoto judeu. Richie (Richard) Tozier, o idiota que só falava bosta e era apaixonado por Eddie, cresceu porém só em tamanho, pois a maturidade era péssima. Ben(Benjamin)  Hanscon, o gordinho que sempre sofreta bully, e se identificara com os perdedores desde que foi "salvo" por eles, agora virara um galã. Mike (Michael)Hanlon, o que era atormentado pelos pais mortos no fogo. Bev (Beverly) Marsh, pele alva, olhos verdes cabelos ruivos, que antes eram compridos agora curtos e sem graça... Cabelos de fogo, como brasas no inverno, meu coraçao queima. E Bill (William)  Denbrough, o irmão mais velho de Georgie, e lider do clube dos perdedores. Eles estavam de volta pelas muitas mortes provocadas pela Coisa, e agora buscavam vingança. Pennywise sabia muito bem que eles queriam vence-lo a todo custo, então o palhaço teria de apelar para seu aliado mais provável: Henry Bowers. O valentão homofóbico e bully, que matara o próprio pai por indução de Pennywise, e agora estava internado em um manicômio na cidade.

Um balão vermelho apareceu subitamente na janela do manicômio onde Bowers estava,seguido por um arranhar frenético no vidro opaco. Henry que ao ver o objeto, se lembrou de imediato do palhaço e correu dentro do salão enquanto seguia o grande balão vermelho. Então entrou em seu quarto, vendo que havia desaparecido aquela bexiga de helio. Porém ao olhar em baixo de sua cama, o balão ali estava. E... PUF estourou! Dando lugar a macabra imagem de Patrick Hockstetter, o amigo desaparecido de Bowers, agora em forma de um esqueleto com peles soltas, ossos a mostra enquanto a carne podre pendia em tiras de seus ossos secos e velhos. seus olhos iam de um lado a outro, enquanto a parte branca estava opaca e esfumaçada pela podridão da morte. O cabelo comprido de Patrick permanecia ali, porém agora os fios estavam secos, com lama e pedaços de carne seca espalhado sobre a cabeça do maltrapilho valentão. O gosto do ar subitamente ficou com sabor de laranjas de cera, espesso, enjoativo. Apodrecendo na boca.

Bowers se assustou, dando um passo para trás. E o esqueleto apodrecido de Patrick estendeu uma de suas mãos, com dedos reduzidos a tocos ossudos, em sua direção, mostrando um canivete. O antigo canivete que Henry usara para cortar a barriga de Ben Hanscon, e matar seu próprio pai. O zumbido presente na mente do Bully loiro desde que ele havia matado aquele homem, estava agora mais forte, ferindo os tímpanos da criatura louca que ele era agora.

—P-Patrick... É você? -Questionou recebendo o silêncio em resposta. Esticou sua mão até pegar o canivete, que pingara sangue fresco misturado a lodo, no chão. - Ele... Veio me buscar!

A voz rouca do louco, ecoou pelo quarto, e em seguida a risada estridente de Henry. O homem loiro saiu do quarto correndo, batendo os pés deixando um barulho truncado. Os enfermeiros ao verem que ele estava com um canivete em suas palmas, tentaram o parar, mas não puderam. Bowers estava possuído pela furia e a insanidade que o palhaço trazia a todos. Não demorou muito até que o homem abriu caminho até a saída do sanatório, e roubou um carro, fugindo com o esqueleto zumbificado de Patrick.
Pennywise observava tudo em silêncio, no fundo do esgoto, com seus olhos vermelhos insandecidos de ódio e rancor. Fora posto pra dormir cedo de mais, e estava disposto a se vingar disso.

....

Quando Phoebe estava chegando em casa junto de Ethan, vira um grupo de amigos caminhando na rua, eles falavam animadamente e sorriam como se fossem crianças, o peito da garota se encheu de um sentimento esquecido lá dentro... Felicidade por ver que havia pessoas felizes, naquela cidade onde o horror dominava.

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Por hoje é só, pessoal!
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Pennywise, um conto de DerryOnde histórias criam vida. Descubra agora